Uma Batalha Após A Outra, lançado em 2025, representa o ápice criativo de Paul Thomas Anderson, um diretor que sempre navegou entre o intimismo emocional e o espetáculo narrativo. Com roteiro e direção assinados pelo próprio Anderson, o filme une Leonardo DiCaprio, Benicio del Toro e Teyana Taylor em uma tapeçaria de ação, drama e sátira política. Ambientado em um presente turbulento dos Estados Unidos, o longa explora as cicatrizes de uma revolução fracassada, tecendo temas de imigração, racismo e corrupção sistêmica em uma narrativa que pulsa com urgência contemporânea. Este artigo mergulha na trama, no elenco estelar, na ficha técnica e no legado do filme.
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Sinopse e Trailer de Uma Batalha Após A Outra
Uma Batalha Após A Outra abre com um flashback vibrante para os anos 1970, apresentando o grupo militante French 75, uma facção radical dedicada a causas como direitos reprodutivos, fronteiras abertas e libertação negra. Liderados pela impetuosa Perfidia Beverly Hills, os membros bombardeiam edifícios, roubam bancos e resgatam imigrantes de campos de deportação. No centro dessa efervescência está Bob Ferguson, um especialista em explosivos e amante de Perfidia, que se torna pai de Willa durante uma operação arriscada.
Avançando para o presente, Bob vive em reclusão, escondido das autoridades após o colapso do grupo. Sua filha adolescente, Willa, representa a única âncora de normalidade em sua vida fragmentada. A trama explode quando um antigo inimigo ressurge: o Coronel Steven J. Lockjaw, um oficial implacável que outrora sabotou o French 75. Lockjaw sequestra Willa para atrair Bob para fora do esconderijo, forçando o ex-revolucionário a reunir aliados improváveis. Com a ajuda de Sergio St. Carlos, o sensei de karatê de Willa e operador de uma moderna Ferrovia Subterrânea para imigrantes, e Deandra, uma veterana do French 75, Bob embarca em uma odisseia de resgate que cruza desertos, cidades fronteiriças e ruas urbanas caóticas.
Anderson constrói a narrativa como uma montanha-russa screwball, misturando sequências de ação grandiosas com diálogos afiados que dissecam o fracasso das utopias radicais. O filme não poupa críticas ao establishment, mas humaniza seus personagens, questionando se a revolução devora seus filhos ou se eles simplesmente se perdem no tempo. O clímax, em uma perseguição de carros que evoca delírios pós-apocalípticos, culmina em um confronto que redefine lealdades e legados.
Ficha Técnica
- Título Original: One Battle After Another
- Título no Brasil: Uma Batalha Após A Outra
- Direção: Paul Thomas Anderson
- Roteiro: Paul Thomas Anderson
- Produção: Paul Thomas Anderson, Sara Murphy, Adam Somner
- Produção Executiva: Will Weiske
- Fotografia: Paul Thomas Anderson, Michael Bauman
- Edição: Andy Jurgensen
- Design de Produção: Katie Byron
- Figurino: Colleen Atwood
- Trilha Sonora: Jonny Greenwood
- Distribuição: Warner Bros. Pictures
- Estreia Mundial: 16 de setembro de 2025 (Festival de Londres)
- Estreia no Brasil: 26 de setembro de 2025
- Duração: 2 horas e 42 minutos
- Gênero: Ação, Crime, Drama
- Classificação: 16 anos
- Bilheteria Mundial: US$ 150 milhões (até 26 de setembro de 2025)
- Formato: Filmado em VistaVision, com locações na Califórnia, México e Texas
Elenco Principal
O elenco de Uma Batalha Após A Outra é um tour de force de talentos, com cada ator elevando o material a camadas de complexidade humana. Anderson, mestre em extrair performances nuançadas, reúne veteranos e novatos em um mosaico que reflete a diversidade americana.
Leonardo DiCaprio como Bob Ferguson

DiCaprio encarna o protagonista com uma mistura rara de vulnerabilidade e fúria contida. Como o ex-revolucionário agora pai protetor, ele alterna entre comédia física em perseguições caóticas e introspecção sombria em monólogos sobre arrependimentos. Sua química com os coadjuvantes é elétrica, especialmente em cenas de road trip que revelam o peso de escolhas passadas. DiCaprio, que quase trabalhou com Anderson em Boogie Nights, finalmente realiza essa colaboração, entregando uma das melhores atuações de sua carreira madura.
Benicio del Toro como Sensei Sergio St. Carlos

