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Na Natureza Selvagem, final explicado: A jornada de Chris e sua lição final

O filme Na Natureza Selvagem, dirigido e roteirizado por Sean Penn em 2007, continua a inspirar gerações com sua história real de rebeldia e busca pela liberdade. Baseado no livro de Jon Krakauer, o longa segue Christopher McCandless, um jovem idealista que abandona tudo para viver na selva. Com Emile Hirsch no papel principal, ao lado de Marcia Gay Harden e William Hurt como os pais de Chris, o filme mistura aventura, drama e reflexões profundas sobre a vida. Se você busca entender o desfecho dessa odisseia, este artigo explica o final de Na Natureza Selvagem, suas mensagens e o impacto duradouro da obra.

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Resumo da trama de Na Natureza Selvagem

Na Natureza Selvagem abre com Chris McCandless (Emile Hirsch), recém-formado em Emory University, frustrado com a vida suburbana. Ele doa seus US$ 24 mil em economias para caridade, queima seu dinheiro e adota o nome “Alexander Supertramp”. Sua meta? Viver de forma autêntica na natureza, longe da hipocrisia familiar e social.

A narrativa não linear mostra Chris viajando pelos EUA. Ele conhece hippies no deserto do México, trabalha em um McDonald’s no Arizona e flutua pelo rio Colorado com um grupo de amigos improváveis. Cada encontro molda sua visão: uma idosa em uma canoa o ensina sobre perda, enquanto Ron Franz (Hal Holbrook), um veterano solitário, oferece paternidade tardia e um convite para ficar. Ron implora que Chris volte à sociedade, mas o jovem segue em frente.

No Alasca, em abril de 1992, Chris chega ao remoto ônibus abandonado que chama de “Magic Bus”. Ele caça, pesca e documenta sua jornada em um diário. A natureza o encanta, mas logo revela sua face cruel. Rios inchados o isolam, e a fome o debilita. Sean Penn usa flashbacks para entrelaçar memórias familiares, revelando o divórcio traumático dos pais e a tensão com a irmã Carine (Jena Malone). Esses elementos constroem o porquê de Chris fugir: uma busca por verdade em um mundo falso.

Os desafios no Alasca: O que leva ao fim?

Chegando ao ponto alto, Chris enfrenta o rigor do inverno alaskano. Ele coleta bagas e raízes, mas subestima a escassez de comida. Seu diário, lido em voz over, revela o declínio: de entradas poéticas para anotações curtas sobre fome. Especialistas debatem a causa exata da morte – possivelmente sementes de batata selvagem mofadas, tóxicas, como sugere Krakauer em atualizações ao livro.

Chris tenta retornar à civilização, mas o rio Teklanika, inchado pela neve derretida, bloqueia o caminho. Preso no ônibus, ele enfraquece. Alucinações o visitam: visões de pássaros e um lobo, símbolos de liberdade perdida. Em um momento pivotal, ele rabisca em um livro: “A felicidade só é real quando compartilhada”. Essa frase, extraída de um poema, marca sua epifania. Sozinho, Chris percebe que a verdadeira alegria vem das conexões humanas, não do isolamento.

Duas semanas após essa reflexão, caçadores de alces encontram o ônibus. Dentro, o corpo de Chris pesa apenas 30 quilos. Ele morreu em agosto de 1992, com 24 anos. A polícia identifica-o por um bilhete de loteria vencido em seu bolso. Sua família, em Virginia, recebe a notícia devastadora. O filme corta para Carine espalhando as cinzas de Chris pela costa leste, um ritual de adeus silencioso.

Final explicado: A morte de Chris e sua transformação

O desfecho de Na Natureza Selvagem é cru e poético. Sean Penn filma a agonia de Chris com realismo: pele ossuda, olhos vidrados e um último suspiro de aceitação. Não há vilão externo; a natureza é impiedosa, mas honesta. Chris morre sorrindo, em paz com sua escolha. Sua nota final, inspirada em Robinson Jeffers, proclama: “Eu tive uma vida feliz”. Isso contrasta com sua arrogância inicial, mostrando crescimento.

