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Crítica de Ghostbusters – Mais Além: Vale a pena assistir ao filme?

Ghostbusters – Mais Além (2021), dirigido por Jason Reitman, filho do criador original Ivan Reitman, revive o legado dos Caça-Fantasmas com uma mistura de aventura, ação e comédia. Lançado em 18 de novembro de 2021, o filme de 2h04min foca em uma nova geração lidando com o sobrenatural em Summerville, Oklahoma. Disponível na Netflix e Amazon Prime Video, ou para alugar na Apple TV e Google Play Filmes e TV, ele ignora o reboot de 2016 e honra os clássicos de 1984 e 1989. Com elenco estelar, incluindo retornos icônicos, a produção cativa fãs nostálgicos. Mas inova o suficiente para atrair novatos? Nesta análise, destrinchamos os acertos e falhas para decidir se vale o play.

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Uma trama nostálgica com toques familiares

A história segue Callie Spengler (Carrie Coon), viúva endividada que se muda com os filhos, Phoebe (Mckenna Grace) e Trevor (Finn Wolfhard), para uma fazenda herdada do pai ausente. Logo, terremotos e visões revelam o legado de Egon Spengler, o fantasma original. Phoebe, uma pré-adolescente excêntrica, descobre o Ecto-1 e armas protonicas sob o assoalho, iniciando uma caçada contra Gozer, o deus sumério que ameaça o mundo.

O roteiro, assinado por Reitman e Gil Kenan, constrói suspense gradual, intercalando flashbacks com o presente. A ambientação rural contrasta com o caos urbano dos originais, simbolizando o envelhecimento da franquia. Referências como o tema de Ray Parker Jr. e o slime rosa surgem organicamente, sem forçar. No entanto, a trama segue fórmulas previsíveis: heróis improváveis unem forças contra o mal antigo. O mistério central, ligado à morte de Egon, homenageia Harold Ramis, falecido em 2014, adicionando emoção genuína. Ainda assim, subtramas adolescentes, como o flerte de Trevor, diluem o foco sobrenatural em momentos banais.

Elenco jovem brilha ao lado de veteranos

Mckenna Grace rouba a cena como Phoebe, misturando inteligência nerd com vulnerabilidade emocional. Sua jornada de outsider para heroína ecoa Egon, com diálogos afiados que rendem risadas. Finn Wolfhard, de Stranger Things, traz carisma descontraído a Trevor, o irmão preguiçoso que vira motorista do Ecto-1. Carrie Coon, como Callie, evolui de mãe relutante para protetora feroz, ancorando o drama familiar.

Os retornos são o coração nostálgico. Bill Murray revive Peter Venkman com cinismo charmoso, Dan Aykroyd surge como Ray Stantz em cameos tocantes, e Ernie Hudson ganha dignidade como Winston Zeddemore, agora empresário bem-sucedido. Sigourney Weaver reaparece brevemente como Dana Barrett, fechando ciclos. Paul Rudd, como o professor Gary Grooberson, injeta humor geek, enquanto Logan Kim e Celeste O’Connor, como Podcast e Lucky, adicionam diversidade ao grupo teen.

Annie Potts retorna como Janine Melnitz, e Bokeem Woodbine, como o xerife, oferece alívio cômico. Oliver Cooper e Sydney Mae Diaz completam o time com papéis secundários divertidos. A química entre novatos e veteranos flui natural, mas os originais, limitados a aparições, servem mais como fan service do que desenvolvimento profundo.

Direção que equilibra legado e inovação

Jason Reitman dirige com afeto filial, recriando o tom leve dos anos 80 sem copiar cenas. A fotografia de Rob Simonsen capta a vastidão de Oklahoma, com céus tempestuosos que prenunciam o apocalipse. Efeitos práticos, como miniaturas para o Ecto-1 e slime animatrônico, evocam a era pré-CGI, contrastando com explosões digitais no clímax. A trilha sonora, com remixes do tema clássico, amplifica a emoção, especialmente em sequências de perseguição fantasmal.

Reitman inova ao focar em temas de herança e perda, transformando o filme em tributo a Ramis. A edição mantém ritmo dinâmico, alternando comédia física com sustos sutis. Contudo, o terceiro ato sobrecarrega com retornos em massa, priorizando espetáculo sobre resolução emocional. Comparado ao reboot de 2016, criticado por tom irreverente, Mais Além é mais respeitoso, mas peca pela dependência de nostalgia, limitando apelo a não-fãs.

Pontos fortes e limitações evidentes

Os acertos incluem o equilíbrio entre gerações, com Grace e Wolfhard herdando o manto sem eclipsar os ícones. A homenagem a Ramis, via silhueta de Egon no final, emociona sem manipular. Humor surge orgânico, como Podcast narrando aventuras, e ação, com raios protonicos, diverte sem exageros. A mensagem sobre família e legado ressoa, especialmente pós-pandemia.

Limitações surgem na previsibilidade: vilão reciclado e resolução rápida enfraquecem o suspense. Personagens femininas, como Lucky, ficam subdesenvolvidas, e o foco teen pode alienar adultos. Com orçamento de US$ 75 milhões e bilheteria de US$ 204 milhões, é sucesso comercial, mas artisticamente mediano, elogiado por nostalgia, criticado por falta de ousadia em resenhas como Omelete e Plano Crítico.

Vale a pena assistir a Ghostbusters – Mais Além?

  • Nota: 7/10. Assista se ama os anos 80; pule se prefere originais puros.

Sim, para fãs da franquia, que encontrarão um adeus afetuoso aos originais. A nostalgia, aliada a um elenco jovem talentoso, torna-o diversão leve, perfeita para famílias. No catálogo da Netflix, é binge-watch ideal, com 2h04min que voam em risos e sustos. Para quem busca inovação, pode parecer derivativo, mas o coração compensa.

Ghostbusters – Mais Além ressuscita a franquia com respeito e emoção, passando o bastão para uma nova era. Reitman honra o pai e Ramis, misturando comédia clássica com drama familiar. Apesar de fórmulas gastas, o filme encanta pela sinceridade, provando que fantasmas do passado ainda assombram – para o bem. Em 2025, com sequências em vista, ele pavimenta o futuro. Ligue o proton pack e reviva a magia.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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