Venom (2018), dirigido por Ruben Fleischer, marcou a estreia solo do icônico anti-herói da Marvel no cinema. Estrelado por Tom Hardy como Eddie Brock, o filme apresenta uma mistura de ação, ficção científica e humor, centrada na relação entre um jornalista e um simbionte alienígena. Apesar de críticas mistas, a produção conquistou fãs e gerou sequências. Mas será que vale a pena assistir? Nesta crítica, exploramos a trama, o elenco, a direção e se Venom merece um lugar na sua lista de filmes.
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Uma trama caótica, mas divertida
Venom segue Eddie Brock (Tom Hardy), um jornalista investigativo de São Francisco que perde tudo após expor a Life Foundation, liderada por Carlton Drake (Riz Ahmed). Ao investigar experimentos ilegais, Eddie é infectado por Venom, um simbionte alienígena que lhe concede superpoderes, mas exige convivência com uma voz interna sarcástica. Juntos, eles enfrentam Drake, que planeja usar simbiontes para colonizar a Terra.
A premissa é simples, inspirada nos quadrinhos da Marvel, mas a execução é desigual. O filme tenta equilibrar ação, comédia e terror, mas sofre com um tom inconsistente, como apontado por críticas no Rotten Tomatoes (29% de aprovação). O primeiro ato é lento, com um foco excessivo na queda de Eddie, enquanto as sequências de ação, como a perseguição de motos, são eletrizantes, mas não inovadoras. Apesar disso, o humor da relação entre Eddie e Venom, descrita como uma “comédia de casal” por Roger Ebert, mantém o filme envolvente.
Tom Hardy brilha em dupla com Venom
Tom Hardy é o coração de Venom, entregando uma performance física e emocional que eleva o material. Como Eddie, ele retrata vulnerabilidade e desespero, enquanto sua interação com Venom, dublada por ele mesmo, é hilária e caótica. Frases como “Nós somos Venom” tornaram-se icônicas, e Hardy’s commitment to the “loser” persona, como destacado pelo The Guardian, dá autenticidade ao personagem.
O elenco secundário é menos marcante. Michelle Williams, como Anne Weying, a ex-noiva de Eddie, tem pouco espaço para brilhar, apesar de uma breve cena como She-Venom. Riz Ahmed, como o vilão Drake, é carismático, mas seu personagem é genérico, um “cientista louco” típico, conforme criticado pelo Variety. A química entre Hardy e o simbionte compensa essas falhas, tornando as cenas de diálogo interno os melhores momentos do filme.
Direção e efeitos visuais de altos e baixos
Ruben Fleischer, conhecido por Zombieland, traz um estilo vibrante, mas irregular. As cenas de ação, como Venom devorando inimigos ou escalando prédios, são visualmente impactantes, com CGI que, embora datado em 2025, ainda impressiona, segundo o Collider. A transformação de Eddie em Venom é fluida, destacando a fusão entre humano e alienígena. No entanto, o filme sofre com uma edição confusa e um tom que oscila entre comédia e terror, sem se comprometer com nenhum, como notado pelo IndieWire.
A trilha sonora de Ludwig Göransson é funcional, mas não memorável, e a ambientação em São Francisco adiciona um charme urbano. O maior problema é a censura PG-13, que limita a violência gráfica esperada de um personagem como Venom, decepcionando fãs dos quadrinhos que esperavam um tom mais sombrio, conforme fóruns no Reddit.
Comparação com outros filmes de super-heróis
Venom chegou em um momento de saturação de filmes de super-heróis, competindo com Deadpool e Avengers: Infinity War em 2018. Diferente do humor irreverente de Deadpool ou da escala épica dos Vingadores, Venom aposta em um anti-herói desajeitado, o que o torna único, mas menos polido. Comparado a Spider-Man: Into the Spider-Verse, lançado no mesmo ano, Venom parece simplista, com uma narrativa menos inovadora, como apontado pelo The Hollywood Reporter.
O filme também sofre por sua desconexão do Universo Cinematográfico Marvel (UCM), sendo parte do Sony Spider-Man Universe. Isso limita referências ao Homem-Aranha, frustrando fãs, embora a cena pós-créditos com Carnage (Woody Harrelson) tenha gerado expectativa para a sequência. Em 2025, Venom permanece um precursor de anti-heróis no cinema, mas não rivaliza com os melhores do gênero.
Pontos fortes e limitações
Os pontos fortes de Venom estão na performance de Tom Hardy e no humor da dinâmica Eddie-Venom, que transformou o filme em um sucesso de bilheteria (US$856 milhões, segundo Box Office Mojo). As cenas de ação são divertidas, e o carisma de Hardy compensa o roteiro fraco. No entanto, o filme é prejudicado por um vilão genérico, um tom inconsistente e uma narrativa que demora a engrenar. A censura PG-13 e a falta de conexão com o UCM também são críticas recorrentes, como visto no Metacritic.
Vale a pena assistir a Venom?
Venom é um filme divertido, mas imperfeito. A atuação de Tom Hardy e a relação cômica com o simbionte são razões suficientes para assistir, especialmente se você gosta de anti-heróis carismáticos. As sequências de ação e o tom leve tornam o filme ideal para uma sessão despretensiosa. No entanto, se você busca uma narrativa profunda ou fidelidade aos quadrinhos, pode se decepcionar com o vilão fraco e o ritmo irregular.
Para fãs de Deadpool ou Logan, Venom oferece uma vibe semelhante, mas menos refinada. Disponível na Netflix em 2025, é uma escolha sólida para quem quer entretenimento sem compromisso. Se você procura um clássico de super-heróis, outras opções no catálogo podem ser mais satisfatórias.
Venom (2018) é um filme que diverte com a performance magnética de Tom Hardy e o humor peculiar da dupla Eddie-Venom. Apesar de uma premissa promissora, a execução sofre com clichês, um vilão esquecível e um tom que não decide entre comédia e terror. Para uma noite de entretenimento leve, o filme cumpre seu papel, especialmente para fãs de ação e anti-heróis. No entanto, suas falhas o impedem de ser memorável. Se você busca diversão descomplicada, Venom vale a pena. Para algo mais profundo, explore outros títulos da Marvel.
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