A minissérie O Monstro de Florença, lançada na Netflix, mergulha no aterrorizante caso real de um serial killer que assombrou a Itália por 17 anos. Criada por Stefano Sollima e Leonardo Fasoli, essa produção italiana de drama, policial e suspense revive os crimes brutais entre 1968 e 1985, quando casais foram assassinados em estradas isoladas da Toscana. Com apenas quatro episódios, a série combina reconstituições históricas, interrogatórios tensos e críticas sociais afiadas. Se você terminou de assistir e ficou com dúvidas sobre o desfecho, este artigo traz o final explicado completo, com spoilers. Vamos dissecar a trama, os personagens e o que a narrativa sugere sobre o culpado.
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Resumo da Trama: Os Crimes que Paralisaram a Itália
A história começa em 1968, com o assassinato de Barbara Locci e seu amante por Stefano Mele, um crime passional que serve de ponto de partida para os horrores subsequentes. Entre 1968 e 1985, oito casais – totalizando 16 vítimas – foram mortos da mesma forma: tiros de uma pistola Beretta calibre .22, seguidos de mutilações grotescas nos corpos das mulheres, focadas na região genital. Esses ataques ocorriam em locais românticos, como colinas e florestas perto de Florença, criando um pânico coletivo na sociedade italiana conservadora da época.
A investigação ganha foco em 1982, após o quarto duplo homicídio, quando a promotora Silvia Della Monica assume o caso. Ela conecta os crimes pela arma única e adota táticas controversas, como vazar informações falsas para a imprensa para atrair o assassino. A série explora falhas policiais, preconceitos de gênero e o sensacionalismo midiático, que transformou o “Il Mostro di Firenze” em um mito urbano. Flashbacks revelam dinâmicas familiares tóxicas nas comunidades rurais, onde abusos domésticos e silêncios cúmplices alimentam o mistério. Ao longo dos episódios, dezenas de suspeitos surgem, de trabalhadores rurais a figuras da alta sociedade, mas as provas sempre escorregam.
Essa abordagem true crime não busca apenas entreter, mas questionar a justiça italiana dos anos 1980. Com uma cinematografia sombria – planos noturnos e close-ups em armas enferrujadas –, a produção captura o medo palpável que invadiu Florença.
Personagens Principais: Rostos do Horror e da Suspeita
O elenco compacto brilha ao dar vida aos envolvidos no caso. Marco Bullitta interpreta Stefano Mele, o viúvo instável que cumpriu 13 anos de prisão por matar Barbara e seu amante. Seu personagem oscila entre vítima de um casamento forçado e cúmplice protetor, mudando depoimentos para desviar culpas da família. Bullitta transmite uma vulnerabilidade crua, tornando Stefano o coração emocional da narrativa.
Valentino Mannias encarna Salvatore Vinci, o suspeito mais sombrio, um homem rude ligado a abusos sexuais e envenenamentos. Sua relação ambígua com Stefano – sugerindo tons homossexuais reprimidos – adiciona camadas de tensão. Mannias entrega uma performance magnética, misturando carisma rural com ameaça latente, o que o torna o vilão perfeito para o público.
Francesca Olia dá vida a Barbara Locci em flashbacks impactantes. Como esposa abusada em um casamento arranjado pela família, ela representa as vítimas silenciadas pela misoginia. Olia captura o desespero e a rebeldia de Barbara, cujos traumas conectam as famílias Mele e Vinci. Outros destaques incluem atores como aqueles que interpretam Giovanni Mele e Francesco Vinci, irmãos e tios envolvidos em simulações de crimes e posse de armas.
Breakdown dos Episódios: Da Primeira Pista ao Julgamento Caótico
O primeiro episódio estabelece o terror com o crime de 1982: Paolo Mainardi e Antonella Migliorini são atacados em seu carro. Silvia Della Monica nota padrões nos arquivos antigos, ligando tudo à Beretta de Stefano Mele. Flashbacks mostram o casamento abusivo de Barbara, abusada por Salvatore Vinci, e o tiroteio passional de 1968.
