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Ruídos: História Real Por Trás do Filme de Terror Coreano

Estreou nos cinemas brasileiros, Ruídos, um suspense de terror sul-coreano que explora medos cotidianos transformados em pesadelos. Com 1h34min de duração, o filme dirigido por Soo-jin Kim e roteirizado por Lee Je-hui traz um elenco estelar: Lee Sun-bin como a protagonista Joo-young, Kim Min-seok como seu aliado Ki-hoon, e Kyung-soo Ryu como o vizinho ameaçador. Disponível apenas nos cinemas, Ruídos já atraiu mais de 1 milhão de espectadores na Coreia do Sul. Mas será que essa trama de desaparecimentos e sons assombrados se inspira em uma história real? Descubra a seguir.

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A Sinopse de Ruídos: Terror no Cotidiano Urbano

Ruídos segue Joo-young, uma mulher com deficiência auditiva que se muda com a irmã mais nova, Joo-hee, para um apartamento antigo em um prédio decadente. O que começa como uma chance de recomeço vira caos quando Joo-hee desaparece sem deixar rastros. Sozinha, Joo-young ganha um novo aparelho auditivo e começa a investigar. Sons inexplicáveis – passos, batidas e sussurros – invadem sua vida, atraindo uma presença maligna ligada ao sumiço da irmã.

A narrativa mistura horror psicológico com elementos sobrenaturais. Vizinhos hostis, como o homem do andar de baixo que ameaça as irmãs por causa do “ruído entre andares”, adicionam tensão realista. O design de som é o coração do filme, usando microfones de contato para gravar ruídos que causam desconforto físico. Críticos elogiam como esses elementos transformam o barulho urbano em arma de terror.

Ruídos é Baseado em uma História Real?

Ruídos não é uma adaptação direta de um evento específico, mas se inspira fortemente em um problema real e epidêmico na Coreia do Sul: o “ruído de piso” ou cheung-gan so-eum. Esse fenômeno afeta milhões de moradores em prédios altos e densos, onde sons de passos, móveis arrastados ou quedas de objetos geram conflitos diários. A Korean Environment Corporation recebe dezenas de milhares de queixas anuais, com centros de mediação que lutam para resolver disputas.

O filme usa esse contexto como base para sua trama. Embora adicione camadas sobrenaturais – como uma entidade maligna ligada aos ruídos –, a essência vem de casos reais que escalaram para violência e transtornos mentais. Por exemplo, vizinhos já chegaram a ameaças de morte ou ações judiciais por barulhos noturnos. Diretora Soo-jin Kim, em sua estreia em longas, transforma essa realidade urbana em metáfora de isolamento e trauma. Em entrevistas, ela destacou que o filme critica a crise habitacional coreana, onde o silêncio é um luxo raro.

O Design de Som: A Arma Principal do Horror

O que torna Ruídos único é seu foco auditivo. O diretor de som Kang Dae-hyun processou ruídos em camadas para criar uma sensação de proximidade invasiva. Sons de passos e batidas, gravados com microfones de contato, disparam o pavor sem depender de jumpscares excessivos. Para Joo-young, cuja deficiência auditiva amplifica os barulhos ao receber o aparelho novo, isso vira uma maldição sensorial.

Críticos no Rotten Tomatoes e Letterboxd chamam o som de “um dos melhores do ano”, criando uma experiência imersiva que ecoa o tema real do filme. Durante as filmagens, a equipe relatou sons inexplicáveis no set, o que reforçou a atmosfera. Esse elemento eleva Ruídos além do terror genérico, ancorando-o em uma verdade desconfortável: em cidades superlotadas, o barulho pode enlouquecer.

O Elenco e as Performances que Impressionam

Lee Sun-bin brilha como Joo-young, transmitindo determinação e vulnerabilidade. Sua personagem, uma mulher surda navegando um mundo hostil, adiciona camadas emocionais ao horror. Han Soo-a, como Joo-hee, aparece em flashbacks que constroem o mistério. Kim Min-seok oferece suporte sólido como Ki-hoon, o namorado de Joo-hee que ajuda na busca.

Kyung-soo Ryu rouba cenas como o vizinho paranoico, cuja presença ameaçadora reflete tensões reais de vizinhança. Críticas destacam como o elenco equilibra o procedural – investigações e confrontos – com o sobrenatural, tornando os personagens relacionáveis. Lee Sun-bin, em particular, é elogiada por capturar o pavor de quem “ouve demais” em um silêncio forçado.

Temas Sociais: Além do Medo, uma Crítica Urbana

Ruídos vai além do susto ao abordar racismo, superstição e desigualdade habitacional na Coreia. O prédio decadente simboliza a opressão de espaços apertados, onde moradores imigrantes ou vulneráveis sofrem mais com conflitos. A deficiência de Joo-young destaca barreiras auditivas em uma sociedade ruidosa, ecoando filmes como Meus 84 m².

O final mistura psicológico e sobrenatural: os ruídos vêm de uma vizinha que usa equipamentos para atormentar o prédio, mas uma entidade – possivelmente o espírito de Joo-hee – intervém. Isso reflete como o estresse real pode levar à loucura, sem respostas claras.

Ruídos se inspira em uma história real – o caos sonoro dos apartamentos coreanos –, mas constrói uma narrativa fictícia de desaparecimentos e assombrações. Com som inovador e atuações cativantes, é um must-watch para fãs de horror psicológico. Nos cinemas desde 9 de outubro de 2025, prepare-se para ouvir o que não deveria. Assista e sinta o desconforto.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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