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Crítica de Lázaro: Vale a Pena Assistir a Série?

Lázaro, minissérie britânica de 2025 da Amazon Prime Video, marca mais uma incursão de Harlan Coben no suspense psicológico. Criada por Danny Brocklehurst em colaboração com o autor best-seller, a produção de seis episódios une drama familiar e elementos sobrenaturais. Com Sam Claflin e Bill Nighy no centro, ela segue um psiquiatra assombrado pelo passado que revive traumas ao investigar a morte do pai. Mas, em meio a twists previsíveis e um ritmo exaustivo, a série decepciona. Nesta análise concisa, otimizada para buscas no Google, destrinchamos acertos e falhas para você decidir se vale o play.

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Premissa que promete, mas desanda rápido

A trama gira em torno de Joel Lázaro (Sam Claflin), um terapeuta forense traumatizado pelo assassinato de sua irmã em 1998. Ele testemunhou o criminoso fugir, mas o caso nunca foi resolvido. Anos depois, retorna à casa familiar após o suicídio aparente do pai, o renomado Dr. Jonathan Lázaro (Bill Nighy), que deixa pistas enigmáticas: uma nota com “não acabou” e um desenho de um banquinho de ordenha.

Logo, Joel atende uma paciente que revela impulsos assassinos contra o marido e medo de um stalker. No dia seguinte, descobre que ela foi morta em 1999 pelo pai. Fantasmas? Alucinações? A série brinca com luto manifestando-se como visões, levando a uma investigação de casos frios. O conceito, inspirado em mistérios como O Silêncio dos Inocentes, atrai pelo potencial de camadas psicológicas. No entanto, conforme resenhas no The Guardian e AV Club, o enredo vira um emaranhado de conveniências: twists que surgem do nada e explicações finais forçadas, esticando seis episódios sem necessidade.

Elenco estelar preso a diálogos fracos

Sam Claflin carrega Joel com intensidade contida, capturando o tormento de um homem à beira do colapso. Sua química com Bill Nighy, como o pai enigmático em flashbacks, eleva cenas familiares, evocando dinâmicas complexas de herança e culpa. Alexandra Roach, como Sarah, a viúva do pai, adiciona nuance, enquanto o elenco de apoio, incluindo Tom Shankland como Neil, o marido da “paciente fantasma”, esforça-se para injetar urgência.

Críticas no Roger Ebert elogiam o carisma de Claflin, mas lamentam que atores talentosos desperdicem-se em roteiros rasos. Diálogos como “Suponho que escolheu a carreira para ser como ele” soam artificiais, lidos em voz alta para forçar exposição. A Variety nota que o elenco salva momentos isolados, mas a repetição de monólogos internos drena o vigor, deixando personagens unidimensionais apesar do potencial.

Direção e ritmo que sabotam o suspense

Danny Brocklehurst, parceiro de Coben em Safe e The Stranger, dirige com toques visuais elegantes: a casa vitoriana sombria e flashbacks em tons frios criam atmosfera opressiva. A fotografia de Catherine Derry destaca o isolamento de Joel, e a trilha de Isobel Waller-Bridge amplifica a paranoia. No entanto, o pacing é o calcanhar de Aquiles, como martelado pelo The Guardian: flashbacks dentro de flashbacks estendem o básico para seis horas, com personagens repetindo eventos recentes ad nauseam.

O tom oscila entre thriller sobrenatural e drama familiar, mas sem tensão real – visões resolvem enigmas magicamente, eliminando stakes, conforme o Paste Magazine. Elementos improváveis, como policiais ignorando evidências óbvias ou Joel destruindo paredes sem questionamentos, minam a credibilidade. A TechRadar elogia a ambição visual, mas conclui que a direção prioriza estilo sobre substância, resultando em um suspense sem pulso.

Pontos fortes em meio ao caos

Nem tudo afunda. O comentário sobre luto como mecanismo narrativo oferece insights fugidios sobre trauma geracional, ressoando com quem aprecia psicanálise pop. Nighy, em cenas póstumas, rouba o show com sutileza irônica, e o final, apesar de anticlimático, amarra fios com uma reviravolta que, para o IMDb, surpreende fãs de Coben. A produção da Red Production Company é polida, com locações em Manchester evocando melancolia inglesa.

Ainda assim, repetições exaurem: diálogos ecoam, subtramas como o stalker de Sarah distraem sem payoff. O Metacritic (52/100) reflete o consenso: promissor no papel, mas preguiçoso na tela, priorizando quantity sobre qualidade.

Vale a pena assistir a Lázaro?

  • Nota geral: 2/5. É inofensiva, mas esqueça o “ressurgir dos mortos”; esta série enterra expectativas.

Para fãs incondicionais de Harlan Coben, Lázaro oferece o conforto familiar de twists e elenco premium, ideal para uma maratona preguiçosa. Claflin e Nighy valem o tempo, especialmente em um fim de semana chuvoso. No entanto, com pacing horrível e plot holes gritantes, como alertado pelo Paste, frustra quem busca tensão genuína. No Amazon Prime, compete com Reacher ou The Boys, mas perde em execução.

Lázaro aspira ao sublime, misturando luto, mistério e o sobrenatural em uma tapeçaria familiar. Com Claflin e Nighy ancorando um elenco sólido, e Brocklehurst injetando toques visuais, promete profundidade. Porém, repetições, pacing falho e conveniências narrativas a afundam em mediocridade. Em 2025, um ano de thrillers afiados como Severance S2, ela parece datada. Para buscas por “melhores séries de suspense Amazon”, evite; opte por clássicos Coben ou novidades mais afiadas. Uma visão rápida basta – o resto é eco vazio.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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