O Código (2012), dirigido por Boaz Yakin, é um thriller de ação que coloca Jason Statham no centro de uma trama frenética em Nova York. Com 1h35min de duração, o filme mistura perseguições, tiroteios e dilemas morais. Disponível no Prime Video e Telecine, ele marca o retorno de Statham a papéis de anti-herói após O Transportador. Mas em um gênero saturado, será que inova? Nesta análise, examinamos a ação implacável e as falhas narrativas para decidir se vale o play.
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Premissa cheia de adrenalina, mas previsível
Luke Wright (Jason Statham), ex-policial e lutador de MMA quebrado, vê sua vida desabar após perder tudo em apostas. Ele salva Mei (Catherine Chan), uma garota chinesa de 12 anos com um código matemático valioso na cabeça, alvo de tríades, mafiosos russos e policiais corruptos. A jornada pela cidade vira uma corrida contra o tempo para decifrar o código e sobreviver.
A trama avança rápido, com cenas de violência crua que ecoam Hong Kong cinema. Yakin, roteirista de Suspeitos, injeta urgência, usando o código como MacGuffin para justificar caos urbano. No entanto, os vilões estereotipados – o chefe da tríade Han Jiao (James Hong) e o russo Shemyakin (Igor Jijikine) – caem em clichês. O mistério da garota prodígio adiciona camadas, mas o final apressado resolve tudo sem surpresa, como notado em resenhas do Rotten Tomatoes.
Elenco liderado por Statham, com destaques secundários
Jason Statham domina como Luke, misturando fúria contida e vulnerabilidade rara. Sua coreografia física brilha em lutas corpo a corpo, provando por que é ícone de ação. Catherine Chan, como Mei, surpreende com maturidade além da idade, carregando cenas emocionais sem soar forçada. Sua química com Statham eleva o laço protetor, evitando o trope de “criança irritante”.
Robert John Burke, como o Capitão Wolf, traz autoridade suja aos policiais corruptos, enquanto Chris Sarandon, como Prefeito Tremello, adiciona intriga política. Reggie Lee e Anson Mount completam um time sólido, mas papéis como o de Danny Hoch (Julius Barkow) servem mais como alvos do que personagens. O elenco entrega energia, mas o roteiro limita nuances, focando em explosões sobre diálogos afiados.
Direção dinâmica, mas violência excessiva
Boaz Yakin dirige com precisão cirúrgica, filmando Nova York como labirinto hostil. A câmera handheld captura perseguições de carro em túneis e metrôs, evocando Duro de Matar. A edição rápida mantém o pulso acelerado, e a trilha de Mark Mothersbaugh amplifica a tensão. Yakin equilibra gore com estratégia, como quando Luke usa o ambiente para virar o jogo.
Contudo, a violência gráfica – decapitações, tiros em close – pode saturar. Com Mei testemunhando brutalidades, o filme ganha tom sombrio, criticado pelo Common Sense Media por expor uma menor a horrores. A produção de baixo orçamento (US$ 30 milhões) mostra em efeitos digitais fracos, mas a coreografia de luta compensa, destacando Statham em sequências memoráveis.
Pontos fortes e limitações evidentes
Os acertos residem na ação ininterrupta e no carisma de Statham, que transforma um enredo genérico em diversão visceral. As cenas de rua nova-iorquinas adicionam realismo, e o código matemático traz um twist intelectual leve. A duração curta evita fadiga, perfeita para sessões rápidas.
Limitações surgem na narrativa rasa: vilões unidimensionais e reviravoltas telegráficas frustram. A violência gráfica, sem propósito além do choque, aliena audiências sensíveis. Personagens secundários evaporam após servirem ao plot, e o arco de Luke, de suicida a salvador, soa forçado. Apesar disso, o filme cumpre como guilty pleasure.
Vale a pena assistir a O Código?
O Código é diversão direta para fãs de ação dos anos 2010. Statham em modo turbo entretém, com perseguições que valem o tempo. Disponível no Prime Video, é ideal para noites preguiçosas, superando expectativas baixas. No entanto, quem busca profundidade ou originalidade achará vazio.
Se curte Velozes e Furiosos sem carros, ou thrillers como John Wick, experimente. Com 7/10 no IMDb de usuários, ele agrada pelo básico bem feito. Evite se violência gráfica incomoda – opte por algo mais leve. Em resumo, é Statham sendo Statham: previsível, mas viciante.
O Código encapsula o auge da era Statham: ação crua, herói estoico e trama funcional. Boaz Yakin entrega um pacote eficiente, impulsionado pelo astro e pela jovem Chan. Apesar de clichês e excesso de sangue, o filme diverte sem pretensões, provando que simplicidade vence em thrillers. Em 2025, ele resiste como relíquia cult, merecendo uma volta para nostálgicos. Se ação é seu vício, aperte o play – sem arrependimentos.
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