Del Toro surge como o coração pulsante do filme, interpretando o instrutor de karatê de Willa como uma figura mítica, parte Harriet Tubman moderna, parte mentor zen. Seu Sergio opera uma rede clandestina para imigrantes, misturando humor seco com ferocidade em lutas corpo a corpo. Diálogos em espanhol não legendados adicionam autenticidade, forçando o público a “sentir” a essência do personagem. Del Toro equilibra ameaça e compaixão, tornando Sergio o contraponto moral à raiva de Bob.
Teyana Taylor como Perfidia Beverly Hills

Taylor explode na tela como a líder carismática do French 75, uma mulher grávida que maneja rifles automáticos com a mesma graça de uma dançarina. Sua Perfidia é volátil e magnética, incorporando a essência de uma revolucionária que luta demônios internos e externos. Apesar de sua presença dominar o ato inicial, Taylor infunde a personagem com uma sensualidade feroz e uma vulnerabilidade que ecoa além da tela. Como estrela em ascensão do cinema, ela prova ser uma força inabalável, roubando cenas com intensidade crua.
Outros destaques incluem Sean Penn como o vilanesco Coronel Lockjaw, cuja bravata tóxica mascara inseguranças profundas; Chase Infiniti como a adolescente Willa, uma novata que segura o centro emocional com maturidade surpreendente; e Regina Hall como Deandra, a ex-membro do grupo que traz sabedoria e humor à aliança improvável.

Alana Haim, Shayna McHayle e Wood Harris completam o núcleo do French 75, adicionando camadas de ensemble que enriquecem o tecido narrativo.

