Lançado em 2023, o suspense de terror O Jogo da Invocação, dirigido por Ari Costa e Eren Celeboğlu, explora o folclore sombrio de Salem, Massachusetts. Com roteiro dos próprios diretores, o filme conta com Asa Butterfield, Natalia Dyer e Benjamin Evan Ainsworth no elenco principal. Disponível no HBO Max ou para aluguel na Apple TV, Google Play Filmes e TV, Amazon Prime Video e YouTube, O Jogo da Invocação (título original All Fun and Games) mistura possessão demoníaca com jogos infantis mortais. Aqui, destrincho o enredo, revelo o desfecho e analiso quem sobrevive, sem spoilers desnecessários antes do momento certo.
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O Cenário de Terror em Salem
Salem não é apenas um nome histórico; é um poço de maldições que O Jogo da Invocação usa como pano de fundo perfeito. A trama gira em torno dos irmãos Fletcher: Marcus (Asa Butterfield), o irmão mais velho reservado; Billie (Natalia Dyer), a extrovertida do meio; e Jo (Benjamin Evan Ainsworth), o caçula curioso. Criados pela mãe após o pai abandoná-los, eles vivem com o tio Bob (Erik Athavale), um desempregado que divide o teto familiar.
A rotina pacata muda quando Jo, pedalando pelos bosques com Marcus, ouve sussurros chamando seu nome. Atraído por uma cabana abandonada, ele descobre uma faca enferrujada e um diário antigo. Marcus sente o perigo imediato e insiste em deixar o objeto para trás, mas Jo o leva para casa, ignorando o instinto protetor do irmão.
Essa descoberta inicial estabelece o tom de inocência corrompida. A faca, com inscrições como “Eu vou brincar, eu não vou parar”, não é um artefato comum. Ela carrega uma maldição ligada às caças às bruxas de 1692, transformando brincadeiras infantis em armadilhas letais. O filme equilibra o cotidiano adolescente – festas, amizades e tensões familiares – com o horror crescente, criando uma tensão que ecoa clássicos como It: A Coisa. Disponível no HBO Max, é ideal para maratonas noturnas, mas prepare-se para questionar o que uma simples brincadeira pode desencadear.
A Maldição Despertada: Como Tudo Começa
A maldição opera de forma sutil e aterrorizante. Ao limpar a faca em seu quarto, Jo vislumbra cenas de violência passada: corpos sem vida e jogos sangrentos. Ele lê as palavras gravadas em voz alta, sem completar a frase final, mas isso basta para atrair uma entidade demoníaca. A voz sussurrante o domina aos poucos, transformando o menino em um manipulador cruel. Jo pressiona a família e amigos – incluindo Billie, seu namorado Pete (Kolton Stewart) e a amiga Sophie (Laurel Marsden) – a participarem de um “jogo”.
Quando eles recusam e saem para uma festa, Jo força Marcus a recitar o resto da inscrição: “Diga-me, demônio, eu sou o ‘ele’?”. Nesse instante, o demônio possui Marcus, libertando Jo, mas iniciando uma caçada implacável. O demônio, agora no corpo de Marcus, adora jogos como enforcado e esconde-esconde, mas com regras mortais. Seu primeiro alvo é o tio Bob, a quem enforca após riddles impossíveis de resolver. Marcus, com um ‘X’ entalhado na testa e sangue escorrendo, invade a festa de Billie, obrigando todos a jogarem.
Celulares são queimados para isolar as vítimas, e o massacre começa: Pete e outros convidados caem um a um, esfaqueados em meio à diversão distorcida. Jo, arrependido, encontra Billie e Sophie nos bosques e as alerta sobre a possessão. Juntos, eles voltam à cabana para desvendar o diário, peça chave para combater a força sobrenatural. Essa progressão mantém o ritmo, alternando perseguições intensas com pausas reflexivas.
