Como Termina o Filme Nós? Final Explicado: A Família Sobrevive?

Lançado em 21 de março de 2019, Nós (Us) é um marco do terror psicológico dirigido e roteirizado por Jordan Peele. Com 1h56min de duração, o filme mistura suspense e horror em uma narrativa que vai além do susto superficial. Lupita Nyong’o brilha no papel duplo de Adelaide e Red, ao lado de Winston Duke como Gabe e Elisabeth Moss como Josh. Disponível na Amazon Prime Video e na Paramount+, ou para alugar na Apple TV, Google Play Filmes e TV, e no YouTube, Nós continua relevante em 2025 por sua crítica afiada à sociedade americana. Como uma jornada de doppelgangers e segredos enterrados, o enredo culmina em um twist que redefine heróis e vilões. Neste artigo, dissecamos o final: o que acontece, as reviravoltas e os significados profundos. Spoilers inevitáveis – prossiga com cautela.

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Resumo da Trama de Nós

A história começa em 1986, com a jovem Adelaide Wilson visitando o píer de Santa Cruz com a família. Um incidente traumático na casa de espelhos a deixa muda por meses, marcando sua infância. Anos depois, em 2019, Adelaide retorna ao mesmo local com o marido Gabe, a filha adolescente Zora e o filho Jason, um garoto observador e fã de mágica. A viagem familiar vira pesadelo quando, à noite, quatro figuras vestidas de vermelho e luvas amarelas – cópias exatas da família – invadem a casa. Esses “Tethered” (Atrelados), liderados por Red, falam pouco e agem com fúria coordenada.

Os doppelgangers sequestram Zora e Jason, forçando Adelaide e Gabe a uma fuga desesperada. Eles descobrem que os Tethered vivem em túneis subterrâneos, conectados a seus contrapartes da superfície por experimentos governamentais dos anos 1960. Esses clones, criados para fins obscuros como controle populacional, foram abandonados à fome e à loucura. Red, com voz rouca e movimentos contorcidos, planeja uma rebelião nacional: uma invasão simultânea para trocar de lugar com os “originais”.

A família Wilson une forças com os vizinhos Josh e Kitty para sobreviver, mas pistas sutis – como o desconforto de Adelaide com o subsolo – sugerem camadas ocultas. O filme usa símbolos como tesouras (duas metades unidas) e coelhos (inocentes, mas vorazes) para construir tensão, enquanto referências a “Hands Across America” e Jeremias 11:11 evocam conspirações bíblicas e sociais.

O Confronto Final: A Luta pela Identidade

O clímax explode no píer de Santa Cruz, onde as famílias se reencontram em uma batalha caótica. Gabe enfrenta seu sósia Abe em uma luta brutal no carro, usando um taco de golfe para se defender. Zora escapa de sua doppelganger Umbrae pulando de um penhasco para o mar, simbolizando um mergulho no desconhecido. Jason, o mais vulnerável, usa truques de mágica com flares para cegar seu clone Pluto, que parece possuído por impulsos selvagens. Enquanto isso, Adelaide persegue Red de volta aos túneis, em uma cena que ecoa Alice no País das Maravilhas – Red desce escadas como o Coelho Branco, invertendo o conto infantil em pesadelo.

No subsolo, Adelaide confronta Red em um duelo visceral. Red, enfraquecida pela gravidez e pelo trauma, explica sua origem: os Tethered foram criados para espelhar os ricos, mas descartados como falhas. “Nós somos você”, ela sussurra, destacando a conexão inescapável. Adelaide estrangula Red, roubando seu colar de coelho e emergindo vitoriosa. A família se reúne, mas Jason nota algo estranho no riso maníaco da mãe – um som gutural, idêntico ao de Red. O sol nasce sobre uma América em colapso, com os Tethered subindo à superfície em massa.

A Revelação Chocante: Quem é a Verdadeira Adelaide?

Aqui reside o twist mestre de Peele: a Adelaide que conhecemos é, na verdade, Red. Na casa de espelhos de 1986, a menina original (Red) encontrou sua clone (Adelaide), que a atacou, arrastou para os túneis e assumiu sua vida na superfície. A verdadeira Adelaide – agora Red – foi silenciada e forçada a uma existência subterrânea, imitando os movimentos da impostora por laços misteriosos. Isso explica o mutismo inicial da clone, sua aversão ao subsolo e frases como “Eu sei como matá-la”, ditas para Zora.

Pistas retroativas abundam: o colar de coelho que Adelaide usa é o mesmo que Red agarra no final; seu sotaque sul-africano de Nyong’o se adapta perfeitamente ao papel duplo. No confronto final, a “Adelaide” ri e grita de triunfo ao matar Red, revelando sua natureza predatória desde a infância. Jason, escondido, vê tudo e puxa sua máscara de lobo para baixo – um gesto de defesa, sugerindo que ele percebe a impostora em casa. Essa inversão transforma o filme: o que parecia uma invasão externa é, na verdade, uma ascensão dos oprimidos, com a “heroína” como a maior ameaça.

Temas e Interpretações: O Monstro Somos Nós

Peele constrói Nós como alegoria social afiada. Os Tethered representam os marginalizados – minorias, pobres, imigrantes – presos em ciclos de pobreza enquanto os privilegiados ignoram seu sofrimento. “Para que uns tenham, outros devem ceder”, diz o diretor, criticando o capitalismo e o racismo sistêmico nos EUA. Os clones respondem “Somos americanos” quando questionados, ecoando a exclusão de afro-americanos apesar da cidadania compartilhada. Os macacões vermelhos remetem a uniformes prisionais, e os túneis a prisões subterrâneas, aludindo ao encarceramento em massa.

Dualidade permeia tudo: tesouras cortam laços, mas unem lâminas; coelhos simbolizam multiplicação exponencial do mal. Jeremias 11:11, tatuado em Pluto, profetiza julgamento divino pela ganância humana. O final, com a corrente humana dos Tethered recriando “Hands Across America” – campanha real de 1986 contra a fome –, vira ironia: um gesto de união se torna marcha zumbi de vingança. Peele afirma: “O monstro tem nosso rosto. Talvez o mal sejamos nós mesmos.” Interpretações variam: para alguns, é sobre trauma reprimido; para outros, medo do “outro” em tempos de polarização. Jason’s frase inicial – “Ao apontar um dedo, três apontam para você” – resume a ambiguidade moral, onde vítima e algoz se confundem.

A Cena Pós-Créditos e o Legado de Nós

Não há cena pós-créditos tradicional, mas o epílogo visual é impactante. Enquanto Adelaide dirige para longe com Jason, TV mostra a nação paralisada pela marcha dos Tethered. Cidades vazias, caos controlado: os clones assumiram, forçando os originais a imitar sua miséria. Isso questiona: quem é o prisioneiro agora? O colar roubado, apertado no pescoço de Jason, sugere herança tóxica – ele carregará o segredo da mãe.

Se o final de Nós o deixou confuso ou fascinado, qual twist mais impactou? Comente abaixo. Assista na Amazon Prime Video ou Paramount+ e revisite esse espelho quebrado da América.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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