Sorria 2 (2024), disponível na Netflix, é a aguardada sequência do sucesso de terror psicológico de 2022, dirigido por Parker Finn. Estrelado por Naomi Scott como a popstar Skye Riley, o filme eleva o horror do original com uma narrativa visceral sobre trauma, fama e um demônio sorridente. Com 85% no Rotten Tomatoes, a sequência impressiona pela atuação de Scott e pela escala ampliada, mas seu final chocante deixa os espectadores com perguntas. Este artigo explica o desfecho, e esclarece o destino de Skye.
Nota de conteúdo sensível: Este texto contém descrições de cenas e temas relacionados ao suicídio, que podem ser perturbadores ou sensíveis. Recomendamos cautela na leitura, especialmente para pessoas que enfrentam questões emocionais ou psicológicas. Se você estiver passando por um momento difícil, procure apoio. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento gratuito e sigiloso, 24 horas por dia, pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.
Resumo da trama de Sorria 2
Sorria 2 começa seis dias após o final do primeiro filme, onde Rose Cotter (Sosie Bacon) se suicida, passando a maldição do Sorriso para seu ex-namorado, o policial Joel (Kyle Gallner). A entidade, um parasita sobrenatural, infecta quem presencia o suicídio de sua vítima, levando-a à loucura em sete dias. Joel tenta transferir a maldição matando um traficante diante de seu irmão, mas o plano falha. Ele acidentalmente mata o testemunha e é atropelado, passando a maldição para Lewis (Lukas Gage), um traficante.
Skye Riley, uma popstar em recuperação após um acidente de carro que matou seu namorado, Paul Hudson (Ray Nicholson), busca Vicodin com Lewis. Durante a visita, Lewis, possuído pela entidade, sorri sinistramente e se mata com uma placa de peso. Skye herda a maldição e começa a ter alucinações de pessoas sorrindo. Sob pressão de sua mãe e empresária, Elizabeth (Rosemarie DeWitt), e do assistente Joshua (Miles Gutierrez-Riley), ela tenta manter a sanidade enquanto se prepara para uma turnê mundial. A trama, filmada em Nova York, explora a culpa de Skye pelo acidente e sua luta contra o vício.
O clímax: A tentativa de quebrar a maldição
Skye descobre que a entidade a manipula através de alucinações, confundindo realidade e ilusão. Um enfermeiro, Morris (Peter Jacobson), cujo irmão foi vítima da maldição, a contata anonimamente. Ele propõe que a entidade, um parasita, morre sem um hospedeiro. Sua ideia é parar o coração de Skye por alguns minutos e reanimá-la, matando o demônio. Skye recusa, temendo a morte. Após um colapso em um evento beneficente, onde alucina Paul sorrindo, ela é internada por exaustão.
Na clínica, Skye enfrenta mais visões, incluindo uma em que acredita ter matado sua mãe com um caco de vidro. Desesperada, ela foge com a ajuda de sua ex-amiga Gemma (Dylan Gelula), que depois se revela uma alucinação. Skye descobre que causou o acidente que matou Paul ao tomar o volante durante uma discussão sob efeito de drogas. Ela decide tentar o plano de Morris, encontrando-o em uma pizzaria abandonada. Lá, ele a coloca em um freezer para parar seu coração, mas a entidade, agora na forma de uma versão ensanguentada de Skye, a ataca, revelando que tudo é uma ilusão.
O desfecho: Skye vence a entidade?
Não, Skye não vence. O filme corta abruptamente do freezer para o palco da estreia de sua turnê, no Madison Square Garden. Skye, vestindo o figurino que rejeitara por exibir sua cicatriz abdominal, enfrenta uma versão sorridente de si mesma. A entidade, em sua forma monstruosa, rasga a cicatriz de Skye e entra em seu corpo. Possuída, Skye sorri sinistramente, apunhala o próprio olho com um microfone e morre diante de milhares de fãs, que gravam o momento com seus celulares. A maldição, antes limitada a uma pessoa, agora infecta todos os presentes, sugerindo uma epidemia global. Elizabeth, viva, está na plateia, confirmando que a morte dela foi uma alucinação.
O final, descrito por Finn como um “microfone drop literal”, ecoa o desfecho do primeiro filme, mas em escala maior. Enquanto Rose morreu isolada, Skye passa a maldição para milhares, incluindo quem assistiu ao streaming. A entidade, que se alimenta de trauma, usa a culpa de Skye e a pressão da fama para destruí-la, reforçando a metáfora de que traumas não enfrentados consomem suas vítimas.
O que é real no final?
O final levanta dúvidas sobre o que aconteceu de fato. A alucinação provavelmente começa após o ataque das dançarinas na casa de Skye, quando a entidade assume controle total. Eventos como a internação, a morte de Elizabeth e a fuga com Gemma são ilusões, já que Elizabeth aparece viva no show. O primeiro encontro com Morris parece real, mas o segundo, na pizzaria, é questionável, pois a entidade diz a Skye que “Morris não pode mais ajudá-la”. A escolha do figurino que Skye odiava sugere que a entidade a manipulou por dias, levando-a ao palco para maximizar a transmissão da maldição.
O significado do final
Sorria 2 usa a entidade como metáfora para o trauma, o vício e as pressões da fama. Skye, inspirada em Lady Gaga e Britney Spears, representa celebridades que lutam para manter uma fachada pública enquanto enfrentam demônios internos. A alucinação da morte de Elizabeth reflete a culpa de Skye por sua relação distante com a mãe. O final, com Skye morrendo publicamente, critica a cultura de celebridades e a cumplicidade do público, como Finn destacou: “Será que nós, ao voltar para Sorria 2, fizemos isso com Skye?”
A escala do final, com a maldição se espalhando para milhares, transforma a narrativa íntima do primeiro filme em um potencial apocalipse psicológico. A entidade, que não pode ser derrotada por isolamento (como Rose tentou) ou intervenção médica (como Morris sugeriu), parece invencível, reforçando a ideia de que o trauma é uma força avassaladora sem apoio adequado.
Se Sorria 2 te deixou sem fôlego com seu final brutal, compartilhe suas teorias nos comentários! Assista na Netflix e mergulhe nesse pesadelo psicológico que redefine o terror moderno.