A Origem Histórica: O Diálogo Revelador
O diário, de Joanna Good datado de 1672, é o coração narrativo de O Jogo da Invocação. Ele narra a tragédia de Joanna, uma mulher inocente acusada de bruxaria em Salem. Ostracizada pela comunidade, ela e o filho Daniel sofrem humilhações constantes. Quando o ministro decreta a queima de bruxas, invasores marcam sua testa com um ‘X’.
Fugindo para os bosques, mãe e filho tentam recomeçar, mas crianças da vila encontram Daniel. Elas o enganam para brincar, entalham o ‘X’ em sua testa, o enforcam, arrancam seus dentes em um jogo de enforcado e, por fim, o queimam vivo após um esconde-esconde sádico. Horrorizada, Joanna recorre à feitiçaria. Ela forja a faca com os ossos de Daniel, infundindo-a com um feitiço de vingança eterna. A inscrição ativa o espírito de Daniel, que possui o recitador e força vítimas a reviverem as mesmas torturas que ele sofreu.
O demônio controla o hospedeiro, decidindo os jogos e matando até se autoexterminar, reiniciando o ciclo. Billie, lendo o diário, percebe que a maldição só acaba se Daniel for derrotado em seu próprio jogo – uma inversão poética da história original. Essa backstory enriquece o terror, ligando o passado colonial ao presente, e explica por que Salem permanece amaldiçoada.
O Confronto Final: Jogos Mortais na Casa dos Fletcher
De volta à casa da família, o trio – Jo, Billie e Sophie – arma uma emboscada. Inspirado na morte de Daniel por fogo, Jo propõe “etiqueta com lanterna”, usando a luz para queimar o demônio. Eles enfraquecem Marcus, que solta a faca. Billie a pega e recita a inscrição, oferecendo-se como hospedeira para salvar o irmão. Transportada a um espaço mental, ela resiste à possessão, enfiando o polegar nos olhos da forma infantil de Daniel. Ejetado para o mundo real como um menino espectral, o demônio tenta possuir Sophie, mas Marcus, momentaneamente livre da culpa, intervém.
Jo se voluntaria como novo hospedeiro, mas vira o jogo. Durante um “Red Rover” final – o demônio correndo para “capturar” Jo –, o caçula crava a faca em seu estômago. Daniel se dissolve em uma poça negra, aparentemente destruído. Sophie, queimada pela lanterna, sobrevive com ferimentos graves, enquanto Marcus acorda atormentado pelas mortes que cometeu. O amanhecer traz alívio temporário, mas o peso emocional persiste. Essa sequência culminante, com efeitos viscerais e tensão palpável, eleva o filme além do slasher genérico, focando na resiliência familiar.
Final Explicado: Quem Sobrevive e o Ciclo Eterno
No desfecho de O Jogo da Invocação, Jo, Billie e Sophie emergem como sobreviventes principais, mas a vitória é agridoce. Marcus, consumido pela culpa por matar o tio Bob, Pete e os convidados da festa, se entrega à polícia na manhã seguinte. Incapaz de explicar a possessão sem soar insano, ele aceita as consequências, deixando os irmãos mais novos lidarem com o trauma. Sophie, apesar das queimaduras severas, representa a amizade testada pelo horror, unindo-se aos Fletcher em uma aliança improvável.
A explicação chave reside no retorno à cabana: a faca reaparece na fornalha, intacta e sussurrante. Isso sinaliza que Daniel não foi aniquilado de vez. Como espírito vingativo forjado pela mãe, ele renasce a cada ciclo, aguardando nova vítima para reiniciar os jogos. O filme sugere que a maldição de Salem – enraizada em injustiças históricas como as caças às bruxas – é cíclica e inescapável. Os sobreviventes quebram o padrão imediato, mas o legado persiste, ecoando como traumas intergeracionais.
Disponível no HBO Max, assista e reflita: o que você faria ao ouvir sussurros em uma cabana? Compartilhe sua visão nos comentários.
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