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Minha Vida em Marte: Final Explicado do Filme

Minha Vida em Marte (2018), dirigido por Susana Garcia, é uma comédia romântica que transcende o gênero ao explorar a crise conjugal e o poder da amizade verdadeira. Sequência de Os Homens São de Marte… e É pra Lá que Eu Vou (2014), o filme reúne Mônica Martelli como Fernanda e Paulo Gustavo como Aníbal em uma trama leve, mas reflexiva. Elogiado pelas atuações carismáticas, especialmente do duo principal, o filme questiona: o amor verdadeiro precisa de um anel? Neste artigo, destrinchamos o final explicado, sem spoilers desnecessários no início, para quem busca clareza sobre o desfecho que emocionou tantos.

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Sinopse de Minha Vida em Marte

Fernanda, aos 45 anos, vive o desgaste de cinco anos de casamento com Tom (Marcos Palmeira), pai de sua filha Joana (Marianna Santos). O que começou como um sonho virou rotina opressiva, com discussões sobre fraldas e finanças. Ela confidencia isso a Aníbal, seu sócio e melhor amigo gay, interpretado com maestria por Paulo Gustavo. Juntos, eles gerenciam uma empresa de eventos, o que serve de pano de fundo para cenas hilárias.

A trama avança com tentativas desesperadas de reacender a chama. Fernanda experimenta crossfit, que termina em hospital, e hidroginástica, onde flerta com o professor Rodrigo (Dudu Pelizzari). Visitas a sex shops e viagens românticas falham de forma cômica. Enquanto isso, Aníbal cuida de Joana e do porquinho de estimação dela em festas infantis caóticas, com faltas de “pessoas verticalmente desafiadas”. O elenco de apoio brilha: Fiorella Mattheis como a amante Carol, Ricardo Pereira como Bruno, e até Anitta em um cameo animado.

Esses episódios constroem uma narrativa sobre autodescoberta. Fernanda oscila entre lamentos e risos, sempre ancorada na lealdade de Aníbal. O filme captura o cotidiano brasileiro com referências culturais, como musicais da Broadway e shows de pop nacional, tornando-o acessível e relatable.

O Desenvolvimento da Crise

À medida que o casamento rui, revelações chocantes surgem. Fernanda descobre a traição de Tom com Carol, o que acelera a decisão de separação. Aníbal, inabalável, a acompanha em noites de desabafo e escapadas malucas. Eles vão a um show da Anitta, onde Aníbal conhece Theo (Lucas Capri), e escapam de uma festa de swing que vira pesadelo. Um retiro de yoga na natureza testa limites, com meditações forçadas e diálogos afiados.

O ponto alto é a viagem a Nova York, financiada pelo sucesso dos eventos. Lá, Fernanda e Aníbal vivem momentos icônicos: caminhadas na Times Square, compras impulsivas de roupas sem elástico – ironia sobre o corpo pós-gravidez – e tentativas hilárias de Aníbal pedindo “batata doce” em inglês, confundindo com “French fries soup”. Em uma galeria de arte, Fernanda conhece Bruno, um europeu charmoso. O que começa como conversa vira uma noite de prazer casual, mas revela-se amarga: ele é casado. Essa experiência reforça lições sobre impulsos e expectativas irreais.

De volta ao Brasil, o divórcio se oficializa no tribunal. Tom tenta reconciliação, relembrando bons momentos, mas Fernanda resiste. Ela percebe que felicidade não depende de outros, mas de escolhas internas. Essa virada prepara o terreno para o final, onde o foco muda de romance para algo mais profundo.

Final Explicado: Novos Começos e o Triunfo da Amizade

Atenção: spoilers a partir daqui. O desfecho de Minha Vida em Marte foge do clichê romântico. Após o divórcio, Fernanda emerge transformada, livre do peso da rotina. Não há reconciliação com Tom nem um novo par perfeito. Em vez disso, o filme celebra o amor platônico como âncora da vida adulta.

A cena pivotal ocorre no tribunal, onde Fernanda confronta memórias mistas do casamento. Ela recusa o apelo de Tom, afirmando que a verdadeira felicidade vem de dentro. Essa epifania ecoa o tema central: parar de se moldar às expectativas alheias. Aníbal, sempre ao lado, representa a constante que não exige nada além de presença mútua.

O clímax emocional chega na praia, um cenário simbólico de renovação. Fernanda, leve e radiante, brinca na água com Aníbal ao som de música animada. Narração em off resume sua jornada: de mulher presa em dilemas sentimentais a alguém confiante em si mesma. Eles avistam um homem atraente, mas ignoram, optando pela companhia um do outro. Essa escolha sutil reforça que o amor da amizade – cheio de confiança, companheirismo e risos compartilhados – supera romances efêmeros.

Paulo Gustavo influenciou essa resolução. Em entrevistas, Mônica Martelli revelou que ele pediu mudanças no roteiro para evitar um final romântico entre os protagonistas. Queria destacar a pureza da amizade, evitando estereótipos. Essa decisão, póstuma após sua morte em 2021, adiciona camadas emocionais ao rewatch, tornando o final uma homenagem à conexão real entre os atores, amigos na vida real.

A Mensagem do Final: Amor Próprio e Relações Verdadeiras

O desfecho transmite que o “felizes para sempre” não é exclusivo de casais. Fernanda aprende a priorizar o amor próprio, base para amar os outros genuinamente. Aníbal, com seu humor afiado e apoio incondicional, ilustra que amigos podem ser a família escolhida – o “melhor e mais longo dos casamentos”, como ecoam críticas.

Essa visão ressoa em uma sociedade onde relacionamentos são descartáveis. O filme sugere que, em meio a traições e frustrações, o que sustenta é a rede de afeto autêntico. Críticos notaram que, embora o final possa frustrar fãs de finais apaixonados, ele prioriza começos frescos, convidando o público a refletir sobre suas próprias amizades.

Comparado à sequência anterior, onde Fernanda buscava a alma gêmea, aqui ela encontra paz na solteirice empoderada. Elementos como a filha Joana e o porquinho adicionam ternura, mostrando que maternidade e independência coexistem harmoniosamente.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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