Filmes como Os Rejeitados, de Alexander Payne, conquistam não só pelas risadas, mas pelo impacto emocional que deixam. Lançado em 2023 e agora disponível na Netflix – ou para aluguel na Apple TV, Amazon Prime Video e Google Play Filmes –, este drama de comédia ambientado nos anos 1970 explora solidão, perda e redenção em uma escola preparatória de elite. Com Paul Giamatti no papel de um professor rabugento, Da’Vine Joy Randolph como a cozinheira enlutada e Dominic Sessa como o aluno rebelde, o filme acumula indicações ao Oscar e ressoa com públicos que buscam histórias humanas autênticas. Se você chegou até aqui procurando o final explicado de Os Rejeitados, este artigo desvenda o desfecho sem spoilers iniciais, mas com análises profundas para quem já assistiu.
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Resumo da Trama de Os Rejeitados
Os Rejeitados se passa no início dos anos 1970, no auge da Guerra do Vietnã, na prestigiada Barton Academy, uma escola preparatória no Novo Inglaterra. O feriado de Natal se aproxima, e os alunos mal podem esperar para fugir das aulas rigorosas. No centro da história está Paul Hunham (Paul Giamatti), um professor de história severo e isolado socialmente, conhecido por sua falta de piedade. Ele pune a turma com leituras extras após um exame desastroso, ignorando o clima festivo que paira no ar.
A tragédia paira sobre o campus. Mary Lamb (Da’Vine Joy Randolph), a dedicada cozinheira da escola, lida com o luto recente pela morte de seu filho na guerra, tornando o Natal uma época de dor profunda. Enquanto isso, o adolescente Angus Tully (Dominic Sessa), um aluno problemático, teme ser enviado a uma academia militar se reprovar. Seus pais distantes – a mãe, Judy (Gillian Vigman), casada com o rico padrasto Stanley (Tate Donovan) – o abandonam emocionalmente, preferindo viagens a laços familiares.
Devido a pais ausentes, um grupo de alunos, incluindo Angus, deve “ficar retido” (holdover) no campus durante as férias. Sob a supervisão relutante de Hunham, eles enfrentam um Natal sem diversões, repleto de estudos e regras estritas. A tensão explode quando o rival de Angus, Teddy Kountze (Brady Hepner), convence os pais a levarem o grupo para uma viagem de esqui de luxo. Todos partem, exceto Angus, cuja família não responde às chamadas da escola. Humilhado, ele confronta Hunham, acusando-o de sadismo. Esse isolamento forçado vira o catalisador para laços improváveis entre Hunham, Angus e Mary, transformando o feriado em uma jornada de autodescoberta.
A Evolução dos Personagens
Ao longo das semanas de reclusão, Os Rejeitados revela camadas nos protagonistas. Hunham, com seu humor azedo e princípios rígidos, começa a baixar a guarda. Ele e Angus trocam farpas iniciais, mas logo compartilham confidências sobre solidão. O professor descobre que o pai de Angus não está morto, como o garoto alegava, mas internado em uma instituição psiquiátrica. Essa revelação humaniza Angus, cujas rebeldias surgem da negligência parental. Mary, por sua vez, une-se ao trio em momentos de vulnerabilidade, compartilhando o peso de sua perda e oferecendo consolo maternal.
Payne, mestre em narrativas intimistas como em Nebraska e A Descida de Sideways, usa o cenário nevado da escola para criar um microcosmo de emoções reprimidas. Hunham tenta amenizar o Natal com uma árvore e refeições elaboradas, mas Angus insiste em uma escapada a Boston – um sonho infantil negado pelos pais. Relutantes, Hunham e Mary cedem, levando a uma tarde de turismo que mistura humor e melancolia. Eles assistem a Pequeno Grande Homem (Little Big Man), com Dustin Hoffman, e exploram a cidade, fortalecendo laços que transcendem hierarquias sociais. Essa progressão não é linear; há brigas, silêncios e risos, refletindo a complexidade das relações humanas em tempos de crise.
O Clímax em Boston: Revelações e Consequências
O ponto de virada ocorre durante a viagem. Enquanto assistem ao filme, Angus escapa da vista de Hunham para contatar o pai. O professor o encontra e, tocado pela dor do aluno, concorda em levá-lo à instituição psiquiátrica. O reencontro é devastador: o pai de Angus sofre de um colapso mental grave, expondo as mentiras que o garoto contava para se proteger. Essa verdade irrompe como um soco emocional, forçando Angus a confrontar sua família fragmentada.
De volta à escola, a mãe de Angus e o padrasto descobrem a visita proibida. Furiosos, eles ameaçam transferir o garoto para uma academia militar como punição. Hunham, em um ato de sacrifício puro, assume toda a culpa. Ele declara que a ida a Boston foi ideia dele, e Angus apenas o acompanhou. Essa confissão salva o futuro de Angus, mas custa o emprego do professor. Demitido na hora, Hunham aceita o veredicto com uma serenidade surpreendente. Ele entra na educação para impactar vidas, e vê em Angus a prova de seu propósito realizado.
Final Explicado de Os Rejeitados: Redenção e Novos Começos
O desfecho de Os Rejeitados é um hino à resiliência humana, evitando clichês fáceis. Após a demissão, Hunham dirige para longe da Barton Academy, o carro lotado de livros e memórias. Seu sorriso sutil sugere liberdade: sem as amarras da instituição, ele pode redefinir sua existência. Angus, liberto da ameaça militar, retorna à escola com uma maturidade recém-adquirida. Ele se reconcilia parcialmente com a mãe, mas escolhe seu caminho, priorizando estudos e autoconfiança.
Mary, ainda de luto, encontra consolo na amizade forjada. O trio se despede com um brinde silencioso, simbolizando que o Natal isolado os uniu mais que qualquer celebração tradicional. Payne fecha com uma carta de Hunham a Angus, lida em voz over: o professor incentiva o aluno a abraçar sua inteligência afiada, ecoando lições de empatia e perdão. Não há finais felizes perfeitos; o Vietnã persiste como sombra, e as perdas de Mary ecoam. Mas há esperança – um “holdover” emocional que transforma rejeitados em uma família escolhida.
Essa conclusão ressoa porque espelha dilemas reais: como lidar com o abandono em uma era de guerras e desigualdades? Giamatti brilha na sutileza de Hunham, transmitindo vulnerabilidade por trás da casca dura. Randolph rouba cenas com sua dor palpável, enquanto Sessa, em estreia, carrega Angus com autenticidade crua. O filme critica o elitismo das prep schools, mas celebra conexões autênticas.
Compartilhe sua visão do final nos comentários: Hunham encontrou paz verdadeira? Os Rejeitados prova que, em meio ao caos, laços improváveis salvam.
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