Em 2016, a Netflix não apenas lançou uma nova temporada de House of Cards, como também levou o marketing da série a um novo patamar. Com a campanha “FU2016”, estrelada pelo inesquecível Frank Underwood, a gigante do streaming venceu o Grand Prix da categoria Integrated no prestigiado Festival de Cannes Lions. E não foi à toa.
Frank Underwood entra na corrida presidencial de verdade
Enquanto Hillary Clinton e Donald Trump travavam batalhas eleitorais nos palanques, Frank Underwood roubava os holofotes. Durante um debate do Partido Republicano nos Estados Unidos, assistido por cerca de 18 milhões de pessoas, uma propaganda fictícia de Underwood foi exibida como se fosse real.
O resultado? Explosão nas redes sociais. O nome do personagem se tornou o principal assunto no Twitter e no Facebook durante a transmissão do debate. A ficção, mais uma vez, venceu a realidade — ao menos na narrativa.
Site oficial, brindes e campanha nas ruas
A ação foi além do comercial. A campanha teve um site completo com identidade visual própria, como se fosse realmente uma candidatura legítima à presidência dos EUA. Lá, os fãs podiam acessar vídeos, conhecer a “plataforma política” de Underwood e até participar da brincadeira.
Produtos promocionais como camisetas e bottons com a marca “FU2016” foram distribuídos para o público. Tudo pensado nos mínimos detalhes. Houve até mesmo um “quartel-general” de campanha montado no coração de Washington, o que reforçou ainda mais a verossimilhança da ação.
O marketing que fez história
Segundo os criadores da campanha, a ideia era transformar a série em algo ainda mais vivo, misturando ficção e realidade de forma provocativa e ousada. E o mundo assistiu. A ação gerou mais de 6 bilhões de impressões na mídia e virou um case histórico de marketing de entretenimento.
O reconhecimento veio com o Grand Prix em Cannes, o prêmio mais cobiçado da publicidade mundial. Uma prova de que, quando se trata de House of Cards, o jogo do poder não se limita à tela. Ele invade o mundo real — e o transforma em palco.