Por que Chris não sobreviveu? Ele ignorou conselhos práticos, como mapas melhores ou suprimentos extras. Krakauer, em análises posteriores, aponta para um veneno em sementes de Hedysarum alpinum, que causa paralisia e fome. Chris, sem saber, comeu o que achava nutritivo. Essa ironia reforça o tema: a selva testa limites, mas a ignorância humana os quebra.

A família de Chris lida com o luto de formas variadas. Walt (William Hurt) e Billie (Marcia Gay Harden) visitam o ônibus meses depois, em uma cena comovente. Eles cheiram suas roupas velhas, colocam uma placa memorial e deixam flores. Billie confessa a Krakauer: “Se ele tivesse vivido, eu admiraria. Mas ele não viveu”. Essa admissão humaniza o sofrimento deles, transformando o filme de hino à aventura em elegia à perda.

Temas centrais: Felicidade, família e a ilusão da liberdade

Na Natureza Selvagem questiona o que significa viver autenticamente. Chris rejeita o materialismo – queima seu dinheiro, abandona o carro – em busca de “verdade”. Mas o final revela que a felicidade isolada é vazia. A frase “A felicidade só é real quando compartilhada” ecoa como mantra, lembrando que conexões, como com Ron ou Carine, dão sentido à existência.

O filme critica a sociedade americana dos anos 90: consumismo vazio e segredos familiares tóxicos. Chris foge de um pai controlador e uma mãe codependente, mas aprende que a família, apesar de falha, é essencial. Sean Penn usa a cinematografia de Eric Gautier para capturar a beleza selvagem – vastos céus do Alasca, rios caudalosos – contrastando com a claustrofobia da morte.

Comparado ao livro de Krakauer, o filme enfatiza o emocional. Penn adiciona cenas como a dança de Billie, simbolizando arrependimento. Críticos elogiam isso por tornar Chris acessível, não um mártir distante. O final não romantiza a morte; ele a torna inevitável, forçando o espectador a refletir: valeu a pena?

O impacto cultural e legado de Na Natureza Selvagem

Lançado há quase duas décadas, Na Natureza Selvagem influenciou debates sobre minimalismo e viagens solo. Gerações de mochileiros citam Chris como ícone, mas o filme alerta contra o romantismo excessivo. Em fóruns como Reddit, fãs discutem se o final é “decepcionante” ou profundo – muitos veem nele uma lição sobre equilíbrio entre aventura e responsabilidade.

O elenco brilha: Emile Hirsch captura a intensidade de Chris, enquanto Hal Holbrook, indicado ao Oscar, rouba cenas como Ron. Sean Penn, em sua estreia na direção, ganha prêmios por fotografia e edição. O filme arrecadou US$ 56 milhões e inspirou trilhas sonoras com Eddie Vedder, cuja música “Guaranteed” fecha o filme com melancolia folk.

Hoje, com o mundo pós-pandemia valorizando conexões, o legado de Na Natureza Selvagem ressoa mais. Ele nos lembra: a selva externa é selvagem, mas a interna exige partilha. Se você planeja uma viagem inspirada, lembre-se: prepare-se, mas não esqueça as pessoas.

Por que assistir Na Natureza Selvagem em 2025?

Em uma era de redes sociais e isolamento digital, o filme de Sean Penn oferece antídoto. Assista para questionar suas escolhas, celebrar a beleza natural e abraçar vulnerabilidades. Disponível em plataformas como Netflix e Prime Video, é perfeito para noites reflexivas. O final, com sua honestidade brutal, transforma tragédia em triunfo espiritual.

Se o desfecho de Na Natureza Selvagem te tocou, compartilhe nos comentários: Chris errou ou venceu? Essa jornada de 148 minutos pode mudar sua visão de felicidade. Explore mais análises de clássicos do cinema e otimize sua busca por inspiração autêntica.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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