Venom: Tempo de Carnificina, lançado em 2021, é a sequência do filme Venom de 2018, trazendo Tom Hardy de volta como Eddie Brock e seu simbionte alienígena. Dirigido por Andy Serkis, o longa apresenta o vilão Carnage, interpretado por Woody Harrelson, em uma trama que mistura ação, humor e tons de terror. Com uma duração enxuta de 97 minutos, o filme aposta em um ritmo acelerado e na química entre Eddie e Venom. Mas será que entrega uma experiência memorável? Nesta crítica, exploramos a trama, o elenco, a direção e se o filme vale seu tempo.
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Uma trama acelerada, mas superficial
Venom: Tempo de Carnificina continua a história de Eddie Brock, um jornalista em crise que vive em simbiose com Venom, um alienígena faminto por ação. Após os eventos do primeiro filme, Eddie tenta retomar sua carreira enquanto lida com as exigências de Venom. A trama ganha força quando Cletus Kasady (Woody Harrelson), um assassino em série, se une ao simbionte Carnage, desencadeando caos. Eddie e Venom precisam enfrentá-lo, ao mesmo tempo em que lidam com tensões pessoais e a misteriosa Frances Barrison (Naomie Harris), aliada de Cletus.
A premissa é simples, focada em confrontos entre simbiontes e no contraste entre Eddie e Cletus. O filme mantém um ritmo frenético, com sequências de ação bem coreografadas, mas sacrifica profundidade. Subtramas, como o passado de Cletus e Frances, são apressadas, e a narrativa não explora o potencial psicológico dos personagens. Apesar disso, o humor ácido entre Eddie e Venom, descrito como uma “comédia de casal” por críticos do Rotten Tomatoes, mantém a história divertida.
Elenco carismático e química vibrante
Tom Hardy é o coração do filme, entregando uma performance dupla como Eddie e Venom. Sua habilidade em alternar entre o jornalista desajeitado e o simbionte sarcástico é cativante, com momentos cômicos que roubam a cena, como discussões sobre chocolate e galinhas. Woody Harrelson, como Cletus, traz intensidade, mas seu personagem é unidimensional, limitado a um vilão genérico, conforme apontado pelo The Guardian. Naomie Harris, como Frances (Shriek), tem presença, mas seu papel é subutilizado, com pouca exploração de sua backstory.
Michelle Williams retorna como Anne Weying, ex-noiva de Eddie, mas sua participação é reduzida, funcionando mais como apoio narrativo. A química entre Hardy e Venom é o grande trunfo, com diálogos que misturam humor e tensão, fazendo o público torcer pelo duo. O elenco secundário, incluindo Reid Scott, é funcional, mas não memorável.
Direção dinâmica, mas visual genérica
Andy Serkis, conhecido por seu trabalho em captura de movimento, traz energia à direção. As sequências de ação, como a batalha final em uma catedral, são visualmente impactantes, com coreografias que destacam a brutalidade de Carnage e a agilidade de Venom. A tecnologia de CGI é sólida, especialmente nas transformações dos simbiontes, embora alguns efeitos pareçam datados, como notado pelo Variety.
A fotografia, com tons escuros e urbanos, cria uma atmosfera de thriller, mas não inova. A trilha sonora de Marco Beltrami é eficaz, mas não marcante, diferente de trilhas memoráveis de outros filmes de super-heróis. Serkis mantém o filme curto, evitando o excesso de subtramas, mas a direção não compensa o roteiro raso de Kelly Marcel, que prioriza ação em detrimento de profundidade emocional.
Pontos fortes e limitações
Os pontos fortes de Venom: Tempo de Carnificina incluem a performance de Tom Hardy, a química com Venom e as sequências de ação bem executadas. O humor, com Venom agindo como um “companheiro rabugento”, é um diferencial, como elogiado pelo Collider. A duração curta mantém a narrativa ágil, ideal para uma sessão descompromissada.
As limitações, porém, são evidentes. O roteiro simplista não explora o potencial de Carnage, e as subtramas, como a relação de Cletus e Frances, são subdesenvolvidas. O vilão, apesar da atuação de Harrelson, não intimida como outros antagonistas do gênero, e o final é previsível, com uma resolução que não surpreende. Críticas do Metacritic destacam que o filme “se apoia demais no carisma de Hardy” para compensar suas falhas.
Vale a pena assistir a Venom: Tempo de Carnificina?
Venom: Tempo de Carnificina é um filme divertido, mas não essencial. Com 57% no Rotten Tomatoes e 5,9/10 no IMDb, ele divide opiniões, agradando quem busca ação leve e humor, mas decepcionando quem espera profundidade. A performance de Hardy e a dinâmica com Venom são razões para assistir, especialmente para fãs do primeiro filme ou do universo Sony Marvel. A cena pós-créditos, conectando ao MCU, é um bônus para entusiastas de super-heróis.
Se você gosta de thrillers de ação com toques cômicos, como Deadpool, Venom 2 pode entreter. Para quem prefere narrativas mais complexas, como The Batman, o filme pode parecer raso. É uma boa escolha para uma sessão descontraída, mas não espere um marco do gênero.
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