Despedida em Grande Estilo, Final Explicado: O que acontece com eles?

Despedida em Grande Estilo (2017), dirigido por Zach Braff e roteirizado por Theodore Melfi, é um remake brilhante do filme de 1979. Com astros como Morgan Freeman, Michael Caine e Alan Arkin, essa comédia policial de 1h36min explora temas de amizade, injustiça financeira e redenção na terceira idade. Lançado em 7 de abril de 2017 nos EUA, o filme arrecadou US$ 84 milhões com um orçamento de US$ 25 milhões e recebeu críticas mistas, mas conquistou o coração do público por sua leveza e profundidade emocional. Neste artigo, dissecamos o final explicado, revelando reviravoltas, sobreviventes e o impacto duradouro da história.

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Contexto da Trama: Três Amigos Contra o Sistema

A narrativa se desenrola em Brooklyn, onde Joe (Michael Caine), Willie (Alan Arkin) e Albert (Morgan Freeman) formam um trio inseparável de aposentados. Eles compartilham risadas em um armazém local e enfrentam a rotina da velhice com humor afiado. Tudo muda durante uma visita ao banco, onde Joe presencia um assalto audacioso executado por três mascarados. O líder exibe uma tatuagem de guerreiro mongol no pescoço, pista sutil que intriga a polícia. Os ladrões fogem com mais de US$ 1,6 milhão, deixando Joe impressionado pela ousadia deles.

A crise financeira acelera o enredo. A empresa onde os três trabalharam é comprada, e suas pensões evaporam em uma reestruturação corporativa impiedosa. Joe enfrenta a ameaça de despejo: sua filha Rachel e neta Brooklyn podem ficar sem teto em menos de 30 dias, agravado por aumentos abusivos na hipoteca. Willie descobre uma insuficiência renal terminal, precisando de um transplante caro, o que o separa fisicamente de sua filha e neta. Albert, o mais cético, lida com a perda de estabilidade emocional. Esses golpes transformam a amizade em combustível para uma ideia radical: roubar o banco que os traiu, recuperando o que lhes foi negado.

Inspirados pelo assalto que Joe viu, os amigos debatem o plano com relutância inicial. Albert e Willie hesitam, mas a notícia de que o banco planeja confiscar suas pensões os convence. O que começa como uma fantasia vira realidade prática. Eles recrutam aliados improváveis: o ex-genro de Joe, Peter Murphy, e Jesús (John Ortiz), dono de uma loja de animais e criminoso experiente. Uma tentativa cômica de furto em um supermercado, onde Albert corteja Annie (Ann-Margret), falha spectacularmente, reforçando a necessidade de orientação profissional.

O Planejamento do Roubo: Estratégia e Humor na Terceira Idade

O trio adota codinomes inspirados no Rat Pack – Frank Sinatra, Dean Martin e Sammy Davis Jr. – para disfarces icônicos. Eles usam armas com munição de festim, priorizando a não violência, e planejam o golpe durante o carnaval da loja fraterna, criando álibis sólidos. Jesús, revelado mais tarde como o líder do assalto inicial de Joe, oferece expertise em lavagem de dinheiro e suprimentos. Sua tatuagem de mongol? Uma farsa de henna para despistar o FBI.

A execução mistura tensão e comédia. Willie colapsa brevemente por sua condição de saúde, e uma criança chamada Lucy, testemunha inocente, remove parte de sua máscara para ajudá-lo a respirar. Em vez de pânico, Willie conversa com ela, mostrando um relógio com foto de sua neta, humanizando o momento e conquistando sua simpatia. O roubo rende US$ 2,3 milhões, um triunfo aparente. Mas a euforia dura pouco: o gerente do supermercado reconhece o andar peculiar de Albert em fitas de vigilância, levando à prisão do trio pelo agente do FBI Hamer (Matt Dillon).

Na delegacia, os amigos são alinhados em uma identificação com outros idosos suspeitos. Lucy, grata pela gentileza de Willie, recusa-se a apontá-lo, destruindo o caso. Essa reviravolta destaca o poder da empatia sobre a lei rígida. Enquanto isso, a saúde de Willie piora drasticamente: falência renal total o deixa à beira da morte. Albert, em um ato de lealdade profunda, doa um rim, salvando a vida do amigo e fortalecendo os laços do grupo.

O Final Explicado: Revelações e Justiça Poética

O desfecho de Despedida em Grande Estilo equilibra resolução prática com toques emocionais, evitando clichês hollywoodianos. Parte do dinheiro roubado resolve as crises imediatas: Joe quita a hipoteca, garantindo um lar para Rachel e Brooklyn; ele cumpre a promessa de um filhote para a neta, presenteado por Jesús. Willie acessa tratamento médico, e Albert investe em sua relação com Annie. O restante do butim é distribuído generosamente: famílias, colegas de trabalho e membros da loja fraterna recebem ajuda, transformando o crime em um ato de solidariedade comunitária.

A grande revelação vem com Jesús. Ele confessa ser o cérebro do assalto que Joe testemunhou, usando o golpe para canalizar fundos para causas nobres. A tatuagem falsa não só enganou as autoridades, mas simboliza a astúcia dos marginalizados contra o sistema. Hamer, frustrado, fecha o caso sem provas concretas, permitindo que os aposentados escapem impunes. Essa vitória não é apenas financeira; é uma afirmação de agência na velhice, onde a sociedade os descartava.

O filme culmina no casamento de Albert e Annie, uma celebração vibrante que reúne o trio e seus entes queridos. Joe, Willie e Albert brindam à vida renovada, com fogos de artifício e risadas ecoando. Brooklyn ganha seu cachorrinho, um símbolo de inocência preservada. A câmera se afasta, deixando uma sensação de fechamento otimista: os amigos não só sobreviveram, mas prosperaram, provando que a amizade transcende perdas e idades.

Quem sai vencedor? Todos os protagonistas principais. Joe reconquista estabilidade familiar. Willie ganha uma segunda chance vital. Albert encontra amor e propósito. Lucy, indiretamente, aprende compaixão. Até Jesús, o mentor sombrio, redime sua imagem como benfeitor. Nenhum vilão corporativo ou agente federal é punido explicitamente, mas a narrativa critica o capitalismo predatório através de ironia sutil. O final reforça que a verdadeira riqueza está nas conexões humanas, não em contas bancárias.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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