a-mula-final-explicado

A Mula, Final Explicado: O Que Acontece com Earl Stone?

Clint Eastwood, aos 88 anos, entregou uma de suas atuações mais pessoais em A Mula (2018). Dirigido e estrelado por ele, o filme mistura drama familiar com tensão criminal. Baseado na história real de Leo Sharp, um veterano de guerra que virou transportador de drogas aos 90 anos, o longa explora arrependimento e redenção. Com Bradley Cooper como agente da DEA e Laurence Fishburne no elenco, A Mula é um thriller reflexivo. Disponível na Netflix, ele continua a atrair espectadores curiosos sobre seu desfecho emocional. Neste artigo, destrinchamos o final explicado de A Mula, sem spoilers iniciais, e analisamos temas como família e tempo perdido.

VEJA TAMBÉM:

Resumo da Trama de A Mula

Earl Stone (Clint Eastwood) é um floricultor de 90 anos no interior dos EUA. Veterano da Guerra da Coreia, ele ganhou prêmios por suas daylilies, flores que cultiva com paixão. Mas sua vida desmorona. O negócio familiar faliu por falta de modernização – nada de internet ou marketing digital. Earl ignora isso, priorizando convenções de flores e amigos. Sua obsessão pelo trabalho o afastou da família. A ex-mulher, Mary (Dianne Wiest), o odeia por ausências constantes. A filha, Iris (Alison Eastwood), cortou laços. Só a neta, Ginny (Taissa Farmiga), o tolera.

Desesperado por dinheiro, Earl aceita um emprego simples: dirigir uma van de Texas a Illinois. O que ele não sabe? Está transportando cocaína para um cartel mexicano. O contato inicial é um jovem latino que o recruta na festa de noivado de Ginny. Earl vê oportunidade: ganhar grana para o casamento da neta e reconquistar a família. Viagens viram rotina. Ele ganha apelidos como “Tata” do cartel, impressionando com pontualidade e charme.

Enquanto isso, o agente da DEA Colin Bates (Bradley Cooper) investiga um fluxo de drogas na rota. Seu time, incluindo o chefe (Laurence Fishburne), segue pistas. Earl equilibra a vida dupla. Ele ajuda financeiramente a família, reconstrói laços e curte a estrada com músicas antigas. Mas tensões crescem. O cartel pressiona por mais entregas. E Bates se aproxima.

A Mula não é só crime. É sobre um homem idoso confrontando erros. Inspirado em artigo do New York Times sobre Leo Sharp, o filme humaniza o “mula” mais velho do cartel de Sinaloa. Eastwood dirige com economia, focando silêncios e olhares.

Os Temas Centrais: Família, Arrependimento e o Preço do Tempo

Antes do final, A Mula constrói camadas emocionais. Earl representa gerações que sacrificam laços por ambição. Ele viaja milhares de quilômetros, mas perde aniversários e casamentos. O filme critica o “homem provedor” que falha no essencial: presença.

O cartel, liderado por Laton (Andy Garcia), vê Earl como ferramenta. Mas ele conquista respeito com humor e lealdade. Bates, por outro lado, é o oposto: dedicado à família, mas obcecado pelo caso. Essa dualidade destaca escolhas morais. O racismo sutil aparece em interações de Earl com latinos, evoluindo para afeto genuíno.

A trilha sonora, com hits dos anos 60, evoca nostalgia. Eastwood usa close-ups para captar fragilidade da velhice. O filme arrecadou US$ 174 milhões com orçamento de US$ 50 milhões. Críticos elogiam a atuação de Eastwood, mas notam ritmo lento.

Final Explicado de A Mula: Spoilers a Partir daqui!

Aviso: Esta seção revela o desfecho completo. Pare se não assistiu!

O clímax explode na casa da família. Earl organiza um churrasco para celebrar o casamento de Ginny. Ele convida todos: Mary, Iris e até o noivo. É o pico de sua redenção parcial. Dinheiro do tráfico salvou a fazenda de Iris e bancou o evento. Mas o passado bate à porta.

Bates e sua equipe invadem. Eles rastrearam a van de Earl via pistas de entregas. Uma busca revela resquícios de drogas. Earl é preso em flagrante, algemado na frente da família. O momento é devastador. Mary, que começava a perdoá-lo, desaba. Iris grita de raiva. Ginny chora, dividida entre amor e traição.

No interrogatório, Earl confessa tudo a Bates. Ele explica motivações: solidão, falência e desejo de reparar danos. Não há glamour no crime. O cartel o abandona; Laton some. Earl enfrenta julgamento. O promotor oferece acordo: delação por pena reduzida. Mas Earl recusa. Ele protege contatos latinos que viraram “família adotiva”, como o jovem que o recrutou.

Condenado a três anos, Earl entra na prisão. Ali, o filme vira poético. Ele cultiva um jardim de flores atrás das grades. Daylilies florescem novamente. A família visita. Mary perdoa de vez, revelando que sempre soube de seus defechos. Iris traz a bisneta, sinal de laços reconstruídos. Ginny sorri, grata pelo apoio financeiro, apesar do escândalo.

O último take mostra Earl no pátio da prisão, regando flores ao pôr do sol. Ele sorri, em paz. Não há fuga milagrosa ou absolvição total. A redenção é quieta, tardia. Como em Gran Torino, Eastwood fecha com otimismo amargo: o tempo perdido dói mais que barras de ferro.

O Significado do Final: Redenção Tardia e Lições de Vida

O desfecho de A Mula ressoa por sua honestidade. Earl não escapa impune. Sua prisão simboliza consequências de escolhas egoístas. Mas o jardim na cadeia representa crescimento. Ele finalmente equilibra trabalho e afeto – ironicamente, forçado pelas circunstâncias.

O filme manda mensagem clara: nunca é tarde para consertar laços. Earl morre? Não no enredo, mas a velhice de Eastwood sugere adeus ao personagem. Temas de imigração e racismo adicionam profundidade. Earl aprende com latinos que julgava, invertendo preconceitos.

Comparado a O Estranho Sem Limites, A Mula é mais íntimo. Sem tiroteios excessivos, foca diálogo e emoção. Críticos veem metáfora para carreira de Eastwood: um ícone do faroeste virando “mula” de dramas maduros.

Se o final de A Mula te emocionou, comente abaixo! Qual lição levou? Assista na Netflix e descubra por que Eastwood, aos 95 anos, ainda define cinema americano.

Siga o Séries Por Elas no Google News e veja todas as nossas notícias!

Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
Artigos: 1450

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *