A Substância (2024), dirigido e escrito por Coralie Fargeat, é um filme de body horror que mergulha na obsessão pela juventude com uma ferocidade visual e satírica. Em suma, a produção destaca-se por sua ousadia, transformando críticas à indústria do entretenimento em uma narrativa visceral e provocativa. Estrelado por Demi Moore como a atriz em declínio Elisabeth Sparkle, o longa equilibra drama intenso com elementos de terror grotesco. O filme dura 2 horas e 20 minutos, enquadrando-se nos gêneros drama e terror. Este artigo examina a trama, a ficha técnica, o elenco, a direção e o impacto cultural de A Substância.
VEJA TAMBÉM:
- Crítica de A Substância: Vale a pena assistir ao filme?
- A Substância: História Real Por Trás do Filme
- A Substância, Final Explicado: O que é o ‘monstro’ e o que aconteceu com ele?
Sinopse e Trailer de A Substância
A Substância acompanha Elisabeth Sparkle, uma atriz de 60 anos demitida de seu programa de TV de sucesso por ser considerada “velha demais”. Desesperada para recuperar a relevância, ela adquire uma droga misteriosa no mercado negro: uma substância que divide suas células, criando uma versão mais jovem e perfeita de si mesma. Essa duplicata, Sue, emerge de um tanque viscoso, pronta para brilhar nos holofotes enquanto Elisabeth permanece oculta.
A trama explora a dinâmica tóxica entre as duas, com regras estritas: cada uma pode “viver” por sete dias antes de injetar a substância e trocar de lugar. Violações levam a deformações horrendas. Enquanto Sue ascende à fama, Elisabeth luta com ciúme e isolamento, culminando em um colapso corporal e psicológico.
Ficha Técnica
- Título Original: The Substance
- Título no Brasil: A Substância
- Direção: Coralie Fargeat
- Roteiro: Coralie Fargeat
- Produção: Vincent Maraval, Eric Kambrouner, Coralie Fargeat
- Produção Executiva: Barry Ackroyd, John Fletcher
- Fotografia: Benjamin Kračun
- Edição: Jérôme Eltabet
- Design de Produção: Claire Dubien
- Figurino: Emmanuelle Youchnow
- Trilha Sonora: Raffy
- Distribuição: Mubi (internacional), Paris Filmes (Brasil)
- Estreia Mundial: 20 de maio de 2024 (Cannes)
- Estreia no Brasil: 19 de setembro de 2024
- Duração: 2 horas e 20 minutos
- Gênero: Drama, Terror
- Classificação: 18 anos
- Orçamento: US$ 8 milhões
- Bilheteria Mundial: US$ 77–82 milhões
- Formato: Filmado em 35mm, com efeitos práticos
Elenco Principal
O elenco de A Substância é compacto, mas impactante, com atuações que ancoram o horror em emoções cruas:
Demi Moore, aos 62 anos, revive sua carreira com o papel duplo de Elisabeth Sparkle, uma estrela caída que encarna vulnerabilidade e fúria.

Margaret Qualley, como Sue, a duplicata jovem e ambiciosa, contrasta com maestria, capturando a arrogância inicial que evolui para paranoia. Sua química com Moore é elétrica, alternando entre simbiose e repulsa.

Dennis Quaid interpreta Harvey, o produtor predatório que simboliza o patriarcado da indústria. Quaid traz um carisma falso e ameaçador, elevando cenas de poder desigual.

O elenco coadjuvante inclui Svitlana Kovalenko como uma atriz russa rival, adicionando camadas de competição, e Sally Hawkins como a doutora que fornece a substância, com uma presença enigmática. Na minha visão, esses papéis secundários enriquecem a sátira sem diluir o foco nas protagonistas, criando um microcosmo da Hollywood tóxica.

