Refém do Jogo, lançado em 2018, é um thriller de ação que coloca Dave Bautista no centro de uma trama explosiva em um estádio de futebol. Dirigido por Scott Mann e roteirizado pelos irmãos David T. Lynch e Keith Lynch, o filme mistura tensão, tiroteios e um toque de drama pessoal. Com Pierce Brosnan como vilão carismático e Ray Stevenson em um papel de apoio sólido, a produção chega ao Amazon Prime Video, além de opções de aluguel na Apple TV, Google Play e YouTube. Em 2025, com Bautista consolidado como astro de ação pós-Guardiões da Galáxia, vale revisitar essa joia B? Nesta crítica, avalio os acertos e falhas para guiar sua escolha.
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Premissa cheia de adrenalina, mas previsível
A história gira em torno de Michael Knox (Dave Bautista), um ex-militar traumatizado que acompanha sua sobrinha Grace a um jogo do West Ham contra o Milan na final da Liga Europa, em Londres. O que era para ser um dia de futebol vira caos quando terroristas russos, liderados pelo implacável Dimitri (Pierce Brosnan), tomam o estádio e exigem um resgate bilionário. Armados com explosivos, eles ameaçam detonar o local lotado. Knox, sozinho e sem armas, usa sua astúcia e força bruta para salvar Grace e impedir a catástrofe.
Inspirado em clássicos como Duro de Matar, o enredo promete um “um contra todos” em ambiente confinado. A ambientação no estádio é um acerto: corredores escuros, torcidas enlouquecidas e gramados virando campos de batalha criam imersão. No entanto, a trama avança de forma linear, com reviravoltas que o público antecipa. O resgate é clichê, e o passado de Knox – marcado pela perda de um companheiro em combate – serve mais como pretexto emocional do que desenvolvimento profundo. Ainda assim, o ritmo acelera nos minutos finais, entregando explosões e lutas que compensam a falta de surpresa.
Elenco liderado por Bautista, com Brosnan roubando cenas
Dave Bautista prova seu talento como herói de ação. Seu Knox é estoico, mas vulnerável, com um sotaque britânico convincente e presença física imponente. Após papéis cômicos na Marvel, ele brilha em sequências de luta corpo a corpo, misturando fúria controlada e humor seco. Críticos da Variety elogiaram sua “baixa chave carismática”, e aqui ele carrega o filme, tornando Knox alguém que torcemos para vencer.
Pierce Brosnan, como o terrorista Dimitri, é o verdadeiro vilão memorável. O ex-007 injeta charme sádico ao papel, com monólogos afiados e um sorriso predatório que lembra seus dias em 007. Ray Stevenson, como o inspetor da polícia, oferece suporte confiável, embora subutilizado. A jovem sobrinha de Bautista, interpretada por Grace Hutton, adiciona inocência, mas diálogos forçados limitam seu impacto. O elenco secundário, incluindo torcedores e reféns, serve de pano de fundo, sem destaques. No geral, as atuações elevam um roteiro mediano, com Bautista e Brosnan formando uma dupla antagônica eletrizante.
Direção dinâmica em um orçamento modesto
Scott Mann dirige com eficiência, priorizando coreografias de ação fluidas. As cenas no estádio, filmadas em locações reais como o London Stadium, ganham realismo com câmeras handheld e takes longos durante perseguições. O som de multidões e explosões imersivas reforça a urgência, e a edição rápida mantém o pulso acelerado. Mann, conhecido por Heist, sabe dosar tensão e alívio cômico, como quando Knox improvisa armas com itens do estádio.
Porém, o orçamento baixo transparece em efeitos visuais datados – explosões genéricas e CGI fraco em multidões. O roteiro dos Lynch brothers peca em diálogos expositivos e furos lógicos, como a facilidade com que Knox acessa áreas seguras. A trilha sonora, com batidas eletrônicas, amplifica o caos, mas repete motifs excessivamente. Mann acerta no tom escapista, mas não inova, resultando em um filme divertido sem ambições maiores.
Pontos fortes e limitações evidentes
Os acertos incluem sequências de ação críveis e o duelo Bautista-Brosnan, que injeta energia em uma trama formulaica. A duração curta evita inchaço, e o foco em um local único cria claustrofobia eficaz. Críticos do Metacritic notaram que “Bautista faz valer a pena assistir”, e o público do IMDb concorda, com notas acima de 6/10 por entretenimento puro.
Limitações pesam: enredo previsível, com vilões caricatos e herói invencível demais. Furos narrativos, como a ausência de reforços policiais rápidos, irritam, e o drama familiar de Knox soa forçado. A representação de terroristas russos beira o estereótipo, sem nuance. No Rotten Tomatoes, críticos deram 39%, mas audiência 71%, destacando o apelo guilty pleasure.
Vale a pena assistir a Refém do Jogo?
- Nota 5/10: divertido, mas esquecível – como um jogo de futebol eletrizante sem prorrogação.
Sim, para uma sessão rápida de ação descompromissada. Disponível no Amazon Prime Video, é ideal para fãs de Bautista ou thrillers de estádio. Em 1h44min, entrega adrenalina sem pretensões, superando expectativas de um direto-para-VOD. Alugue na Apple TV ou YouTube se prefere qualidade HD imediata. Evite se busca originalidade ou profundidade – opte por Duro de Matar nesse caso. No catálogo de 2025, é uma diversão passageira, perfeita para maratonas de ação low-stakes.
Refém do Jogo é um thriller de ação honesto, impulsionado pelo carisma de Dave Bautista e pela astúcia de Pierce Brosnan. Scott Mann entrega sequências empolgantes em um cenário icônico, mas o roteiro clichê e furos lógicos freiam o potencial. Em um gênero saturado, destaca-se como escapismo puro, sem ilusões de grandeza. Para quem ama tiroteios e heróis improváveis, vale o play no Prime Video.
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