A Pedra: Elenco, Onde Assistir e Tudo Sobre

A Pedra, lançado em 2025, representa uma estreia impressionante no cinema tailandês contemporâneo. Dirigido por Arak Amornsupasiri e Vuthipong Sukhanindr, o filme mergulha no fascinante e perigoso mundo dos amuletos budistas, transformando uma subcultura local em uma narrativa de suspense criminal eletrizante. Este artigo analisa os elementos centrais de A Pedra, incluindo sua trama inovadora, o elenco talentoso e seu impacto cultural.

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Sinopse e Trailer de A Pedra

A Pedra acompanha Ake, um jovem comum sobrecarregado pelas despesas médicas de seu pai gravemente doente. Em um ato de desespero, ele decide vender a coleção de amuletos budistas herdada do progenitor no movimentado bazar de amuletos de Bangkok. O que parece uma transação simples evolui para um pesadelo quando Ake descobre que um dos itens é um raro amuleto Somdej, desaparecido há décadas e outrora pertencente a uma figura lendária do submundo: Boss Rat.

Introduzido ao carismático avaliador Seng, conhecido como “Paraíso”, e à astuta criadora de conteúdo Muay, Ake é arrastado para um ecossistema voraz de colecionadores, traficantes e enforcadores. Facções rivais disputam o artefato não apenas por seu valor monetário, mas por crenças espirituais e status social. À medida que segredos sobre o passado de seu pai emergem, Ake questiona a fronteira entre fé genuína e falsificações astutas. O filme constrói uma atmosfera de paranoia crescente, culminando em confrontos que testam lealdades e revelam a fragilidade das crenças em uma sociedade obcecada por símbolos de poder.

A narrativa de A Pedra destaca-se pela autenticidade cultural. Os diretores capturam a essência do mercado de amuletos tailandês, um microcosmo de devoção e comércio onde itens sagrados valem fortunas. Sem revelar spoilers, o enredo entrelaça ação rápida com pausas reflexivas, forçando o espectador a ponderar sobre herança familiar e o custo da sobrevivência em um mundo onde o sagrado se confunde com o profano.

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Ficha Técnica

• Título Original: The Stone
• Título no Brasil: A Pedra
• Direção: Arak Amornsupasiri, Vuthipong Sukhanindr
• Roteiro: Arak Amornsupasiri, Vuthipong Sukhanindr, Paween Purijitpunya, Surawut Tungkarak
• Produção: Jungka Studio, em parceria com Carmanline Studio e M Studio
• Fotografia: Krissada Nakaket
• Edição: Theerawat Yailai
• Design de Produção: Laksamee Endo
• Trilha Sonora: Mellow Tunes
• Distribuição: Netflix (streaming internacional)
• Estreia Mundial: 3 de abril de 2025 (cinemas na Tailândia)
• Estreia em Festivais: 26 de abril de 2025 (27º Far East Film Festival, Udine, Itália)
• Estreia na América do Norte: 18 de julho de 2025 (New York Asian Film Festival)
• Duração: 125 minutos
• Gênero: Suspense, Crime, Drama
• Classificação: 16 anos
• Idioma: Tailandês
• País de Origem: Tailândia
• Bilheteria na Tailândia: Mais de ฿97 milhões

Elenco Principal

O elenco de A Pedra eleva o material com performances nuançadas, ancoradas na química entre os protagonistas. Cada ator incorpora personagens que transitam entre o cotidiano e o extraordinário, refletindo as tensões da sociedade tailandesa moderna.

Jinjett Wattanasin como Ake

Wattanasin, conhecido por papéis em séries tailandesas, entrega uma interpretação cativante como o protagonista ingênuo. Seu Ake evolui de um filho desesperado para um homem confrontado pelo caos, com expressões faciais que transmitem vulnerabilidade e determinação. A escolha de Wattanasin para o papel central injeta frescor, tornando Ake um herói relutante que ressoa com espectadores comuns.

Korranid Laosubinprasert como Muay

Laosubinprasert brilha como a influenciadora Muay, uma figura astuta no mercado de amuletos. Sua personagem adiciona camadas de inteligência e ambiguidade, navegando entre aliada e oportunista. A atriz captura a essência de uma geração digital, usando o carisma para mascarar motivações ocultas, o que enriquece as dinâmicas de grupo.

Itkorn Pungkiatrussamee como Seng “Paraíso”

Pungkiatrussamee interpreta o avaliador carismático com um magnetismo que domina as cenas. Seu Seng é o elo entre o mundo legítimo e o subterrâneo, com um sorriso que esconde intenções calculadas. A performance do ator destaca-se pela dualidade, tornando “Paraíso” um antagonista simpático que impulsiona o suspense.

