Onde Está Roger Abdelmassih hoje, após Tremembé?

Roger Abdelmassih, o ex-médico condenado por estuprar 37 pacientes em sua clínica de fertilização em São Paulo, completa 82 anos em outubro de 2025 e segue cumprindo pena na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior paulista. Apesar de múltiplas tentativas da defesa para obter prisão domiciliar por razões de saúde, ele permanece atrás das grades, em uma cela individual e sem direito a visitas, conforme atualizações recentes do sistema prisional. Sua pena, reduzida para 181 anos em 2020, prevê progressão de regime só em 2047 – quando ele teria 104 anos.

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Contexto da Prisão e Tentativas de Saída

Abdelmassih foi preso em 2014, após foragido no Paraguai desde 2011. Ele se escondeu em Assunção com a esposa, a advogada Larissa Sacco, até ser deportado pela Polícia Federal brasileira em operação conjunta com autoridades paraguaias. A localização veio graças a denúncias de vítimas, como a estilista Vana Lopes, uma das primeiras a quebrar o silêncio sobre os abusos sistemáticos contra mulheres sedadas durante procedimentos médicos.

Desde então, Tremembé – conhecida como “prisão dos famosos” por abrigar condenados de alto perfil, como Suzane von Richthofen – é seu lar forçado. O presídio oferece isolamento para evitar riscos, mas Abdelmassih tem explorado brechas legais. Em setembro de 2024, sua defesa alegou “risco de morte” por miocardiopatia dilatada e hipertensão pulmonar, anexando laudos médicos que descreviam dores no peito na cela. A juíza Sueli Zeraik negou o pedido, afirmando que seu quadro é estável e monitorado por equipe médica interna.

Não há registros de novos habeas corpus ou transferências em 2025. Relatos de outubro indicam que ele vive isolado, sem contato familiar, em uma rotina de exames regulares, mas sem alívio na sentença.

Impacto da Série Tremembé e o Legado dos Crimes

A estreia da série Tremembé no Prime Video, em 31 de outubro de 2025, reacendeu debates sobre Abdelmassih. Baseada no livro de Ullisses Campbell, a produção retrata sua cela como símbolo de impunidade parcial – ele responde em liberdade inicial graças a habeas corpus até 2014. Vítimas, como as que investiram economias no sonho da maternidade só para acordar vítimas de violência, viram na série uma chance de visibilidade. No entanto, o foco em sua saúde frágil choca: enquanto ele busca “morte digna em casa”, as sequelas emocionais das 37 condenadas persistem.

Ativistas e o Ministério Público de SP monitoram o caso de perto. Qualquer mudança dependeria de agravamento comprovado, mas fontes judiciais não indicam movimentos recentes. Para atualizações, acompanhe portais como G1 ou Estadão, que cobrem o presídio.

Em resumo, Abdelmassih não saiu de Tremembé. Aos 82, ele envelhece no isolamento que impôs a tantas vidas destruídas. A justiça, por ora, mantém a porta fechada.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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