Atuações Memoráveis
Demi Moore domina A Substância com uma vulnerabilidade exposta que redefine sua legado. Sua Elisabeth é uma mulher fragmentada, oscilando entre graça e desespero, especialmente em cenas de envelhecimento acelerado. Margaret Qualley, como Sue, brilha na ascensão meteórica, mas revela camadas de insegurança que humanizam a “perfeição”. Na minha perspectiva, a dualidade interpretativa das duas atrizes cria um diálogo corporal fascinante, onde olhares e gestos contam mais que diálogos.
Dennis Quaid, como Harvey, oferece um contraponto masculino cruel, com sorrisos que mascaram exploração. Seu personagem reforça a crítica ao machismo sem cair em caricatura. O suporte de Kovalenko e Hawkins adiciona tensão, com Hawkins evocando uma cientista ambígua. Coletivamente, o elenco eleva o roteiro, tornando o horror pessoal e relatable.
Trilha Sonora e Temas
A trilha de Raffy, com batidas eletrônicas e sons orgânicos, pulsa como o coração da substância. Na minha análise, a música minimalista constrói suspense, usando dissonâncias para as transformações. Faixas como o tema principal, com ecos de techno industrial, acompanham o caos corporal, enquanto silêncios pontuam o isolamento de Elisabeth. Raffy integra sons corporais – batimentos, estalos – para imersão sensorial, complementando o visual de Fargeat.
A Substância disseca a misoginia na cultura da celebridade, com a droga simbolizando cirurgias plásticas e padrões irreais de beleza. Na minha visão, Fargeat critica o duplo padrão de idade para mulheres, contrastando a vitalidade de Sue com o declínio de Elisabeth. O espelho recorrente representa auto-objetificação, enquanto deformações corporais metaforizam o custo da validação externa.
O filme aborda vício e identidade, com o ciclo da substância ecoando codependência. Sua sátira à Hollywood – festas vazias, produtores predatórios – ressoa como um manifesto feminista. Para mim, esses elementos elevam o body horror além do gore, para uma alegoria social afiada.
Recepção Crítica e Comercial
A Substância estreou com aclamação em Cannes, onde Fargeat ganhou o Prêmio de Melhor Roteiro. Com 89% de aprovação no Rotten Tomatoes, críticos elogiam sua audácia visual e as atuações de Moore e Qualley, chamando-o de “um soco no estômago brilhante”. Alguns apontam um final caótico e excesso de choque, mas o consenso celebra sua inteligência satírica. Na minha opinião, o filme marca um retorno triunfal para Moore, com indicações a prêmios como Melhor Atriz em festivais independentes.
Comercialmente, arrecadou US$ 77–82 milhões contra um orçamento de US$ 8 milhões, um sucesso notável para um terror independente. No Brasil, a estreia em 19 de setembro de 2024 atraiu público ávido por horror inovador, impulsionada por buzz de festivais.
Impacto Cultural e Legado
A Substância revitaliza o body horror, influenciando discussões sobre envelhecimento e feminismo na mídia. Na minha perspectiva, sua ousadia – cenas explícitas de nudez e violência – desafia tabus, ecoando Raw e Titane. Moore’s performance reacendeu seu status de ícone, enquanto Fargeat emerge como diretora a observar. O filme inspirou memes e análises online sobre beleza tóxica, consolidando seu lugar na cultura pop de 2024.
Onde e Por Que Assistir A Substância?
A Substância está disponível no Brasil no Amazon Prime Video e HBO Max para streaming. Também pode ser alugado na Apple TV. Recomendo alta definição para captar os detalhes viscerais.
Na minha recomendação, A Substância é essencial para fãs de terror psicológico e sátira. A direção de Fargeat, aliada às atuações brutais de Moore e Qualley, cria uma experiência perturbadora e catártica. Perfeito para quem aprecia The Neon Demon ou Suspiria, o filme provoca reflexões sobre identidade enquanto entretém com gore criativo. Sua brevidade relativa – apesar das 2h20 – mantém o ímpeto, tornando-o uma sessão impactante.
A Substância (2024) é um marco no body horror, com Coralie Fargeat tecendo sátira e terror em uma tapeçaria visceral. Demi Moore e Margaret Qualley ancoram uma narrativa que expõe as feridas da vaidade cultural. Com sucesso crítico e comercial, o filme afirma o poder do cinema independente. Disponível em streaming, é uma obra que exige e recompensa atenção total.
Siga o Séries Por Elas no Twitter e no Google News, e acompanhe todas as nossas notícias!





[…] A Substância, dirigido por Coralie Fargeat, estreou nos cinemas em 19 de setembro de 2024. Com 2h20min de duração, o filme mescla drama e terror em uma sátira afiada sobre padrões de beleza e envelhecimento. Estrelado por Demi Moore, Margaret Qualley e Dennis Quaid, ele explora os extremos da vaidade feminina em Hollywood. Disponível no Amazon Prime Video e HBO Max, ou para aluguel na Apple TV, o longa ganhou o Prêmio de Melhor Roteiro em Cannes 2024. Mas entrega impacto real? Nesta análise, destaco forças e fraquezas para guiar sua escolha. […]