“O Telefone Preto“ é um filme de terror e suspense lançado em julho de 2022, com direção de Scott Derrickson e roteiro coescrito com C. Robert Cargill. O longa tem Ethan Hawke, que interpreta o vilão “The Grabber”, além de Mason Thames e Madeleine McGraw. Atualmente, o filme está disponível no Prime Video, e você pode alugar também na Apple TV, Google Play Filmes e TV, e YouTube. A narrativa se baseia em um conto do autor Joe Hill, parte da coletânea 20th Century Ghosts. Mas, afinal, o filme se inspira em fatos reais?
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“O Telefone Preto” se baseia em fatos reais?
A resposta direta é: não, O Telefone Preto não se baseia em uma história real.
Apesar do forte impacto emocional e do realismo sombrio da trama, especialmente nos momentos iniciais, o filme é uma obra de ficção com elementos sobrenaturais. O protagonista, Finney, é um garoto sequestrado por um assassino em série, mas recebe ajuda inesperada das vítimas anteriores através de um misterioso telefone desconectado.
As inspirações reais por trás do filme
Embora não seja uma história real, o diretor Scott Derrickson afirmou que a ambientação e o tom do filme são fortemente influenciados por sua infância em Denver, no Colorado, nos anos 70.
Em entrevista ao site news.com.au, Derrickson revelou que cresceu em um bairro violento, marcado por bullying, brigas frequentes e violência doméstica. Ele presenciou eventos traumáticos, como o assassinato da mãe de um amigo próximo, e vivenciou o medo causado por figuras como Ted Bundy e os assassinatos da Família Manson, que haviam ocorrido pouco tempo antes.
“Era um lugar assustador para crescer. Tentei trazer esse ambiente de forma realista para o filme”, explicou o diretor.
Realismo como ponto de partida
Essa vivência pessoal é evidente na construção do universo de Finney e sua irmã Gwen, que lidam com um pai alcoólatra e agressivo. O filme dedica boa parte do primeiro ato à dinâmica familiar e escolar dos personagens, dando profundidade à narrativa e criando empatia antes mesmo que o suspense sobrenatural comece.
Essa abordagem aumenta o impacto emocional do sequestro de Finney e dá peso à sua luta para escapar.
Adaptação do conto de Joe Hill
O enredo central de “O Telefone Preto” foi adaptado do conto homônimo de Joe Hill, publicado em 2004. O autor é conhecido por suas histórias sombrias com toques sobrenaturais — e, curiosamente, é filho do mestre do terror Stephen King.
Scott Derrickson já havia demonstrado interesse no conto anteriormente, mas foi após sua saída do projeto “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, em 2020, que ele decidiu retomar a ideia e unir a obra de Hill às suas próprias memórias de infância.
Superando o passado com o cinema
Escrever o roteiro foi um processo terapêutico para Derrickson. Segundo o diretor, o filme serviu como uma forma de reconciliação com seu passado e uma maneira de dar voz às crianças que conheceu em sua juventude.
“Muitos dos personagens infantis do filme foram inspirados diretamente em crianças que eu conhecia”, revelou.
Esse toque pessoal deu ao filme uma camada extra de autenticidade, algo raro em obras com elementos sobrenaturais.
Sucesso e continuação confirmada
“O Telefone Preto” arrecadou mais de US$ 160 milhões nas bilheterias mundiais, consolidando-se como um dos sucessos do terror recente. O desempenho positivo levou a Universal Pictures a anunciar uma continuação, com previsão de estreia para junho de 2025. Ainda não se sabe se o novo filme seguirá com inspirações pessoais de Derrickson, mas os fãs aguardam ansiosamente para descobrir o que virá a seguir.
Apesar de não ser uma história verídica, “O Telefone Preto” carrega consigo a verdade emocional de uma infância marcada pelo medo, violência e insegurança. Scott Derrickson usa sua experiência pessoal como pano de fundo para uma história fictícia, mas profundamente humana.
A junção do terror psicológico com elementos sobrenaturais e um retrato cru da infância nos anos 70 faz do filme uma obra única — assustadora, sim, mas também comovente.
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