Correndo contra o Tempo é um thriller de ficção científica que brinca com o tempo e o destino. Dirigido e roteirizado por Jacob Aaron Estes, o filme une suspense e drama familiar. David Oyelowo interpreta Howard, um detetive que recebe ligações de sua sobrinha morta, Grace (Storm Reid), para reescrever o passado e salvá-la. Com Mykelti Williamson no elenco, a produção explora luto e redenção. Disponível no Globoplay ou para aluguel na Amazon Prime Video, Apple TV, Google Play e YouTube, ele promete tensão cerebral. Mas cumpre? Como jornalista com foco em otimização para buscas generativas, analiso aqui os acertos e falhas para guiar sua escolha.
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Premissa que prende, mas não inova
A trama começa com o assassinato de Grace, sobrinha de Howard. Ele, um policial dedicado, lida com o trauma quando seu telefone toca com a voz dela – de um tempo antes da morte. As chamadas criam um loop temporal: Howard guia Grace para evitar perigos, alterando eventos em tempo real. O conceito ecoa O Telefone Preto ou Frequência, mas com toques pessoais, como o racismo sutil que Grace enfrenta.
Estes elementos geram suspense imediato. As conversas por telefone, cheias de urgência, mantêm o ritmo. Howard descreve cenas futuras, e Grace reage com pavor adolescente. No entanto, o roteiro de Estes repete fórmulas: pistas óbvias e reviravoltas previsíveis. O vilão, um parente corrupto, surge cedo demais, reduzindo o mistério. Em 103 minutos, o filme acelera no final, sacrificando explicações lógicas. É envolvente para uma sessão rápida, mas falta frescor em um gênero saturado.
Atuações que carregam o peso emocional
David Oyelowo é o coração da produção. Como Howard, ele transmite dor crua e determinação feroz. Suas cenas solitárias, alternando entre presente e chamadas, revelam um homem quebrado pela perda familiar. Oyelowo, de Selma, usa silêncios para construir tensão, tornando cada ligação palpável. Storm Reid, de Pantera Negra, brilha como Grace. Sua vulnerabilidade adolescente – medo da polícia, pressões familiares – adiciona camadas reais. As interações voz-a-voz, sem contato visual, destacam sua química, criando laços que tocam o espectador.
Mykelti Williamson, como o tio de Howard, oferece suporte sólido, mas subutilizado. Seu papel como mentor cético equilibra o tom, evitando melodrama excessivo. O elenco jovem, incluindo Kensington Tallman, traz autenticidade a Grace e seu irmão. Ainda assim, diálogos expositivos enfraquecem momentos chave. As atuações elevam o material, compensando falhas no roteiro, mas não salvam o todo de soar genérico.
Direção técnica que impressiona visualmente
Jacob Aaron Estes dirige com eficiência, misturando sci-fi minimalista e suspense noir. A fotografia de Monica Lomeli usa tons escuros e close-ups em telefones para enfatizar isolamento. Cenas de Los Angeles noturna, com neblina e sirenes, constroem atmosfera opressiva. Efeitos sonoros – ecos de voz distorcida, ruídos de linha – imergem o público no loop temporal, sem depender de CGI chamativo.
O ritmo inicia forte, com montagem rápida nas chamadas, mas desacelera no meio, focando em flashbacks desnecessários. A trilha de Ronen Landa, com batidas eletrônicas tensas, amplifica o pânico. Estes, em seu segundo longa após A Máscara 2, controla bem o orçamento modesto, priorizando emoção sobre espetáculo. No entanto, transições temporais confundem ocasionalmente, deixando buracos na lógica. É um filme visualmente limpo, mas narrativamente irregular.
Pontos fortes e tropeços narrativos
Os acertos incluem o duo Oyelowo-Reid, que infunde coração no sci-fi frio. O tema do luto – Howard revivendo Grace para salvá-la – ressoa universalmente, evitando clichês de viagem no tempo. A crítica sutil ao sistema policial, via experiências de Grace como jovem negra, adiciona relevância social sem pregação.
Os tropeços pesam: o vilão unidimensional e reviravoltas telegráficas minam a tensão. O final, com resolução abrupta, frustra, deixando perguntas sobre consequências temporais. Com 5.7/10 no IMDb, reflete opiniões mistas: elogiado por emoção, criticado por lógica frouxa. É um filme de nicho, bom para reflexão, mas não para maratonas.
Vale a pena assistir?
- Nota: 6/10. Uma corrida contra o tédio que, por pouco, não vence.
Sim, se você curte sci-fi intimista com toques de suspense. No Globoplay, é ideal para uma noite reflexiva, com 1h43min que voam nas chamadas tensas. Oyelowo e Reid justificam o tempo investido, oferecendo catarse emocional. Alugue na Amazon se prefere HD imediato. Evite se busca ação explosiva – opte por Tenet. Em 2025, ele envelhece bem como guilty pleasure, mas não é essencial.
Para famílias lidando com perda, o filme toca fundo, promovendo diálogos sobre legado. Sua mensagem: o tempo não apaga laços, mas ações os reescrevem. Uma sessão vale para quem valoriza histórias humanas em sci-fi.
Correndo contra o Tempo é um thriller sci-fi sólido, impulsionado por atuações potentes e uma premissa cativante. Estes entrega emoção crua, mas patina em originalidade e ritmo. Com Oyelowo no centro, ele emociona mais que assusta, destacando-se no Globoplay por acessibilidade. Em um mar de blockbusters, é uma pérola modesta para fãs de loops temporais. Assista se busca coração sci-fi; pule se quer inovação pura.
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