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Crítica de Ender’s Game: O Jogo do Exterminador | Vale a pena assistir ao filme?

Ender’s Game: O Jogo do Exterminador (2013), dirigido por Gavin Hood, adapta o clássico de ficção científica de Orson Scott Card. Com Harrison Ford, Asa Butterfield e Hailee Steinfeld, o filme mergulha em um futuro distópico onde jovens são treinados para combater uma ameaça alienígena. Apesar de uma premissa intrigante e visuais impressionantes, a adaptação enfrenta desafios narrativos. Vale a pena assistir? Nesta crítica, exploramos a trama, o elenco e a execução para ajudar você a decidir.

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Uma premissa cativante, mas apressada

Em um futuro onde a Terra sobreviveu a uma invasão alienígena, Ender Wiggin (Asa Butterfield), um jovem estrategista, é recrutado para liderar a defesa contra os Formics. Treinado pelo Coronel Graff (Harrison Ford) na Academia de Batalha, Ender enfrenta simulações intensas e dilemas éticos. A história explora temas de liderança, moralidade e sacrifício, mas a adaptação condensa o livro, sacrificando desenvolvimento emocional.

A narrativa é envolvente, com batalhas espaciais emocionantes, mas o ritmo acelerado, conforme críticas no Rotten Tomatoes, deixa pouco espaço para conexões profundas. O final, com uma reviravolta moral, é impactante, mas sente-se apressado, diluindo seu peso emocional.

Elenco talentoso, mas subutilizado

Asa Butterfield entrega uma atuação sólida como Ender, capturando sua inteligência e vulnerabilidade. Harrison Ford, como Graff, traz autoridade, mas seu papel é limitado por diálogos expositivos. Hailee Steinfeld, como Petra, oferece uma presença forte, mas sua personagem carece de profundidade, um ponto criticado pelo IMDb. Viola Davis, como Major Anderson, adiciona gravidade, mas aparece pouco.

A química entre os jovens atores, especialmente nas cenas de treinamento, é convincente, mas o foco nas simulações deixa as relações secundárias, como a de Ender com sua irmã Valentine (Abigail Breslin), subdesenvolvidas. O elenco brilha, mas o roteiro não explora todo seu potencial.

Direção visualmente impressionante

Gavin Hood, conhecido por X-Men Origens: Wolverine, cria um universo visualmente rico. As sequências na Academia de Batalha, com jogos em gravidade zero, são o destaque, elogiadas pela Variety por sua coreografia. A fotografia de Donald McAlpine e os efeitos especiais, indicados ao Saturn Awards, dão vida ao futurismo do livro.

No entanto, a direção falha em equilibrar ação e emoção. Cenas de combate são empolgantes, mas os momentos introspectivos são apressados, como notado pelo The Guardian. A trilha sonora de Steve Jablonsky reforça a tensão, mas não compensa a falta de pausa para reflexão.

Pontos fortes e limitações

Os pontos altos incluem os visuais deslumbrantes e a atuação de Butterfield. As sequências de treinamento são envolventes, e a premissa levanta questões éticas relevantes. No entanto, o ritmo acelerado e a falta de profundidade emocional, conforme críticas no Metacritic, prejudicam a narrativa. O filme tenta abarcar muito, mas deixa subtramas, como a relação de Ender com seu irmão Peter, mal resolvidas.

A duração de 1h54min é insuficiente para capturar a riqueza do livro, e o final, embora impactante, carece de desenvolvimento, parecendo abrupto. Para espectadores casuais, a ação compensa, mas fãs do livro podem se decepcionar.

Vale a pena assistir a Ender’s Game: O Jogo do Exterminador?

Ender’s Game: O Jogo do Exterminador é um sci-fi visualmente cativante, com batalhas empolgantes e uma premissa instigante. Disponível na Amazon Prime Video e para aluguel na Apple TV e Google Play, é uma boa escolha para fãs de ação e ficção científica. A atuação de Asa Butterfield e os efeitos especiais são pontos fortes, mas o ritmo apressado e a falta de profundidade emocional limitam seu impacto.

Se você gosta de Jogos Vorazes ou Starship Troopers, o filme pode entreter, especialmente pelas sequências de treinamento. No entanto, para quem busca a complexidade do livro ou narrativas mais introspectivas, como Arrival, pode ser decepcionante. É uma sessão divertida, mas não memorável.

Ender’s Game: O Jogo do Exterminador oferece uma adaptação visualmente impressionante, mas não captura a profundidade do romance de Orson Scott Card. Com atuações sólidas de Asa Butterfield e Harrison Ford, e sequências de ação bem executadas, o filme agrada fãs de sci-fi leve. Contudo, o ritmo acelerado e a falta de desenvolvimento emocional o impedem de ser um clássico.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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