A Direção Magistral de Paul Thomas Anderson
Paul Thomas Anderson, em seu décimo longa, demonstra por que permanece um dos mais vitais cineastas de sua geração. Inspirado no romance Vineland de Thomas Pynchon, Anderson passa duas décadas refinando o roteiro, resultando em uma visão que confronta o agora com nobreza desarmada. Ele abandona a nostalgia complicada de obras como Licorice Pizza para abraçar o presente, filmando em VistaVision para capturar a vastidão americana – de desertos áridos a skylines urbanos.
A direção de Anderson equilibra o épico com o íntimo: sequências de ação, como uma perseguição de carros que remete a Mad Max, são coreografadas com precisão, mas ancoradas em diálogos que dissecam o fracasso das rebeliões. Ele filma os atores em locações reais, fomentando uma espontaneidade que transborda na tela. A paleta de cores saturadas, com tons terrosos e vermelhos flamejantes, reflete o caos político, enquanto close-ups capturam o suor e o desespero. Anderson não moraliza; ele observa, convidando o público a questionar se as batalhas intermináveis valem o preço da alma.
Atuações que Definiram o Ano
O brilho do elenco eleva Uma Batalha Após A Outra além do mero entretenimento. DiCaprio, como Bob, navega o arco do herói relutante com maestria, misturando histeria cômica em fugas absurdas com pathos em cenas paternas. Sua vulnerabilidade – bebendo sodas na estrada enquanto confessa falhas – humaniza o caos. Del Toro, por sua vez, transforma Sergio em um ícone: sua silhueta contra o pôr do sol, ensinando karatê a imigrantes, é pura poesia visual. Ele infunde o papel com uma dignidade quieta, tornando cada soco uma declaração política.
Taylor, como Perfidia, é a revelação absoluta. Grávida e armada, ela corta o mundo como uma lâmina, encarnando a fúria de gerações marginalizadas. Sua performance – sexy, poderosa e imprevisível – domina o primeiro ato, deixando um vácuo que o resto do filme preenche com ecos. Penn, como Lockjaw, revive sua veia vilanesca com um rancor que assusta pela familiaridade, enquanto Infiniti, como Willa, injeta frescor, provando que o futuro do cinema está em mãos jovens e firmes. Hall, como Deandra, oferece o contraponto sábio, com um humor que alivia a tensão sem diluí-la. Juntos, eles formam um ensemble coeso, onde cada nuance contribui para o todo.
Trilha Sonora e Temas
Jonny Greenwood, colaborador recorrente de Anderson, compõe uma partitura que pulsa como o coração de uma nação dividida. Sintetizadores pulsantes acompanham as perseguições, enquanto cordas dissonantes pontuam monólogos internos. A trilha evoca o rock psicodélico dos anos 70, mas atualiza com batidas eletrônicas que ecoam protestos modernos. Faixas como o tema de Perfidia, com percussões tribais, capturam sua essência indomável. Greenwood usa silêncio como arma, permitindo que o som ambiente – sirenes, tiros distantes – ameace o espectador.
Uma Batalha Após A Outra é uma alegoria furiosa para os pesadelos políticos atuais. O French 75 simboliza movimentos que começam combatendo demônios externos, mas acabam se devorando por dentro. Bob representa o radical envelhecido, cujas ideais se chocam com a paternidade; Perfidia, a chama inextinguível da ação; Sergio, a resistência cotidiana dos oprimidos. Anderson usa o deserto como metáfora para o vazio ideológico, onde fronteiras não são linhas, mas feridas abertas.
O filme critica o racismo sistêmico através de Sergio, cujas missões clandestinas destacam a hipocrisia americana. Lockjaw encarna a corrupção enraizada, um establishment que esmaga dissidência com burocracia e violência. No cerne, Anderson questiona: as batalhas sucessivas forjam heróis ou os quebram? Sua resposta, tecida em silhuetas e explosões, é um grito de alerta, não de desespero.
Impacto Cultural e Recepção
Desde sua estreia no Festival de Londres, Uma Batalha Após A Outra acumula aclamação, com 92% de aprovação em agregadores de crítica. Sua bilheteria inicial de US$ 150 milhões reflete o apelo de um blockbuster cerebral, atraindo audiências divididas por sua mistura de espetáculo e sátira. Críticos saúdam a colaboração DiCaprio-Anderson como um marco, enquanto Taylor emerge como ícone de empoderamento. O filme ressoa em um ano eleitoral, inspirando debates sobre ativismo e legado.
Anderson, ao filmar em 2025, captura a pulsação de uma nação em ebulição, tornando o longa um espelho inescapável. Sua recusa em simplificar vilões ou heróis eleva o discurso, convidando espectadores a confrontar suas próprias batalhas.
Por Que e Onde Assistir Uma Batalha Após A Outra?
Em um panorama cinematográfico saturado de fórmulas, Uma Batalha Após A Outra destaca-se como uma obra essencial. Para fãs de Anderson, é a culminação de sua evolução; para admiradores de DiCaprio, uma performance que redefine seu cânone. Taylor e Del Toro oferecem frescor, enquanto o ritmo screwball garante entretenimento sem concessões. O filme não é mera distração – é um chamado à ação, disfarçado de odisseia.
Uma Batalha Após A Outra afirma Paul Thomas Anderson como cronista definitivo da América fragmentada. Com DiCaprio, Del Toro e Taylor no centro, o filme tece ação visceral com insights profundos, criando um legado que transcende o gênero. Sua urgência política, aliada a uma humanidade palpável, o posiciona como um dos melhores de 2025. Em um mundo de batalhas incessantes, Anderson nos lembra: a verdadeira vitória reside na persistência do espírito humano.
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[…] Uma Batalha Após A Outra, dirigido e escrito por Paul Thomas Anderson, chega aos cinemas em 2025 como uma odisseia épica que mistura ação, comédia e crítica social. Com Leonardo DiCaprio, Teyana Taylor e Benicio Del Toro no elenco, o filme adapta elementos do romance Vineland, de Thomas Pynchon, para explorar revoluções frustradas e o sonho americano em colapso. É uma aventura screwball cheia de sequências de ação impressionantes. Mas será que o longa justifica o hype? Nesta crítica, analisamos a trama, as atuações e a visão de Anderson para ajudar você a decidir. […]
[…] Uma Batalha Após a Outra, o novo thriller político de Paul Thomas Anderson, lançado em 2025, é uma obra explosiva. Dirigido e escrito pelo cineasta, o filme reúne Leonardo DiCaprio, Benicio Del Toro e Teyana Taylor em uma narrativa inspirada no romance Vineland de Thomas Pynchon. Ambientado em uma América distópica, o longa mistura ação screwball, sátira e drama familiar. Disponível nos cinemas, ele captura o caos contemporâneo com humor negro e intensidade. Neste artigo, destrinchamos o enredo, focamos no final explicado e revelamos temas profundos. Se você busca spoilers e análises, continue lendo! […]
[…] Uma Batalha Após a Outra marca o retorno de Paul Thomas Anderson ao cinema com um thriller político explosivo. Dirigido, roteirizado e produzido pelo cineasta, o filme reúne Leonardo DiCaprio, Benicio del Toro e Teyana Taylor em uma narrativa que mistura ação, comédia e crítica social. Ambientado na América contemporânea, o longa segue Bob Ferguson, um ex-revolucionário que vive escondido com sua filha Willa, até que um inimigo do passado ressurge e a coloca em perigo. Mas será que Uma Batalha Após a Outra se inspira em uma história real? Neste artigo, mergulhamos nas origens da produção, suas influências literárias e temas atuais, tudo otimizado para buscas no Google com detalhes exclusivos e análise profunda. […]