Sua Culpa (Culpa Tuya), lançado em 27 de dezembro de 2024 na Amazon Prime Video, é a aguardada sequência de Minha Culpa. Dirigido por Domingo González e baseado nos livros de Mercedes Ron, o filme aprofunda o romance proibido entre Noah e Nick, agora navegando pela vida adulta. Com Nicole Wallace e Gabriel Guevara reprisando os papéis principais, a produção mistura drama familiar, traições e paixão intensa. Mas o que era fogo no primeiro filme vira fumaça aqui? Nesta crítica, dissecamos os acertos e tropeços para decidir se vale o play.
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Premissa que promete, mas não entrega
A história segue Noah (Nicole Wallace), que entra na universidade cheia de ambições. Seu relacionamento com Nick (Gabriel Guevara), o enteado, enfrenta testes maiores. Os pais, Rafaella e William, tentam separá-los, enquanto a ex de Nick, Danica, trama vingança. Subtramas com novos interesses românticos e festas de gala complicam tudo, culminando em um final de traições e incertezas.
A premissa tem potencial para explorar amadurecimento e conflitos familiares. No entanto, as reviravoltas parecem desconexas, como notado em resenhas do Rotten Tomatoes. O que poderia ser uma jornada emocional vira um novelão previsível, com diálogos forçados e plots secundários que diluem o foco romântico. Diferente do primeiro filme, que equilibrava leveza e tensão, Sua Culpa se perde em excessos, deixando o espectador confuso em vez de cativado.
Elenco carismático preso em clichês
Nicole Wallace continua forte como Noah, transmitindo vulnerabilidade e determinação. Sua transição para uma jovem adulta é convincente, especialmente nas cenas de dúvida emocional. Gabriel Guevara, como Nick, mantém o charme rebelde, mas a química com Wallace perde intensidade. Momentos de paixão existem, mas faltam a faísca perigosa do antecessor.
Iván Sánchez, como William, adiciona gravidade ao papel paterno, enquanto Marta Hazas e Sira Fernández brilham em papéis secundários. A atriz de Danica, porém, soa caricata, transformando a vilã em uma ameaça unidimensional. O elenco se esforça para elevar o material, como elogiado no IMDb, mas o roteiro os limita a arquétipos: a garota forte, o bad boy arrependido e os pais manipuladores. Resultado? Personagens rasos que não evoluem o suficiente para emocionar.
Direção técnica sólida, narrativa fraca
Domingo González, que dirigiu o primeiro filme, mantém uma produção polida. A fotografia captura a opulência de casas de luxo e ruas de Madri, com um visual glossy que remete a novelas teen. O roteiro, coescrito por González e Sofía Cuenca, flui bem em sequências românticas, mas patina nas intrigas. Cortes rápidos em cenas de ação, como corridas de carro, injetam adrenalina, mas o ritmo geral arrasta, esticando 120 minutos em algo que poderia ser mais ágil.
A trilha sonora pop reforça o tom jovem, mas não compensa as falhas narrativas. Comparado a adaptações como After, Sua Culpa acerta na estética, mas erra na profundidade, como criticado pela Decider. González parece preso à fórmula do sucesso inicial, sem ousar inovar para uma sequência mais madura.
Comparação com o primeiro filme e o gênero
Sua Culpa sofre ao lado de Minha Culpa, que conquistou fãs com sua química explosiva e simplicidade viciante. O original era guilty pleasure puro: proibido, sexy e direto. Aqui, a adição de camadas – como ciúmes e segredos familiares – complica sem enriquecer, como apontado no Tell-Tale TV. Onde o primeiro voava, este tropeça em plots desnecessários, perdendo o equilíbrio entre romance e drama.
No gênero de romances YA, compete com A Culpa é das Estrelas ou Para Todos os Garotos, mas fica aquém. Falta a emoção autêntica ou as reviravoltas orgânicas desses hits. Fãs no Reddit notam a confusão nas twists, que parecem forçadas para justificar uma terceira parte. Ainda assim, para quem amou o casal principal, há ecos da paixão inicial que podem bastar.
Temas de amor e família subexplorados
O filme toca em temas relevantes: o peso das expectativas familiares, a transição para a vida adulta e os perigos do ciúme tóxico. Noah lida com pressões acadêmicas e emocionais, enquanto Nick confronta seu passado rebelde. Esses elementos poderiam elevar a narrativa, mas ficam superficiais, servindo mais como pano de fundo para beijos e brigas.
A crítica social à elite privilegiada é leve, quase ausente, diferentemente de adaptações mais ousadas como Elite. O final, com uma reconciliação ambígua, deixa portas abertas para sequências, mas sem resolução satisfatória, frustrando quem busca closure. Common Sense Media alerta para o conteúdo maduro – sexo, violência e álcool –, adequado para maiores de 16, mas questionável para o público teen que o filme mira.
Vale a pena assistir a Sua Culpa?
- Nota: 5/10.
Sua Culpa divide opiniões: para fãs hardcore da trilogia Culpables, é uma extensão necessária, com Wallace e Guevara ainda cativantes. A química residual e o visual atraente fazem dele um passatempo leve na Prime Video. No entanto, para espectadores casuais ou quem espera evolução, decepciona com sua trama bagunçada e perda de fôlego romântico.
Se você curte romances picantes com drama familiar, assista por curiosidade – leva duas horas e pode render memes sobre as twists absurdas. Mas evite se busca algo profundo ou inovador; opte pelo original ou por Red, White & Royal Blue para mais substância. No fim, é uma sequência que culpa o roteiro por não repetir o sucesso.
Sua Culpa tenta reacender a chama de Minha Culpa, mas acaba como uma brasa fraca. Com um elenco talentoso e direção visualmente caprichada, o filme tem momentos de paixão que lembram por que o casal Noah e Nick conquistou corações. Porém, reviravoltas confusas, personagens rasos e um ritmo irregular o deixam aquém do potencial. Disponível na Amazon Prime Video, é uma opção para maratonas românticas, mas não um must-watch. Se o amor proibido te atrai, dê uma chance – só não espere milagres.
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