Outros contribuintes incluem Noppol Gomarachun, Chulachak Chakrabongse e Sirakoop Medhanee em papéis de apoio que aprofundam o submundo dos amuletos. Esses atores secundários fornecem texturas autênticas, representando colecionadores e enforcadores com realismo que evita caricaturas.

Temas Centrais: Fé, Herança e o Preço da Crença

A Pedra transcende o gênero criminal ao interrogar a interseção entre espiritualidade e comércio. Os amuletos budistas, símbolos de proteção na Tailândia, tornam-se metáforas para ilusões pessoais. A jornada de Ake reflete dilemas universais: o peso da herança familiar e a tentação de vender o sagrado por sobrevivência. O filme critica a mercantilização da fé, onde colecionadores ricos tratam relíquias como troféus, enquanto os pobres as veem como salvação.

O drama familiar adiciona profundidade emocional. A relação entre Ake e seu pai, marcada por silêncios não ditos, evoca o luto antecipado e o arrependimento. Muay representa a modernidade digital, usando redes sociais para navegar o caos, enquanto Seng encarna o cinismo charmoso do mercado negro. Esses elementos tecem uma tapeçaria que questiona: o que torna algo “sagrado” em um mundo de falsificações?

Estilisticamente, A Pedra inova ao integrar elementos documentais. Cenas no bazar capturam o frenesi real de vendedores e compradores, misturando ficção com verossimilhança. Essa abordagem não só autentica a narrativa, mas eleva o filme a um comentário social sobre desigualdade na Tailândia contemporânea, onde a devoção religiosa coexiste com a pobreza extrema.

Recepção Crítica e Impacto Cultural

Desde sua estreia nos cinemas tailandeses em abril de 2025, A Pedra acumulou mais de ฿97 milhões em bilheteria local, um feito notável para uma estreia de diretores. No 27º Far East Film Festival em Udine, o filme competiu pelo White Mulberry Award para estreias, recebendo elogios por sua fusão de gêneros. Sua exibição no New York Asian Film Festival em julho, seguida de um Q&A, consolidou sua reputação internacional.

Críticos destacam o equilíbrio entre entretenimento e profundidade. EasternKicks descreve-o como “uma estreia divertida” que integra crime, ação e drama de personagens no cenário único do comércio de amuletos. Asian Movie Pulse elogia as reviravoltas eficazes e a escala de produção, embora note quedas ocasionais no ritmo que podem torná-lo ligeiramente repetitivo. O final, que questiona fé e destino através de uma perseguição previsível pelo amuleto poderoso, divide opiniões, mas reforça o tema de crença versus razão.

Culturalmente, A Pedra populariza o fascínio tailandês por amuletos, inspirando discussões sobre espiritualidade em fóruns online. Sua disponibilidade na Netflix ampliou o alcance, atraindo espectadores além da Ásia. Como thriller de estreia, o filme pavimenta o caminho para narrativas tailandesas mais ousadas, provando que o cinema local pode rivalizar com produções globais em sofisticação.

Por Que Assistir A Pedra na Netflix?

A Pedra surge como uma joia subestimada no catálogo da Netflix, perfeita para fãs de thrillers culturais como The Raid ou Oldboy. Sua duração de 125 minutos permite uma imersão sem pressa, com atuações que ancoram a ação em humanidade. Disponível em legendas precisas, o filme acessibiliza o tailandês para audiências globais, destacando diretores emergentes.

O longa oferece mais que entretenimento: ele desafia percepções sobre crença e comércio, ressoando em tempos de crise econômica e espiritual. Para quem busca narrativas autênticas da Ásia do Sudeste, A Pedra é essencial, combinando suspense palpável com insights culturais profundos.

A Pedra (2025) afirma-se como um thriller tailandês marcante, onde diretores estreantes Arak Amornsupasiri e Vuthipong Sukhanindr tecem uma tapeçaria de suspense, drama e crítica social. Liderado por Jinjett Wattanasin em uma performance reveladora, o filme transforma o obscuro mundo dos amuletos em uma alegoria universal sobre herança e ilusão. Com bilheteria robusta na Tailândia e aclamação em festivais, A Pedra prova o vigor do cinema local. Disponível na Netflix, ele convida espectadores a questionarem suas próprias “pedras” sagradas. Uma estreia que merece atenção duradoura.

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