A segunda temporada de The Witcher chega ao fim com o episódio “Família”, um turbilhão de ação, emoções e reviravoltas que fecha arcos abertos e planta sementes para o futuro. Dirigida por Sarah Barone e baseada nos livros de Andrzej Sapkowski, essa conclusão não só resolve o confronto com a Mãe Imortal, mas também revela conexões familiares chocantes e novas ameaças ao destino de Ciri. Se você terminou os oito episódios e ainda está processando o que viu, este guia detalhado desmonta cada camada do finale. Vamos começar pelo impacto maior e retroceder, como sugere a narrativa caótica do episódio.
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Emhyr var Emreis: O Imperador é o Pai de Ciri
O golpe final de “Família” acontece em Cintra, com a chegada do temido “Chama Branca” de Nilfgaard. Após meses de teasers, o Imperador Emhyr surge em toda sua glória, expondo Francesca pela morte de seu bebê élfico e desmascarando as mentiras de Cahir e Fringilla. Ele se vira para a câmera, revelando que é uma versão envelhecida de Duny, o “Ouriço de Erlenwald” da primeira temporada – e, consequentemente, o pai biológico de Ciri.
Essa revelação explica por que Nilfgaard rastreia Ciri com tanta precisão desde o início. Eles sabiam de sua linhagem especial, herdada da mãe Pavetta, cujos poderes de caos Ciri carrega. Mas por que Emhyr, presumido morto em um naufrágio ao lado de Pavetta, abandonou sua identidade anterior? A série sugere que tudo gira em torno de Ciri e sua herança profética. Como pai, ele antecipou o potencial dela, ligado à Profecia de Ithlinne, que prenuncia um apocalipse. Essa conexão familiar transforma Nilfgaard de invasor genérico em uma ameaça pessoal, elevando as apostas para a terceira temporada. Fãs dos livros reconhecem Emhyr como uma figura manipuladora, e sua presença aqui pavimenta o caminho para alianças improváveis e traições.
Bart Edwards, que reprisou Duny em uma visão de Ciri momentos antes, reforça o choque visual. Essa escolha narrativa não é aleatória: ela une o passado de Ciri ao seu presente caótico, destacando como o destino a persegue através de gerações.
Geralt, Yennefer e Ciri: A Formação de uma Família Improvável
Antes da cena de Emhyr, o foco volta para Kaer Morhen, onde Geralt admite a Vesemir que esconder Ciri ali não é mais viável. Com caçadores de todos os lados – de Nilfgaard a magos ambiciosos –, eles precisam fugir. Geralt, ainda magoado com Yennefer por sua perda de poderes, permite que ela se junte ao grupo. Sua missão: treinar Ciri no controle do caos, ajudando-a a dominar sua magia inata.
A batalha contra Voleth Meir revela que os monólitos não são portais estáticos, mas conexões entre esferas, remanescentes da Conjunção das Esferas – um evento cósmico que permitiu a travessia de mundos, como teorizou Istredd. Voleth Meir, uma entidade extradimensional, usou Ciri como ponte para voltar ao seu reino. Geralt percebe que Ciri é o “algo mais” que ele e Yennefer precisam para transcender sua conexão predestinada, profetizada pelo dragão Villentretenmerth. Sem ela, seu romance é mero acaso; com Ciri, torna-se propósito maior – proteção e legado.
Jaskier, o bardo leal, integra o grupo, mas sua permanência é incerta. Sua rede de contatos como “Sandpiper” pode ser vital, mas o perigo crescente testa lealdades. Essa dinâmica familiar escolhida contrasta com o sangue de Ciri, explorando temas de pertencimento em um mundo fragmentado. Para The Witcher, família não é só genética; é escolha em meio ao caos.
A Coruja de Dijkstra Revela Philippa Eilhart
Um mistério menor, mas crucial para fãs hardcore, é a identidade da coruja espiã de Dijkstra. O mestre da inteligência de Redania, vivido por Graham McTavish, confia nessa ave para vigiar distâncias impossíveis – e agora sabemos que é Philippa Eilhart, interpretada por Cassie Clare. Como conselheira mágica do Rei Vizimir, Philippa usa sua forma de coruja para transmitir segredos, inclusive sobre Ciri e seu Sangue Antigo.
Dijkstra vê através dos olhos dela, uma habilidade que ecoa o potencial de Ciri. Essa dupla dinâmica destaca como Redania joga em múltiplas frentes: Dijkstra financia o contrabando élfico de Jaskier enquanto trama contra Nilfgaard. Philippa, com sua astúcia sorcera, adiciona camadas de intriga política. Nos livros e jogos, ela é uma jogadora chave no Capítulo dos Magos, e sua introdução aqui sinaliza alianças volúveis na terceira temporada.
