Nossa Vida com Cães é uma comédia dramática que une humanos e seus peludos companheiros em uma tapeçaria de histórias interconectadas. Dirigido por Ken Marino e roteirizado por Erica Oyama, o filme dura 1h53min e conta com um elenco chamativo, incluindo Vanessa Hudgens, Nina Dobrev e Finn Wolfhard. Lançado em 2018, ele captura o verão escaldante de Los Angeles, onde cães viram catalisadores para mudanças pessoais. Com uma recepção mista – 63% no Tomatometer do Rotten Tomatoes –, a produção é um bálsamo para amantes de animais, mas pode parecer leve demais para quem busca profundidade. Nesta crítica, avaliamos se vale a pena assistir a trama.
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Uma trama leve e interconectada
O filme segue um grupo de moradores de Los Angeles cujas vidas se entrelaçam por meio de um veterinário comum. Elizabeth (Nina Dobrev), uma âncora de TV recém-separada, consulta a terapeuta canina de seu cachorro para lidar com o estresse. Tara (Vanessa Hudgens), uma barista sonhadora, cuida de um chihuahua de rua e flerta com Garrett (Jon Bass), um ativista por adoções. Já a família de Grace (Eva Longoria) e Kurt (Rob Corddry) recebe um pug perdido, aproximando-os de sua filha adotiva, Amelia.
Enquanto isso, o viúvo Walter (Ron Cephas Jones) reconecta-se com o mundo via seu pug e um entregador de pizza, Tyler (Finn Wolfhard). Dax (Adam Pally), um músico desleixado, esconde um labradoodle de sua banda. As histórias convergem em um evento beneficente para um abrigo de animais, onde os cães impulsionam romances, amizades e reconciliações. Sem grandes reviravoltas, a narrativa prioriza o encanto cotidiano, ecoando comédias como Amor à Segunda Vista. O roteiro de Oyama mantém o fluxo orgânico, mas peca pela previsibilidade, com arcos que seguem fórmulas românticas testadas.
Elenco estelar com toques caninos
O cast é o maior atrativo, misturando comediantes afiados e talentos emergentes. Nina Dobrev brilha como Elizabeth, trazendo neurose charmosa a uma mulher que projeta suas inseguranças no cachorro. Sua química com Tig Notaro, a terapeuta canina poker-faced, gera os melhores diálogos. Vanessa Hudgens, como Tara, exala otimismo genuíno, questionando sua vida enquanto anima clientes com sorrisos e lattes. Finn Wolfhard, ainda jovem, rouba cenas como Tyler, o adolescente bem-intencionado que forma um laço improvável com o idoso Walter, interpretado com melancolia sutil por Ron Cephas Jones.
Eva Longoria e Rob Corddry formam um casal relatable, navegando paternidade com humor seco. Adam Pally, como Dax, entrega o alívio cômico clássico, mas sem exageros. Jon Bass e Tone Bell adicionam camadas românticas, enquanto Lauren Lapkus e Phoebe Neidhardt injetam absurdos leves. Os cães – de pit bulls enérgicos a chihuahuas teimosos – atuam como coestrelas, com personalidades que humanizam os donos. As performances são sólidas, mas alguns arcos secundários, como o de Bell, sentem-se subdesenvolvidos, limitando o impacto emocional.
Direção e produção acolhedora
Ken Marino, conhecido por comédias como Party Down, dirige com eficiência despretensiosa. Sua abordagem captura a efervescência de LA, com locações ensolaradas e uma paleta de cores quentes que evoca verões preguiçosos. A fotografia de Ben Kutchins destaca os cães em close-ups adoráveis, sem cair no sentimentalismo forçado. A edição mantém o ritmo animado, intercalando histórias sem confusão.
A trilha sonora, com toques indie e pop, reforça o tom otimista. No entanto, Marino peca pela artificialidade visual: cenas sobreiluminadas e diálogos ocasionalmente rígidos, como notado por críticos do Roger Ebert, sufocam a autenticidade. A produção, da LD Entertainment, é modesta, priorizando o elenco sobre efeitos. É um filme que funciona melhor em tela grande, mas sua ausência em plataformas de streaming frustra o acesso fácil.
Temas de conexão e perda
Nossa Vida com Cães celebra o poder dos animais para curar feridas humanas. Cães refletem medos de abandono, solidão pós-perda e a busca por propósito, como o pug de Walter evocando memórias da esposa falecida. O filme aborda adoção, paternidade e envelhecimento com gentileza, promovendo amizades intergeracionais e perdão familiar. Há um subtexto sobre empatia: humanos bagunçados aprendem com a lealdade incondicional dos pets.
Críticos como Christy Lemire elogiam o equilíbrio entre risos e lágrimas, com cenas que catarsis profunda sem treacle excessivo. Ainda assim, os temas ficam na superfície, evitando controvérsias como questões éticas de abrigos. É uma afirmação suave do laço homem-animal, ideal para famílias, mas superficial para debates mais profundos.
Pontos fortes e fracos
Os acertos incluem os cães reais, que roubam o show com comportamentos autênticos – de pulos bagunçados a olhares suplicantes. O humor é acessível, com piadas sobre terapia canina e entregas de pizza caóticas. O consenso crítico destaca o afeto genuíno: “uma comédia que espalha bondade e esperança”, segundo o Roger Ebert. Para amantes de animais, é um deleite frothy, com 75% de aprovação do público.
Fraquezas surgem na previsibilidade: arcos românticos seguem caminhos óbvios, e o ensemble sobrecarregado dilui foco. Diálogos jokey enrijecem em momentos chave, e a direção carece de inspiração, como apontado pela Variety. Alguns veem como “mangy mongrel”, uma salada de gêneros – rom-com, drama familiar, comédia gross-out – que não coesa totalmente. Com classificação etária para linguagem leve e humor sobre maconha, é familiar, mas o final beneficente sente-se forçado.
Vale a pena assistir?
- Nota: 3/5 estrelas.
Nossa Vida com Cães é uma opção reconfortante para dias preguiçosos, especialmente se você adora cães ou comédias feel-good. Com um elenco carismático e mensagens positivas sobre conexão, ele entretém sem exigir muito. Se você busca algo leve, este filme de 2018 oferece pausa acolhedora. Por outro lado, evite se prefere tramas complexas ou sátira afiada; opte por Amor à Segunda Vista para algo mais afiado. No geral, é um sim para sessões familiares – risos garantidos, com potencial para lágrimas catárticas.
Nossa Vida com Cães captura o encanto simples de laços caninos em uma LA vibrante. Marino e Oyama tecem histórias que celebram empatia e renovação, impulsionadas por um cast talentoso e peludos coadjuvantes. Apesar de clichês e ritmo irregular, o filme é um lembrete afetuoso de que, às vezes, um wagging tail cura mais que palavras. Em um catálogo saturado, ele se destaca pela pureza. Procure-o em lojas físicas ou digitais – vale para quem precisa de um boost de otimismo canino.
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