No segundo, interrogatórios revelam contradições. Stefano confessa inicialmente, mas acusa Francesco Vinci por ciúmes. Francesco é preso com a pistola incriminadora, mas um novo assassinato ocorre durante sua detenção, provando inocência parcial. Giovanni Mele, irmão de Stefano, é flagrado simulando cenas de crime por uma vizinha, Iolanda Libbra, levando a buscas que encontram itens suspeitos.
O terceiro aprofunda Salvatore Vinci: suspeito de envenenar a primeira esposa, ele é ligado aos abusos contra Barbara. Uma carta anônima com carne humana chega à polícia, intensificando o pavor. Piero Mucciarini surge como cúmplice potencial, mas libertações sucessivas destacam as falhas forenses.
O quarto episódio culmina no julgamento de 1988. Salvatore é preso como o “Monstro”, mas testemunhas como Stefano “esquecem” depoimentos chave. A mídia transforma o processo em circo, com multidões clamando justiça. Absolvido por falta de provas, Salvatore desaparece, e os crimes param abruptamente.
Final Explicado: Spoilers Completos e a Identidade do Assassino
Aqui vai o final explicado com todos os spoilers: a série não oferece closure definitivo, espelhando o caso real inconcluso. Salvatore Vinci é preso em 1988 como principal suspeito, baseado em coincidências como sua posse de armas similares e o fim dos ataques após sua absolvição e fuga. Stefano Mele, crucial para a acusação, muda versões mais uma vez, alegando lapsos de memória para proteger laços familiares – possivelmente românticos – com Salvatore. O julgamento colapsa sem evidências concretas, e Vinci some do mapa, coincidindo com o silêncio do assassino desde 1985.
Um jovem policial, em cena final, revisa arquivos e questiona: “E se procurássemos no lugar errado?”. Isso sugere que o “Monstro” pode ser um grupo, não um indivíduo: teorias reais apontam para um círculo de médicos ou ocultistas contratando executores. Na ficção, flashbacks reforçam que homens como Stefano, Giovanni e Francesco representam uma rede de violência misógina, onde o ódio às mulheres une cúmplices.
Pietro Pacciani, suspeito real posterior, é mencionado brevemente como distração midiática – condenado por sete duplos homicídios em 1994, mas absolvido na apelação, morrendo antes de novo julgamento. A série foca nos Vinci e Mele para ilustrar impunidade inicial. O desfecho termina com Silvia Della Monica refletindo sobre o machismo enraizado na Itália, vendo nas mutilações um símbolo de desprezo feminino. Nenhuma prisão fecha o caso; o monstro permanece solto, ou talvez nunca tenha sido um só.
Para buscas como “quem é o assassino em O Monstro de Florença”, a resposta é ambígua: Salvatore é o mais provável, mas o roteiro intencionalmente deixa dúvidas, ecoando a frustração real.
Análise do Desfecho: Misoginia, Medo e a Falha da Justiça
O final inconclusivo não frustra; ele provoca reflexão. Ao recusar um vilão isolado, Sollima e Fasoli transformam o serial killer em metáfora para o patriarcado tóxico. Os crimes, com foco em casais íntimos e mutilações genitais, expõem como o sexo e a autonomia feminina eram ameaças na Itália dos anos 1970-80. Personagens como Barbara Locci humanizam as vítimas, mostrando como abusos domésticos precedem o terror público.
A série critica instituições: polícia contaminada por preconceitos, mídia sensacionalista criando histeria e julgamentos midiáticos que priorizam espetáculo sobre verdade. O desaparecimento de Salvatore após 1988 alimenta teorias conspiratórias – grupo oculto? Alta sociedade? –, mas o cerne é o silêncio coletivo. Como na vida real, onde o caso gerou livros e debates, O Monstro de Florença usa ambiguidade para imortalizar o medo.
Visualmente, espelhos e sombras simbolizam o mal distorcido em todos. A trilha sonora minimalista amplifica a tensão, enquanto arquivos reais intercalados adicionam autenticidade. Essa narrativa reflete true crimes modernos como The Staircase, priorizando complexidade humana sobre respostas fáceis.
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