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Ruídos, Final Explicado: Joo-hee Está Viva ou Morta?

O terror sul-coreano Ruídos, dirigido por Soo-jin Kim, chega aos cinemas brasileiros em 9 de outubro de 2025. Com 1h34min de duração, o filme mistura suspense e horror sobrenatural, estrelado por Lee Sun-bin, Kim Min-seok e Kyung-soo Ryu. Disponível apenas nos cinemas, essa produção de Lee Je-hui no roteiro explora o pavor cotidiano dos ruídos urbanos, transformando apartamentos comuns em cenários de pesadelo. Neste artigo conciso, explico o final em detalhes, incluindo spoilers. Se você ainda não assistiu, pare aqui. Vamos desvendar o que os sons realmente significam e o destino de Joo-hee.

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Resumo da Trama de Ruídos

Ruídos acompanha as irmãs Joo-young (Lee Sun-bin) e Joo-hee (Han Su-a), que se mudam para um novo apartamento em um edifício decadente de Seul. As duas carregam o peso de um trauma infantil: um acidente que deixou Joo-young surda e Joo-hee com uma lesão permanente na perna. A expectativa de um recomeço fresco logo se desfaz quando ruídos inexplicáveis começam a ecoar pelas paredes – batidas, arranhões e sussurros que só Joo-hee percebe no início.

Joo-young, adaptada à surdez com implantes cocleares, ignora as queixas da irmã como paranoia. Mas quando Joo-hee desaparece sem deixar rastros, Joo-young mergulha em uma investigação obsessiva. Ela interroga vizinhos relutantes, que reagem com histeria, implorando por silêncio. O namorado de Joo-hee, Ki-hoon (Kim Min-seok), junta-se à busca, enquanto um vizinho ameaçador, interpretado por Kyung-soo Ryu, surge como suspeito principal.

O filme usa o som como arma principal. Dirigido por Soo-jin Kim em sua estreia em longas, Ruídos foi gravado com microfones de contato para capturar vibrações reais, criando uma imersão que vai além da tela. Os ruídos não são meros efeitos; eles simbolizam o estresse da vida urbana na Coreia do Sul, onde apartamentos apertados amplificam conflitos vizinhos. Com uma bilheteria de US$ 8 milhões na Ásia, o longa ecoa problemas reais como o “floor noise”, tema de debates sociais no país.

Os Segredos do Edifício Revelados

À medida que Joo-young aprofunda a investigação, o passado sombrio do prédio emerge. O apartamento 604, onde as irmãs moram, foi palco de tragédias cíclicas. Anos antes, um inquilino enlouqueceu com ruídos vindos do andar de baixo, ocupado pela ex-presidente do condomínio. Convencido de que ela era a fonte, ele a atacou, mas fugiu. A vítima, em vez de denunciar, escondeu o incidente para preservar a reputação do edifício.

Posteriormente, uma nova moradora no 604 cometeu suicídio por enforcamento, atormentada pelos mesmos sons. Os residentes, unidos por um pacto de silêncio, acumularam rancores. A atual presidente do condomínio pressiona por uma reconstrução total, prometendo apartamentos novos para apagar as máculas. Mas Joo-young descobre que os ruídos têm origem humana e sobrenatural: o apartamento 804, de Jeong-in (Jeon Ik-ryung), abriga caixas de som potentes e estacas mecânicas que geram barulhos noturnos intencionais.

Jeong-in, uma moradora isolada e vingativa, usa o sistema para retaliar contra vizinhos que a perturbaram no passado. Seus arquivos, filmados por Joo-hee em uma câmera escondida, revelam o esquema. O terror escala quando Joo-young confronta o grupo de moradores, expondo como o ódio coletivo envenenou o prédio. Aqui, o filme critica a hipocrisia social: vizinhos que exigem paz, mas fomentam caos em segredo.

O Clímax: Confronto no Porão

O ápice ocorre no porão úmido do edifício, um labirinto de caixas e segredos enterrados. Joo-young, armada com evidências da câmera de Joo-hee, encara Jeong-in. A vilã confessa que os ruídos eram sua forma de “equilíbrio” – punição por anos de incômodos sofridos. Mas o confronto vira sobrenatural: uma entidade sombria, sugerida como o cadáver reanimado de Joo-hee, ataca.

Flashbacks revelam que Joo-hee, obcecada pelos sons, desceu ao porão sozinha para investigar. Lá, ela foi morta por Jeong-in durante uma briga, e o corpo foi escondido. Os ruídos que Joo-young começa a “ouvir” – apesar de sua surdez – são alucinações induzidas por culpa e trauma. O acidente infantil, onde Joo-young falhou em proteger a irmã, ecoa nos sons: batidas como o carro colidindo, sussurros como gritos abafados.

Ki-hoon chega a tempo de ajudar, mas é ferido. Joo-young tranca Jeong-in no porão com a criatura, que a arrasta para as sombras. Gritos ecoam, misturando-se aos ruídos mecânicos. A protagonista escapa, mas não ilesa: ela remove seus implantes, abraçando o silêncio como redenção.

Final Explicado de Ruídos: Joo-hee Está Morta?

Sim, Joo-hee está morta. O filme confirma sua morte no porão, mas deixa ambiguidade sobrenatural. A entidade é um “fantasma de rancor”, nascido do ódio acumulado no prédio – não só de Joo-hee, mas de todas as vítimas passadas. Os ruídos representam múltiplas camadas: literal (equipamentos de Jeong-in), social (conflitos vizinhos) e psicológica (culpa de Joo-young).

No desfecho, Joo-young sai do edifício ao amanhecer, mas um último som – um sussurro de Joo-hee – sugere que o trauma a segue. Ela não encontra paz total; o filme termina com ela caminhando pelas ruas de Seul, onde novos ruídos urbanos a cercam. Essa escolha ambígua reforça o tema: o horror não acaba com a morte da antagonista. É cíclico, como os apartamentos coreanos, onde o silêncio é ilusório.

Críticos elogiam o final por sua sutileza, mas alguns o veem como frustrante, com twists subdesenvolvidos. No entanto, ele eleva Ruídos além do jump scare, questionando: os monstros estão nas paredes ou em nós mesmos?

Assista e comente sua teoria abaixo. O silêncio nunca mais será o mesmo.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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