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Os Homens São de Marte… E é Pra Lá que Eu Vou: História Real por Trás do Filme

Lançado em 2014, Os Homens São de Marte… E é Pra Lá que Eu Vou é uma das comédias românticas mais icônicas do cinema brasileiro recente. Dirigido por Marcus Baldini e Susana Garcia, com roteiro de Patricia Corso e Mônica Martelli, o filme conta com Mônica Martelli no papel principal, ao lado de Paulo Gustavo e Dani Valente. A trama gira em torno de Fernanda, uma organizadora de casamentos solteira aos 39 anos, que busca desesperadamente o amor verdadeiro. Mas será que essa história de ironias amorosas e desventuras românticas se inspira em eventos reais? Neste artigo, analisamos as origens do filme, sua conexão com a peça teatral de sucesso e o quanto ele reflete a vida cotidiana.

A Sinopse de Os Homens São de Marte… E é Pra Lá que Eu Vou

Fernanda (Mônica Martelli) é uma mulher bem-sucedida no Rio de Janeiro. Ela organiza casamentos perfeitos para os outros, mas sua própria vida amorosa é um caos. Aos 39 anos, solteira e devota do amor, ela passa de um pretendente a outro, sempre acreditando que encontrou o par ideal. Seus amigos, como o hilário Ju (Paulo Gustavo), oferecem conselhos sarcásticos e apoio incondicional.

O filme explora as frustrações de Fernanda com datas desastrosas, ex-namorados complicados e a pressão social para casar. Quando ela conhece o arquiteto Tom (Marcos Palmeira), surge a esperança de um final feliz. A narrativa mistura humor leve com toques de drama, destacando a ironia de uma mulher que planeja o dia dos sonhos alheio enquanto ignora o próprio. Com locações charmosas no Rio, o longa captura o espírito carioca e as ansiedades modernas sobre relacionamentos.

Origens do Filme: Da Peça Teatral ao Cinema

Os Homens São de Marte… E é Pra Lá que Eu Vou não surgiu do nada. Ele é uma adaptação direta da peça homônima, escrita e estrelada por Mônica Martelli. O monólogo estreou em 2005 no Teatro Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, em uma sala modesta com apenas 100 lugares. Rapidamente, virou um fenômeno: atraiu mais de dois milhões de espectadores em quase uma década de cartaz.

A peça era um solo de Martelli, onde ela interpretava Fernanda em suas desventuras amorosas. O sucesso levou à expansão para o cinema em 2014. Marcus Baldini, conhecido por Bruna Surfistinha, dirigiu o filme ao lado de Susana Garcia. O roteiro, assinado por Patricia Corso e Mônica Martelli, manteve a essência da montagem teatral, mas adicionou cenas com elenco coadjuvante para enriquecer a dinâmica.

Paulo Gustavo, como o amigo gay Ju, roubou a cena com seu timing cômico. Dani Valente, como a melhor amiga de Fernanda, trouxe equilíbrio emocional. O filme superou expectativas: foi visto por mais de 1,7 milhão de pessoas nos cinemas e quebrou recordes de bilheteria no ano de lançamento.

É Inspirado em uma História Real?

Os Homens São de Marte… E é Pra Lá que Eu Vou não se baseia em uma história real específica. Trata-se de uma obra de ficção, criada por Mônica Martelli para entreter e refletir dilemas comuns. No entanto, a protagonista Fernanda é um alter ego da própria atriz e roteirista. Martelli se inspirou em suas experiências pessoais para construir a personagem.

Em entrevistas, ela revelou que Fernanda representa muitas mulheres como ela: profissionais ambiciosas que priorizam a carreira e acabam lidando com solidão afetiva. A peça surgiu de observações cotidianas sobre relacionamentos, frustrações e a busca pelo amor ideal. Martelli, que começou no teatro e migrou para a TV na Globo em 1995, usou seu background para dar autenticidade à trama. Ela até mudou seu sobrenome artístico para Martelli, em homenagem a uma tataravó, o que influenciou sua identidade criativa.

Embora não haja um enredo biográfico exato, elementos como as cenas de dates ruins e a pressão por casamento ecoam vivências reais de Martelli e de muitas espectadoras. A peça e o filme funcionam como catarse coletiva, sem pretender documentar fatos literais.

Temas Centrais: Amor, Ironia e Empoderamento Feminino

O filme aborda temas universais com leveza. A ironia central – uma organizadora de casamentos solteira – destaca o contraste entre a vida profissional perfeita e o caos pessoal. Fernanda sonha com o príncipe encantado, mas enfrenta homens imaturos, infiéis ou simplesmente incompatíveis.

Outro foco é a amizade. Ju, vivido por Paulo Gustavo, é o alívio cômico e o pilar de apoio. Sua química com Martelli eleva o humor, com diálogos afiados sobre diferenças entre homens e mulheres – uma referência sutil ao livro Os Homens São de Marte, as Mulheres São de Vênus, de John Gray, que inspira o título.

O empoderamento feminino surge na jornada de Fernanda. Ela aprende a valorizar sua independência, mesmo nas decepções. Críticos elogiaram essa abordagem, comparando o filme a comédias românticas de Hollywood como Noiva em Fuga e Um Lugar Chamado Notting Hill, mas com um toque brasileiro autêntico.

O Legado da Peça e Expansões para TV e Streaming

A peça de 2005 pavimentou o caminho para o sucesso do filme. Após o cinema, a história ganhou vida na TV. Em 2014, estreou a série Os Homens São de Marte… E é Pra Lá que Eu Vou na GNT, com quatro temporadas até 2019. Martelli continuou como Fernanda, agora divorciada e navegando pela vida pós-casamento.

A série aprofunda o personagem, explorando carreira, amizades e luto. Em 2021, veio Minha Vida em Marte, sequência cinematográfica com Paulo Gustavo, que bateu recordes de bilheteria. Tragicamente, a morte de Gustavo em 2021 impactou Martelli, que planeja uma continuação lidando com luto – novamente inspirada em sua realidade.

Hoje, o filme está disponível na Netflix, atraindo novas gerações. O título original reflete sua essência: uma comédia que ri das diferenças de gênero sem maldade.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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