O filme O Royal Hotel, dirigido por Kitty Green e coescrito com Oscar Redding, é um thriller psicológico australiano de 2023 que explora temas de misoginia e sobrevivência. Estrelado por Julia Garner como Hanna e Jessica Henwick como Liv, o longa segue duas mochileiras em uma jornada perigosa no interior da Austrália. Com um elenco que inclui Hugo Weaving como Billy, o filme recebeu elogios por sua tensão crescente e crítica social. Lançado em festivais como o de Toronto, O Royal Hotel tem nota de 88% no Rotten Tomatoes e continua a gerar discussões sobre seu final impactante. Se você busca entender o desfecho, este artigo explica tudo, com spoilers.
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Resumo da Trama de O Royal Hotel
Hanna e Liv, duas amigas americanas, viajam pela Austrália. Após gastarem todo o dinheiro em uma festa em um cruzeiro, elas aceitam um emprego temporário como bartenders em um pub isolado em uma cidade mineradora. O local, chamado O Royal Hotel, é gerenciado por Billy (Hugo Weaving), um dono alcoólatra que rotaciona funcionárias com frequência.
Ao chegarem, as amigas descobrem um ambiente hostil. Clientes, em sua maioria mineiros, praticam assédio sexual diário. Billy recusa pagar salários, forçando-as a ficar. Hanna resiste ao machismo, enquanto Liv tenta se adaptar, aceitando bebidas e piadas. Personagens como Dolly (Toby Wallace) e Matty (Ursula Yovich como Carol, a cozinheira) adicionam camadas à tensão.
O filme, inspirado no documentário Hotel Coolgardie (2016), destaca a vulnerabilidade feminina em espaços dominados por homens. Green usa close-ups e silêncios para construir suspense, sem recorrer a violência gráfica excessiva.
O Clímax: Confrontos e Revelações
A tensão escala quando Dolly, inicialmente amigável, revela intenções maliciosas. Ele tenta assediar Liv, que está bêbada. Hanna intervém, usando um machado para furar os pneus do carro de Dolly. Isso marca o ponto de virada, onde as amigas percebem o perigo real.
Uma ligação perturbadora de Jules, ex-funcionária, sugere tráfico humano. Jules grita “Sai de cima!” e sons de abuso ecoam. Dolly, que levou Jules e Cassie embora, parece envolvido em algo sombrio. Hanna interpreta isso como um aviso: mulheres não saem ilesas.
Billy, ferido em uma briga, vai ao hospital. Carol incentiva Hanna e Liv a pegarem o dinheiro devido, incluindo o de Tommy, o entregador. Elas finalmente têm meios para partir, mas optam por um ato radical.
Por Que Hanna e Liv Queimam o Bar?
No final de O Royal Hotel, Hanna e Liv destroem o pub com fogo. Hanna, frustrada, quebra objetos. Liv junta-se, e elas usam um isqueiro para incendiar o local. Caminham para longe enquanto chamas consomem o prédio.
Esse ato não é vingança impulsiva. Elas visam proteger futuras mulheres. Billy substitui bartenders como Cassie e Jules, perpetuando o ciclo de assédio. A ligação de Jules reforça que escapar não basta; o sistema tóxico persiste.
Hanna, com um olho machucado de confrontos, simboliza o custo físico. O isqueiro, jogado no chão sujo com uma cobra morta, representa eliminação de ameaças. Destruir o bar erradica a toxicidade masculina enraizada ali.
Críticos notam divisões: alguns veem como empoderador, outros exagerado. Green, em entrevistas, menciona reações mistas, especialmente de homens, questionando o final “divisivo”.
O Que Acontece com Jules Após Sair do Bar?
Jules e Cassie, predecessoras de Hanna e Liv, saem com Dolly para “Wadup”. Inicialmente inofensivo, torna-se sinistro. A ligação de Jules para Hanna revela angústia: ela pede por Kev ou Dolly, grita e faz ruídos de dor, com gemidos sexuais ao fundo.
Isso implica tráfico ou abuso. Dolly vê mulheres como propriedade, tentando sequestrar Liv duas vezes. Jules provavelmente sofre exploração, vendida ou mantida contra vontade. O filme não mostra seu destino, mas usa isso para enfatizar perigos reais.
Inspirado em eventos reais de Hotel Coolgardie, onde bartenders finlandesas enfrentam assédio, o enredo amplifica críticas sociais.
As Ameaças de Dolly a Hanna Explicadas
Dolly mira Hanna após ela bloquear seus avanços em Liv. Ele coloca uma cobra no quarto delas, mata-a e se posa como herói. Depois, põe a cobra morta em um jarro no bar, rotulado “Hanna”. Isso avisa: interfira novamente, e morre como a cobra.
Dolly começa charmoso, mas revela machismo extremo. Seus atos escalam de flertes a tentativas de sequestro. Hanna, defensiva, contrasta com Liv, que apazigua. Essa diferença destaca respostas variadas ao assédio: resistência vs. adaptação.
O filme critica como mesmo “bons” clientes revelam malícia. Dolly personifica a ameaça latente em ambientes misóginos.
Por Que Billy Não Paga Hanna, Liv e Tommy?
Billy retém salários, prendendo as funcionárias. Ele ignora Carol, que pressiona por pagamentos. Tommy, entregador, também sofre.
Após Billy se machucar, Carol permite que peguem o dinheiro. Hanna e Liv presumivelmente o fazem antes de queimar o bar. Isso simboliza justiça tardia, mas insuficiente; o sistema precisa ser destruído.
Diferenças nas Respostas de Hanna e Liv ao Assédio
Hanna rebate piadas sexistas, protegendo-se e a Liv. Liv ri, aceita drinks, minimizando o risco. Isso frustra Hanna, forçando-a a vigiar a amiga.
Essa dinâmica reflete realidades: vítimas respondem diferentemente à misoginia. Liv ecoa as mulheres de Hotel Coolgardie, que se adaptam. Hanna resiste, destacando que nenhuma abordagem previne o dano. Ambas são vítimas, independentemente da reação.
O Significado Real do Final de O Royal Hotel
O incêndio simboliza empoderamento: vítimas destroem opressores. Baseado em fatos reais, o filme critica misoginia na Austrália rural, mas aplica globalmente. Não há lugar para assédio; deve ser “queimado”.
Comparável a Promising Young Woman ou Kill Bill, foca em retaliação feminina. Em 2025, com movimentos #MeToo evoluindo, O Royal Hotel lembra a necessidade de mudança sistêmica. Green usa o outback como metáfora de isolamento, amplificando vulnerabilidade. O final, embora controverso, reforça: passividade perpetua o ciclo; ação radical o quebra.
Se você assistiu O Royal Hotel no streaming, compartilhe sua interpretação nos comentários. Este thriller de Kitty Green merece debate contínuo.
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