Francesca Findabair: Da Dor à Vingança Élfica
A perda brutal do bebê de Francesca alimenta não só Voleth Meir, mas uma fúria que redefine o conflito élfico. Culpando Redania, ela massacra recém-nascidos humanos em uma retaliação mágica, pavimentando o caminho para uma guerra total contra a humanidade. Capturando Istredd, ela e Filavandrel descobrem que Ciri é “Hen Iker”, a portadora do Sangue de Lara Dorren – a elfa ancestral vista em visões de Ciri, vivida por Niamh McCormack.
Essa revelação alinha Francesca à profecia de Ithlinne, tornando Ciri um símbolo de salvação élfica ou destruição. Sua guerra iminente adiciona uma facção nova à caçada por Ciri, misturando luto pessoal com ambições raciais. Francesca evolui de aliada relutante de Nilfgaard para antagonista independente, questionando se redenção é possível em um continente à beira do colapso.
Lydia: A Face Desfigurada e o Mestre Oculto
Entre os caçadores de Ciri, Lydia van Bredevoort permanece enigmática. Sua tentativa de usar uma poção de bruxo, feita com sangue de Ciri roubado de Kaer Morhen, resulta em uma deformidade horrenda – metade do rosto derretido. Trabalhando com Rience, o “Fodedor de Fogo”, ela se comunica telepaticamente com seu mestre anônimo, visto apenas de costas em uma taverna.
A poção funcionou parcialmente? Sua telepatia sugere ganhos, mas o custo físico é devastador. Esse subplot reforça o tema de ambição cega: perseguir poder através de Ciri corrompe o corpo e a alma. O mestre, ainda no escuro, pode ser uma figura maior dos livros, como Vilgefortz, prometendo reviravoltas na próxima temporada.
Os Reis do Norte Colocam Preço na Cabeça de Ciri
Em uma cena concisa, Tissaia informa aos Reis do Norte – exceto Vizimir de Redania – sobre o potencial de Ciri. Sem ela, Cintra poderia ser reivindicada; com ela, o caos reina. Foltest de Teméria, a rainha de Lyria, o rei de Aedirn e o de Kaedwen decretam uma recompensa pela captura ou morte de Ciri.
Essa decisão burocrática transforma reis em predadores, ampliando a rede de ameaças. Geralt agora enfrenta não só monstros, mas monarcas oportunistas, destacando como o poder político explora o sobrenatural.
A Caçada Selvagem: O Presságio do Fim do Mundo
Mencionada em relatos aéreos, a Caçada Selvagem materializa-se em forma física após transportar Geralt, Yennefer e Ciri para um mundo morto – possivelmente o reino dos Aen Elle. Liderados por Eredin, os espectros de Mörhogg cercam o trio, chamando Ciri de “Filha do Sangue Antigo” e convidando-a à caçada.
Essa visão profética, ecoando Thanos da Marvel, marca Ciri como alvo cósmico. Geralt, vendo o interesse de Voleth Meir e da Caçada, opta pela fuga nômade. Nos livros, a Caçada é uma força élfica invasora; aqui, ela prenuncia o endgame da série, ligando ao destino apocalíptico de Ciri.
Derrubando a Mãe Imortal: O Sacrifício que Salva Todos
O cerne de “Família” é o embate em Kaer Morhen contra Voleth Meir, a Mãe Imortal – inimiga ancestral dos bruxos, que matou o primeiro deles, Klef, e foi aprisionada na floresta. Possuindo Ciri, ela assassina vários bruxos adormecidos e ergue um monólito da Árvore da Medalha.
Vesemir, devastado pela perda de seus “filhos”, quer matar Ciri para acabar com a entidade. Geralt implora por contenção, enquanto Voleth-Ciri libera monstros dos monólitos, causando mais baixas. Ciri, presa em uma ilusão de banquete com sua família morta – avó Calanthe, Mousesack e pais –, luta para retornar à realidade.
O clímax vem com Vesemir reconhecendo que sua raiva alimenta Voleth Meir. Ciri escolhe o real, e Yennefer, atormentada pela culpa, se sacrifica como novo hospedeiro. Banida pelo monólito, Voleth Meir leva Yennefer de volta ao seu mundo. Ao retornarem, Yen revive, com poderes restaurados – um renascimento que fortalece o trio.
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