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Crítica de Depois Que Eu Morri, Todos Me Amam – Vale a pena assistir?

Depois Que Eu Morri, Todos Me Amam, dirigido por Ton Nithiwat Tharathorn, chega à Netflix como um thriller tailandês que mistura crime, drama e suspense. Com Theeradej Wongpuapan no papel principal, o filme explora a ganância da classe média e o submundo criminal. A narrativa segue dois bancários que roubam de uma conta de cliente morta, mergulhando em um ciclo de violência e culpa. Mas o longa entrega tensão ou cai em excessos? Nesta crítica, analisamos a trama, atuações e impacto para decidir se vale o play.

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Uma trama sombria de ganância e punição

Dois funcionários de banco, Nu (Wongpuapan) e seu colega, descobrem uma conta de uma cliente falecida com saldo alto. O roubo inicial parece simples, mas atrai a atenção de uma organização criminosa. O que começa como um golpe rápido vira uma espiral de chantagem, traições e assassinatos brutais. Tharathorn, roteirista e diretor, constrói uma história crua sobre o sonho frustrado da classe média tailandesa. A pressão financeira leva Nu a escolhas irreversíveis, destacando a hipocrisia social.

O ritmo é lento no início, focando na rotina opressiva do banco. Isso cria tensão gradual, mas o clímax explode em violência gráfica: cenas de espancamentos, esfaqueamentos e até um gato devorando um cadáver. O final trágico reflete sobre culpa e consequências, sem redenção fácil. Apesar da premissa promissora, o filme peca por reviravoltas previsíveis e um tom excessivamente punitivo com os personagens.

Elenco convincente em papéis intensos

Theradej Wongpuapan brilha como Nu, um bancário comum transformado por ambição. Sua performance captura a transição de homem honesto para criminoso desesperado, com olhares que transmitem arrependimento. Vachirawich Arunyik, como o parceiro de Nu, adiciona camadas de lealdade conflituosa. O elenco secundário, incluindo vilões da máfia, entrega ameaças palpáveis, mas alguns papéis femininos são subutilizados, servindo mais como vítimas.

Críticos elogiam Wongpuapan pela profundidade emocional, especialmente em cenas de confronto familiar. A química entre os protagonistas sustenta o drama, mas a ausência de alívio cômico torna as atuações exaustivas. No geral, o elenco eleva um roteiro que poderia ser genérico.

Direção crua e atmosfera opressiva

Ton Nithiwat Tharathorn, conhecido por dramas emocionais, adota uma abordagem sem glamour aqui. A fotografia em tons frios reforça a melancolia de Bangcoc, contrastando o luxo dos criminosos com a miséria dos protagonistas. Cenas no banco evocam claustrofobia, enquanto sequências noturnas ampliam o suspense. A edição mantém o fluxo tenso, mas o filme tenta misturar thriller com comédia em momentos forçados, resultando em tom desigual.

A violência gráfica é estilizada, mas impactante, servindo à crítica social sobre desigualdade. Tharathorn coescreveu com Sopana Chaowwiwatkul, priorizando realismo sobre espetáculo. Ainda assim, o ritmo lento pode testar a paciência de quem busca ação rápida.

Pontos fortes e limitações evidentes

Os trunfos incluem a atuação de Wongpuapan e a crítica à classe média, que ressoa globalmente. A atmosfera opressiva e o final reflexivo adicionam profundidade. No entanto, a violência excessiva pode alienar espectadores sensíveis, e o enredo esticado em 2 horas parece forçado. Reviravoltas finais, embora surpreendentes, carecem de emoção, deixando um gosto amargo sem catarse.

Vale a pena assistir?

  • Nota: 3/5

Depois Que Eu Morri, Todos Me Amam é uma opção sólida para fãs de thrillers sombrios. Com 3 de 5 estrelas, diverte pela tensão e atuações, mas decepciona pelo tom punitivo e ritmo irregular. Ideal para uma noite reflexiva na Netflix, especialmente se você curte cinema tailandês autêntico. Evite se preferir ação leve; opte por ele se busca drama com mordida social.

Tharathorn entrega um thriller que expõe o lado obscuro do sonho americano – ou tailandês. Com Wongpuapan à frente, o filme critica ganância e hipocrisia sem piedade. Apesar de falhas, sua crueza e reflexões o tornam relevante. Assista se quiser um mergulho desconfortável na psique criminal. No vasto catálogo Netflix, é uma joia bruta para paladares aventureiros.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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