Perseguindo Abbott (2015), dirigido por James McTeigue, é um thriller de ação que coloca uma diplomata americana contra um terrorista implacável em Londres. Com Milla Jovovich no papel principal, Pierce Brosnan como vilão e Dylan McDermott como chefe, o filme promete perseguições intensas e reviravoltas. Disponível no Prime Video, ele dura 96 minutos e mistura suspense com toques de drama político. Mas, em um gênero lotado de clichês, será que se destaca? Nesta crítica, avalio a trama, atuações e produção para ajudar você a decidir se vale o tempo.
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Premissa tensa, mas previsível
Kate Abbott (Milla Jovovich) é uma agente consular dos EUA em Londres. Na véspera de Natal, ela aprova vistos para imigrantes que, sem saber, são terroristas. Isso a transforma em alvo de Nash (Pierce Brosnan), um assassino profissional contratado para eliminar testemunhas. Presa em uma teia de perseguições pelas ruas nevadas da cidade, Kate luta para sobreviver e alertar as autoridades.
A ideia central é sólida: uma mulher comum vira heroína improvável contra uma ameaça global. O roteiro de Philip Shelby evoca o pós-11 de Setembro, com referências a atentados reais que adicionam urgência. No entanto, a narrativa segue fórmulas batidas. As reviravoltas são telegráficas, e o ritmo oscila entre cenas de ação frenéticas e diálogos expositivos. Críticos como os do Roger Ebert notaram que o filme perde fôlego no meio, priorizando espetáculo sobre lógica.
Elenco carismático em papéis limitados
Milla Jovovich prova mais uma vez sua versatilidade como Kate. Conhecida por Resident Evil, ela traz determinação física e emocional à personagem, correndo, lutando e improvisando com convicção. Sua química com Dylan McDermott, como o embaixador Sam Parker, adiciona tensão pessoal, especialmente em cenas de lealdade questionada.
Pierce Brosnan rouba a cena como Nash, o vilão frio e calculista. Longe do charme de James Bond, ele incorpora um assassino meticuloso, com olhares gélidos que gelam a espinha. Ainda assim, o roteiro desperdiça o talento do elenco. Personagens secundários, como o agente Bill Talbot (Robert Forster), servem apenas como bucha de canhão. A falta de desenvolvimento faz com que as motivações pareçam superficiais, como apontado pela Variety.
Direção eficiente, mas sem inovação
James McTeigue, de V de Vingança, sabe criar sequências de ação impactantes. As perseguições noturnas em Londres, com neve e luzes festivas, criam um contraste visual marcante. A câmera dinâmica captura a claustrofobia das ruas estreitas, e a edição mantém o pulso acelerado em tiroteios e explosões.
Porém, a direção peca pela superficialidade. O filme ignora nuances políticas, transformando o terrorismo em pano de fundo genérico. Referências ao 11 de Setembro soam insensíveis, como criticou o The Hollywood Reporter. A trilha sonora genérica reforça a sensação de déjà vu, e o orçamento médio limita efeitos especiais a explosões previsíveis.
Pontos fortes e fraquezas evidentes
Os acertos incluem as cenas de ação bem coreografadas e o carisma de Brosnan como antagonista. Jovovich convence como sobrevivente resiliente, e a ambientação londrina natalina adiciona atmosfera única. O filme toca em temas de vigilância e imigração, ainda relevantes em 2025.
As fraquezas dominam: enredo implausível, com Kate escapando de armadilhas impossíveis sem treinamento. O pacing irregular arrasta o segundo ato, e diálogos como “Eu não vou morrer hoje” soam datados. Como notou o Common Sense Media, parece uma produção apressada, sem alma.
Vale a pena assistir?
- Nota geral: 2.5/5. É assistível, mas não essencial – um alívio passageiro, não uma caçada memorável.
Perseguindo Abbott diverte em sessões casuais, especialmente para fãs de ação anos 2010. Com 96 minutos, é rápido e inofensivo, ideal para uma noite no Prime Video. As performances de Jovovich e Brosnan salvam o dia, mas o resto é mediano. Se você curte thrillers femininos como Anna, pode achar graça nas perseguições. Para algo mais profundo, opte por Zero Dark Thirty.
Perseguindo Abbott tenta reviver o thriller de perseguição com estrelas carismáticas, mas cai em armadilhas do gênero. McTeigue entrega ação competente, e o elenco eleva o material raso. Ainda assim, clichês e insensibilidade diluem o impacto. No Prime Video, serve como filler entre blockbusters. Se busca adrenalina rápida, ligue. Para suspense de qualidade, procure além.
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