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Crítica de Faça Ela Voltar: Vale a pena assistir ao filme?

Faça Ela Voltar, lançado em 2025, é o segundo longa dos irmãos australianos Danny e Michael Philippou, conhecidos pelo sucesso de Fale Comigo (2022). Distribuído pela A24 e Sony Pictures, o filme mergulha no terror psicológico e body horror, explorando luto, trauma e rituais ocultos. Com Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong no elenco, a produção gerou buzz após estreias em festivais. Mas será que cumpre as expectativas? Nesta crítica, analisamos a trama, as atuações, a direção e se vale a pena assistir.

Uma trama sombria sobre luto e obsessão

Faça Ela Voltar acompanha Andy (Billy Barratt) e Piper (Sora Wong), meio-irmãos que, após a morte súbita do pai, são enviados para a casa de Laura (Sally Hawkins), uma ex-conselheira adotiva. Laura, marcada pela perda de sua filha Cathy, morta por afogamento, acolhe também Oliver (Jonah Wren Phillips), um menino mudo com um comportamento perturbador. Conforme Andy percebe segredos sinistros na casa, incluindo fitas VHS de rituais, a trama revela a obsessão de Laura em ressuscitar Cathy, colocando Piper em perigo.

A premissa, embora familiar no gênero de “horror de trauma”, é executada com intensidade. Os Philippou exploram o luto como uma força destrutiva, mas a narrativa, como apontado pelo The HoloFiles, carece de originalidade em partes, apoiando-se em tropos previsíveis. Apesar disso, a atmosfera sufocante e as reviravoltas, ainda que excessivas, mantêm o espectador intrigado.

Elenco poderoso liderado por Sally Hawkins

Sally Hawkins entrega uma atuação excepcional como Laura, transitando entre maternal e aterrorizante. Conhecida por papéis calorosos em A Forma da Água, ela surpreende com uma intensidade maníaca. Sua performance é o coração do filme, carregando o peso emocional da obsessão. Billy Barratt, como Andy, oferece uma interpretação sólida, capturando o desespero de um adolescente preso em um pesadelo. Sora Wong, estreante, impressiona como Piper, trazendo vulnerabilidade à personagem cega.

Jonah Wren Phillips, como Oliver, adiciona um toque inquietante, com momentos de humor inesperado, segundo a Rough Draft Atlanta. O elenco secundário, incluindo Sally-Anne Upton, é funcional, mas subutilizado. A química entre os jovens atores sustenta a narrativa, embora a falta de profundidade em alguns personagens, como apontado por críticos, limite o impacto emocional.

Direção visceral dos irmãos Philippou

Danny e Michael Philippou, ex-YouTubers do canal RackaRacka, consolidam seu talento com uma direção técnica e refinada. A fotografia sombria, com closes claustrofóbicos e círculos simbólicos, cria uma atmosfera opressiva. A trilha sonora minimalista amplifica o desconforto, enquanto os efeitos práticos de body horror, como descrito no iHorror, são viscerais, causando arrepios até em fãs experientes do gênero.

No entanto, o ritmo inicial é lento, com 30 minutos dedicados ao desenvolvimento de personagens, o que pode frustrar alguns espectadores, segundo o IMDb. As reviravoltas no ato final, embora impactantes, são excessivas e nem todas ressoam, conforme criticado no Reddit. Apesar disso, a habilidade dos Philippou em transformar clichês em algo perturbador eleva o filme acima da média.

Comparação com Fale Comigo e o gênero

Comparado a Fale Comigo, Faça Ela Voltar é mais sombrio e menos acessível, trocando a energia juvenil por uma abordagem emocional pesada. Enquanto Fale Comigo equilibrava sustos com diversão, este filme mergulha no desespero, como uma versão mais brutal de Hereditário de Ari Aster, segundo a Slant Magazine. A mistura de psycho-biddy e horror sobrenatural é única, mas a mitologia do ritual é subexplorada, frustrando quem busca respostas, conforme o The HoloFiles.

No contexto do terror de 2025, Faça Ela Voltar destaca-se por sua intensidade, mas não supera lançamentos como A Hora do Mal. A nostalgia do gênero, com fitas VHS e crianças assustadoras, evoca os anos 90, mas a execução moderna da A24 o diferencia de reboots genéricos, como apontado pelo Clube de Cinema.

Pontos fortes e limitações

Os pontos fortes de Faça Ela Voltar incluem a atuação de Hawkins, os efeitos práticos e a atmosfera sufocante. A exploração do luto, inspirada pela perda pessoal de Danny Philippou, adiciona autenticidade. O filme brilha em momentos viscerais, com cenas que, segundo o IMDb, deixam até fãs de terror desconfortáveis.

As limitações estão na narrativa previsível e no excesso de reviravoltas, que diluem o impacto emocional, como criticado pela Rough Draft Atlanta. A falta de contexto sobre o ritual deixa perguntas sem resposta. O ritmo lento inicial e a edição desigual também são pontos fracos.

Vale a pena assistir a Faça Ela Voltar?

Faça Ela Voltar é uma experiência intensa, ideal para fãs de terror psicológico e body horror. Com 89% de aprovação no Rotten Tomatoes e US$ 35,8 milhões em bilheteria, o filme é um sucesso crítico e comercial. Sally Hawkins e a direção dos Philippou são destaques, mas a narrativa tropeça em clichês e um final sobrecarregado. Se você gostou de Fale Comigo ou filmes como Hereditário, a imersão vale a pena, mas prepare-se para uma jornada desconfortável. Para quem prefere sustos leves, outras opções de 2025 podem ser mais adequadas.

O filme reafirma os irmãos Philippou como vozes promissoras no terror. Com uma Sally Hawkins magistral e uma atmosfera asfixiante, o filme entrega momentos de puro desconforto, embora não supere Fale Comigo em originalidade. Apesar de tropeços narrativos, é uma adição poderosa ao gênero, perfeita para quem busca terror emocional e visceral. Se você está pronto para enfrentar um pesadelo sobre luto e obsessão, Faça Ela Voltar merece sua atenção.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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