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Crítica de Invocação do Mal 4: O Último Ritual | Vale a pena assistir ao filme?

Invocação do Mal 4: O Último Ritual (2025), dirigido por Michael Chaves e com roteiro de David Leslie Johnson-McGoldrick, Richard Naing e Ian Goldberg, marca o desfecho da saga principal do universo Invocação do Mal. Estrelado por Vera Farmiga e Patrick Wilson como os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, o filme promete um último caso aterrorizante baseado no caso real da família Smurl. Com uma mistura de terror, drama e emoção, será que o filme entrega um final digno? Nesta crítica, analisamos a trama, o elenco, a direção e se vale a pena assistir.

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Uma trama nostálgica, mas pouco inovadora

Invocação do Mal 4: O Último Ritual acompanha Ed e Lorraine Warren em 1986, enfrentando o caso Smurl, descrito como o que acabou com suas carreiras. A família Smurl, atormentada por entidades demoníacas após adquirir um espelho misterioso, é o foco do terror. Paralelamente, a narrativa explora a vida pessoal dos Warren, com a filha Judy (Mia Tomlinson) lidando com visões sobrenaturais e o noivo Tony (Ben Hardy). O filme tenta amarrar o universo Invocação do Mal, mas revisita fórmulas conhecidas, como portas entreabertas e sustos previsíveis, segundo críticas no IMDb e Rotten Tomatoes.

A trama começa com tensão, mas perde ritmo com diálogos expositivos e subtramas familiares, como notado pelo Caderno Pop. Apesar de momentos arrepiantes, como um corredor de espelhos, a história não inova, ficando na sombra dos primeiros filmes dirigidos por James Wan. O final, embora emocional, parece apressado, falhando em equilibrar o horror com o drama.

Elenco carismático, mas centrado nos Warren

Vera Farmiga e Patrick Wilson são o coração do filme. Sua química, consolidada desde 2013, eleva as cenas de afeto e tensão, tornando os Warren um porto seguro em meio ao caos, conforme destacado pelo Bloody Disgusting. Farmiga, como Lorraine, brilha com sua sensibilidade paranormal, enquanto Wilson, como Ed, lida com a saúde frágil de forma comovente.

Mia Tomlinson, como Judy, e Ben Hardy, como Tony, trazem frescor, mas seus papéis são secundários, com a família Smurl reduzida a meros catalisadores de sustos, segundo o Cinemablend. Atores como Elliot Cowan e Steve Coulter (Padre Gordon) têm momentos marcantes, mas o foco nos Warren deixa pouco espaço para outros personagens brilharem. A ausência de desenvolvimento para os Smurl é uma falha notada por críticos no Letterboxd.

Direção de Chaves: sólida, mas sem brilho

Michael Chaves, que dirigiu Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio, retorna com um estilo visual que privilegia sombras e tensão, como elogiado pelo Caderno Pop. A fotografia escura e os enquadramentos criativos criam um clima opressivo, especialmente nas sequências de exorcismo. No entanto, Chaves não alcança a maestria de James Wan, com sustos previsíveis e menos impacto, conforme apontado pelo Omelete.

A produção mantém o padrão da Warner, com design de som em Dolby Atmos e cenários bem construídos. Apesar disso, a falta de uma mitologia mais profunda para os demônios, como Valak nos filmes anteriores, enfraquece o terror, segundo o TheWrap. Chaves tenta inovar com uma cena de espelhos, mas o excesso de jump scares genéricos decepciona fãs de horror psicológico.

Comparação com a franquia e o gênero

Invocação do Mal 4: O Último Ritual tenta fechar a saga principal, mas não supera os dois primeiros filmes, que têm 86% e 80% no Rotten Tomatoes. A crítica ao filme de Chaves, com 64% no Rotten Tomatoes, reflete sua incapacidade de recriar a tensão de Invocação do Mal (2013) ou a mitologia de Invocação do Mal 2 (2016). Comparado a spin-offs como The Nun, o filme é mais coeso, mas menos memorável que os originais de Wan.

No contexto do terror de 2025, com lançamentos como A Hora do Mal e Presença, Last Rites se destaca pela nostalgia, mas não pela inovação, como notado pelo AdoroCinema. Fãs de Hereditary ou Midsommar podem achar o filme formulaico, mas ele ainda entrega para quem ama o universo Invocação do Mal.

Pontos fortes e limitações

Os pontos fortes estão na química de Farmiga e Wilson, na produção de qualidade e em momentos de terror visual, como a cena do corredor de espelhos. O filme acerta ao focar na emoção dos Warren, oferecendo um adeus tocante, segundo o Cinemablend. No entanto, a falta de originalidade, sustos previsíveis e o desenvolvimento raso dos Smurl são limitações claras, conforme apontado pelo AV Club. O final, embora satisfatório para fãs, não surpreende, como criticado no Reddit.

Vale a pena assistir a Invocação do Mal 4: O Último Ritual?

O filme é uma despedida agridoce para os fãs dos Warren. A química de Vera Farmiga e Patrick Wilson e a produção sólida garantem momentos envolventes, mas a falta de inovação e o ritmo irregular decepcionam. Com 64% no Rotten Tomatoes e um B+ no Cinemascore, o filme agrada quem ama a franquia, mas não converte novos fãs.

Se você é fã de Invocação do Mal ou busca um terror leve com emoção, o filme vale a pena. Para quem espera um horror psicológico profundo, como The Witch, outras opções podem ser melhores. É uma sessão nostálgica, ideal para fechar a saga, mas não um marco no gênero.

Invocação do Mal 4: O Último Ritual entrega um final emocional para Ed e Lorraine Warren, apoiado por atuações cativantes e uma produção de qualidade. No entanto, a falta de sustos originais e uma trama sobrecarregada por subtramas familiares limitam seu impacto. Dirigido por Michael Chaves, o filme é um adeus digno, mas não alcança a excelência dos primeiros Invocação do Mal. Para fãs da franquia, é uma sessão obrigatória. Para outros, é um terror decente, mas não essencial.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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