Parker (2013), dirigido por Taylor Hackford, é um thriller de ação que coloca Jason Statham no centro de uma trama de vingança e assaltos. Com Jennifer Lopez como co-protagonista e um elenco de apoio sólido, o filme adapta o romance de Donald E. Westlake e promete adrenalina pura. Lançado em 22 de março de 2013, com duração de 1h58min, ele está disponível na Amazon Prime Video. Mas, em um gênero cheio de clássicos, será que Parker se destaca? Nesta crítica, avalio a trama, o elenco e a execução para ajudar você a decidir se vale o tempo.
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Uma trama de vingança previsível
A história segue Parker, um ladrão profissional com um código moral rígido. Após roubar uma feira estadual com sua equipe, ele é traído pelos comparsas, que o deixam para morrer. Sobrevivendo por milagre, Parker persegue os traidores para recuperar seu dinheiro e vingar-se. No caminho, ele se alia a Leslie (Jennifer Lopez), uma corretora de imóveis desesperada por aventura, para planejar um novo golpe contra um magnata corrupto.
A premissa é sólida, inspirada em Point Blank e Payback, com foco em um anti-herói implacável. No entanto, o roteiro de John J. McLaughlin peca pela previsibilidade. As reviravoltas são telegráficas, e o ritmo vacila entre cenas de ação explosivas e diálogos expositivos. Críticos como Roger Ebert notaram a rigidez da narrativa, comparando-a desfavoravelmente a Out of Sight, de Steven Soderbergh. O filme tenta equilibrar tensão e humor, mas acaba genérico, sem a sofisticação de thrillers modernos.
Elenco forte, mas subutilizado
Jason Statham é o pilar da produção. Como Parker, ele incorpora o ladrão estoico com precisão cirúrgica, entregando socos e olhares que definem sua carreira. Sua performance é contida, mas eficaz, especialmente em sequências de luta brutais. Jennifer Lopez, como Leslie, traz carisma e vulnerabilidade, elevando um papel que poderia ser superficial. Sua química com Statham é palpável, adicionando faíscas românticas à trama.
Michael Chiklis e Bobby Cannavale brilham como os vilões, com Chiklis oferecendo uma ameaça física convincente. Carlito Olivero e Micah Hauptman completam o time de traidores, mas faltam nuances. O elenco é talentoso, como elogiado pela Variety, mas o roteiro não explora seus potenciais, deixando personagens secundários como meros obstáculos para o herói.
Direção competente em ação, mas sem inovação
Taylor Hackford, de Ray e O Diabo Veste Prada, dirige com eficiência. As cenas de ação são o destaque: uma briga em um banheiro é feroz e criativa, enquanto perseguições de carro mantêm o pulso acelerado. A fotografia de James Whitaker captura a poeira de Palm Springs e o brilho de Miami, criando um contraste visual atraente.
Porém, Hackford não inova. O filme adere a fórmulas antigas, com pouca exploração psicológica do protagonista. Como apontado pelo The Guardian, a traição inicial e a busca por justiça são clichês, sem o comentário social de obras como Heat. A edição é limpa, mas o tom oscila entre violência gráfica e toques cômicos, resultando em uma experiência desconexa.
Comparação com clássicos do gênero
Parker evoca Payback (1999), com Mel Gibson em um papel similar, mas carece da intensidade emocional. Enquanto Payback mergulha na paranoia do protagonista, Parker fica na superfície. Comparado a The Town, de Ben Affleck, que equilibra assaltos com drama pessoal, este filme parece datado. Jennifer Lopez remete a seu papel em Irresistível Paixão, mas aqui a parceria com Statham não atinge o mesmo nível de química sensual.
No contexto de 2013, Parker competiu com Jack Reacher, outro thriller de ação. Statham segura a barra, mas o filme perde para produções mais ambiciosas como Looper. Para fãs de heist movies, é uma opção mediana, como resumido no Rotten Tomatoes: genérico, mas divertido em doses.
Pontos fortes e fraquezas evidentes
Os trunfos incluem as sequências de ação bem coreografadas e a presença magnética de Statham. Lopez adiciona frescor, e o elenco de vilões entrega ameaças críveis. A duração de quase duas horas permite pausas para respirar, evitando fadiga.
As fraquezas são o roteiro previsível e a falta de originalidade. Diálogos como “Eu tenho um código” soam forçados, e o final, com uma resolução limpa, decepciona. Críticos no Metacritic destacaram a rigidez emocional, tornando o filme mais um veículo para estrelas do que uma narrativa coesa. Para pais, o Common Sense Media alerta para violência intensa e linguagem, recomendando 17+.
Vale a pena assistir a Parker?
Parker é um entretenimento descompromissado para fãs de Jason Statham. Se você busca ação sem complicações, as lutas e perseguições valem o play na Amazon Prime Video. A química entre Statham e Lopez entretém, e o filme flui bem em uma tarde preguiçosa.
No entanto, para quem prefere thrillers profundos, como John Wick ou Nobody, pode parecer superficial. Com 39% no Rotten Tomatoes, é mediano: bom para matar tempo, mas não essencial. Assista se curte heist movies clássicos, mas pule se espera inovação.
Parker captura a essência de um thriller de vingança com eficiência, impulsionado por Statham e cenas de ação impactantes. Taylor Hackford entrega um produto polido, mas o roteiro genérico impede que brilhe. Disponível na Amazon Prime Video, é uma opção sólida para maratonas de ação, mas não redefine o gênero. Para entusiastas de Statham, vale a pena; para outros, é passável. Em um mar de blockbusters, Parker navega no meio do pelotão.
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