O Quarto 404, o novo terror cômico tailandês, tem a direção de Pichaya Jarusboonpracha. Em suma, o filme de 1h40min une risadas slapstick a sustos sobrenaturais, explorando temas como ambição, amor tóxico e o ato de soltar o passado. Com elenco liderado por Chantavit Dhanasevi, Kanyawee Songmuang e Paweenut Pangnakorn, a produção revitaliza o horror tailandês, lembrando sucessos como Pee Mak (2013). Disponível exclusivamente na Netflix, ele já gera buzz por seu equilíbrio entre humor e emoção. Neste artigo otimizado para buscas, destrincho a trama, explico o final e revelo o que ele significa para os personagens. Atenção: spoilers à frente!
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Resumo da Trama de O Quarto 404
Nakrob (Chantavit Dhanasevi) é um corretor de imóveis trapaceiro, sempre à caça de barganhas para virar o jogo em sua vida caótica. Seu negócio vai de mal a pior, e o relacionamento com a namorada Lyn (Paweenut Pangnakorn) azeda a cada discussão. Em uma viagem ao sul da Tailândia, ele descobre o Hotel Sukhee Nirun, um prédio decadente à beira-mar, abandonado há décadas. Vendo potencial para um golpe milionário – transformar o local em um resort de luxo falso e vendê-lo a investidores ingênuos –, Nakrob compra o imóvel por uma mixaria.
A equipe de Nakrob inclui amigos leais como o cinegrafista e o faz-tudo, que topam o plano apesar dos rumores locais. O hotel carrega uma lenda sombria: em 1980, Lalita (Kanyawee Songmuang), a proprietária original, assassinou o marido infiel Ong-ard no quarto 404 antes de se suicidar. Seu espírito assombra o lugar, amaldiçoando quem tenta explorá-lo. Ao chegarem, eventos estranhos começam: portas batem sozinhas, objetos voam e visões aterrorizantes surgem. O que era para ser uma reforma rápida vira uma batalha contra o sobrenatural, forçando Nakrob a confrontar não só o fantasma, mas seus próprios demônios.
A narrativa alterna cenas hilárias – como tentativas fracassadas de exorcismo com monges budistas e xamãs rivais – com momentos de tensão real. O filme usa a cenografia do hotel, com corredores empoeirados e paredes descascadas, para criar uma atmosfera de decadência elegante. Essa ambientação sulista, longe do caos de Bangkok, dá frescor à produção tailandesa.
Os Segredos Revelados no Quarto 404
À medida que a reforma avança, Nakrob descobre a verdade por trás da maldição. Conversando com moradores locais, como a dona de um bar de karaokê chamada Jie-pen, ele aprende o histórico trágico de Lalita. Apaixonada por Ong-ard, ela financiou o sonho dele de abrir o hotel, ignorando os avisos dos pais. O negócio prosperou, mas o marido traiu a esposa com uma funcionária. Devastada, Lalita confrontou Ong-ard no quarto 404. Em um acesso de raiva, ela cortou a garganta dele acidentalmente e, sem perspectiva de futuro, se matou com a mesma faca. Antes de morrer, usou seu sangue para escrever uma maldição nas paredes: o hotel nunca seria explorado por ganância.
O espírito de Lalita não é puramente maligno; ele prende o fantasma de Ong-ard no quarto, revivendo o trauma em loop eterno. Nakrob, pressionado pelos sustos e pela deserção dos trabalhadores, contrata especialistas em rituais. Um monge budista, um exorcista cristão e um xamã local tentam banir o fantasma, gerando sequências cômicas dignas de gargalhadas. Mas nada funciona: Lalita vê em Nakrob um reflexo de Ong-ard, um homem egoísta que destrói tudo por ambição. Paralelamente, o relacionamento de Nakrob com Lyn desmorona, espelhando o drama de Lalita. Lyn, cansada das mentiras, ameaça ir embora, forçando-o a questionar suas escolhas.
Esses paralelos enriquecem o filme, transformando um simples ghost story em uma reflexão sobre apego tóxico. O diretor Jarusboonpracha injeta referências pop, como comparações com Chucky, para aliviar a tensão, mantendo o ritmo dinâmico em seus 100 minutos.
O Final Explicado: Libertação ou Ilusão?
O clímax explode no quarto 404, onde Nakrob finalmente encara Lalita cara a cara. Em vez de violência, ele opta pela empatia: conta sua própria história, admitindo que segura Lyn por medo da solidão, assim como Lalita se agarra ao passado. “Todo mundo merece ser feliz”, diz ele, ecoando as palavras que ouviu de Jie-pen. Inspirado, Nakrob termina o namoro com Lyn, desejando que ela encontre liberdade verdadeira. Esse ato de soltura quebra o ciclo: Lalita percebe que sua raiva vem do apego não resolvido e libera o espírito de Ong-ard.
A maldição se desfaz. O hotel para de “lutar” contra a reforma, e Nakrob decide usá-lo honestamente – talvez como um retiro acessível, sem golpes. Lalita, em uma visão poética, sorri pela primeira vez, partindo para o além em paz. Mas o filme não é black-and-white: um toque bittersweet surge quando Nakrob, sozinho no quarto vazio, questiona se realmente mudou ou se o fantasma só era uma distração para seus problemas reais. Did Nakrob get rid of Lalita’s ghost? Sim, mas ao custo de confrontar a si mesmo. O sol nasce sobre o hotel restaurado, simbolizando renascimento, enquanto Nakrob dirige para o futuro incerto.
Essa resolução foge dos clichês de exorcismo explosivo, optando por um fechamento emocional. Sem cenas pós-créditos, o filme deixa o público com uma mensagem sutil: libertar o outro é o primeiro passo para se libertar.
Lançado em 2025, o filme já acumula elogios por promover o cinema regional tailandês, destacando locações costeiras autênticas. Para fãs de The Medium ou Shutter, é uma opção leve, mas impactante. Assista agora e reflita: o que você precisa soltar para seguir em frente?
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