The Walking Dead: Daryl Dixon retorna para sua 3ª temporada em 2025, disponível no Prime Video. Criada por Angela Kang e Scott M. Gimple, a série spin-off foca no icônico Daryl (Norman Reedus) em um mundo pós-apocalíptico europeu. Com Melissa McBride de volta como Carol e adições como Eduardo Noriega, a temporada explora temas de perda, redenção e sobrevivência. Mas após um início promissor, ela perde fôlego. Nesta crítica, avaliamos se a jornada de Daryl ainda cativa ou se o zumbi-franchise precisa de um descanso.
Premissa renovada na Espanha
A 3ª temporada transporta Daryl e Carol para a Espanha, fugindo do caos francês das edições anteriores. Daryl, marcado pela perda de sua amada Isabelle, busca um navio para voltar aos EUA. Carol, determinada a resgatá-lo, junta-se à missão. Juntos, eles navegam por vilarejos medievais e confrontam uma seita liderada por um cultista carismático, o Rei da Espanha (Noriega). A trama mistura ação com dilemas morais, questionando o custo da sobrevivência em um mundo onde a fé e a violência se entrelaçam.
O cenário espanhol injeta frescor, com paisagens áridas e arquitetura gótica que contrastam com o sul da França. No entanto, a narrativa se arrasta em subtramas. Episódios iniciais constroem tensão com zumbis mutantes e alianças frágeis. Mas o meio da temporada devaneia em flashbacks e conflitos secundários, diluindo o foco. O finale, com um confronto épico, recupera parte do ímpeto, mas deixa pontas soltas sobre o futuro do grupo.
Elenco forte, mas separações frustrantes
Norman Reedus continua a ancorar a série como Daryl. Sua performance é crua, capturando o luto e a teimosia do caçador. Ele brilha em cenas solitárias, onde o silêncio fala mais que diálogos. Melissa McBride retorna como Carol com ferocidade renovada. Sua jornada de mãe em busca do filho adotivo adiciona camadas emocionais, especialmente em momentos de confronto com o passado.
Eduardo Noriega rouba cenas como o antagonista carismático, misturando fanatismo religioso com vulnerabilidade humana. O elenco de apoio, incluindo atores espanhóis como Manolo Caro, traz autenticidade cultural. Contudo, a separação prolongada de Daryl e Carol frustra. Eles passam boa parte da temporada afastados, reduzindo a química que definiu a segunda edição. Personagens secundários, como a jovem Genet (interpretada por uma novata promissora), parecem descartáveis, servindo apenas para preencher lacunas.
Direção visualmente impactante
Angela Kang mantém o equilíbrio entre horror e drama humano. A direção, com episódios assinados por veteranos como Michael E. Satrazemis, destaca-se pela cinematografia. Cenas de ação, como emboscadas em ruínas antigas, são fluidas e gore na medida certa. A trilha sonora, com toques folclóricos espanhóis, intensifica a atmosfera opressiva.
A produção eleva o padrão do franchise. Efeitos práticos para zumbis variados impressionam, evitando o CGI excessivo de spin-offs recentes. No entanto, o ritmo vacila. Episódios centrais priorizam diálogos expositivos sobre tensão palpável, resultando em um pacing irregular. O finale, com retornos surpresa de personagens do universo principal, injeta nostalgia, mas soa forçado para fãs hardcore.
Evolução em relação às temporadas anteriores
Comparada à primeira temporada, que sofreu com um tom errático na França, a 3ª ganha em coesão temática. A segunda edição, elogiada por reunificar Daryl e Carol, estabeleceu um benchmark emocional. Aqui, o spin-off avança ao explorar o Velho Mundo além da França, adicionando diversidade cultural e mitologia zumbi fresca, como variantes “santas” ligadas à seita.
Ainda assim, perde o ímpeto da segunda. O foco em redenção espiritual ecoa The Walking Dead original, mas sem a inovação de Dead City. Críticos notam que a série se beneficia do carisma de Reedus, mas luta contra a fadiga do universo. No geral, é uma evolução modesta, ideal para quem acompanha o lore, mas superficial para novatos.
Vale a pena mergulhar nessa jornada?
The Walking Dead: Daryl Dixon temporada 3 divide opiniões. Para fãs leais, o retorno de Carol e as locações espanholas justificam o investimento. A ação impressionante e o desenvolvimento de Daryl oferecem recompensas. No entanto, separações forçadas e subtramas enfadonhas testam a paciência. Com seis episódios curtos, é uma binge-watch viável, mas não essencial.
Se você ama o franchise por seus personagens quebrados e mundos construídos, assista. Para quem busca terror puro ou narrativas inovadoras, pule para The Last of Us. No Prime Video, a temporada custa pouco em tempo, mas exige dedicação emocional. Uma visão única no apocalipse zumbi, mas longe de um renascimento.
A 3ª temporada de The Walking Dead: Daryl Dixon consolida o spin-off como uma extensão digna do original. Reedus e McBride carregam uma trama que brilha em visuais e emoção, mas tropeça no ritmo e na coesão. Em um ano de spin-offs saturados, ela se destaca pela ambição europeia, questionando fé e família no fim dos tempos. Não é perfeita, mas resgata o coração do que tornou The Walking Dead um fenômeno. Assista se Daryl ainda te move; caso contrário, o apocalipse pode esperar.
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