Round 6: O Desafio, reality show da Netflix inspirado na série sul-coreana Round 6, transformou o fenômeno global em competição real. Lançada em 2023, a primeira temporada reuniu 456 participantes por um prêmio de US$ 4,56 milhões. A segunda, em 2025, elevou as apostas com novos jogos e dinâmicas. Ambas disponíveis na Netflix, as temporadas misturam suspense, alianças e eliminações. Mas o formato esvazia a crítica social da original? Abaixo, analiso as duas edições com foco em entretenimento e falhas.
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Premissa e Formato Geral
O programa adapta os jogos infantis letais da série para desafios não fatais. Participantes, identificados por números, competem em provas físicas e mentais. Eliminações simulam “mortes” com tinta ou exclusão, enquanto o prêmio cresce com cada saída. Dirigido por Liz Oakes, o show tem 10 episódios por temporada, com lançamentos escalonados para binge-watching.
A essência é o desespero por dinheiro, ecoando a trama de sobrevivência da série. No entanto, sem risco real de morte, o tom vira espetáculo voyeurístico. Alianças formam-se rápido, traições explodem e o público julga como os VIPs mascarados. Ambas as temporadas capturam isso, mas priorizam drama sobre reflexão.
Temporada 1: Entretenimento Superficial e Polêmicas
Estreou em novembro de 2023 com cinco episódios iniciais. Destaques incluem “Batatinha Frita 1, 2, 3”, com jatos de tinta eliminando grupos, e “Puxada de Corda”, testando equipes. O vencedor, Mai Whelan (Jogador 287), levou o prêmio após votações tensas.
O entretenimento é alto: reações autênticas geram suspense palpável. Participantes como Trey Plutnicki (301) e Phalisia Boothe (229) viram estrelas virais. Mas críticas apontam superficialidade. O show ignora a denúncia ao capitalismo da série, incentivando trapaças e preconceitos. Discursos como “só os fortes sobrevivem” ecoam individualismo selvagem.
Polêmicas dominaram: ex-participantes denunciaram frio extremo (-10°C) no estúdio, desmaios e negligência médica. A Netflix defendeu-se, alegando preparação, mas relatos de manipulação – favorecimento a influenciadores – mancharam a imagem. Recepção mista: 67% de críticos no Rotten Tomatoes, mas 23% do público no IMDb (nota 4/10). É viciante para fãs de reality, mas moralmente questionável.
Temporada 2: Apostas Altas e Alma Perdida
Lançada em outubro de 2025, a segunda temporada mantém 456 competidores, mas introduz twists como votações secretas e jogos temáticos. O prêmio chega a US$ 5 milhões, com eliminações mais criativas, como labirintos e dilemas éticos. O teaser prometia intensidade, e os primeiros episódios entregam: alianças raciais e de gênero explodem em traições.
Críticas elogiam o espetáculo: “uma aventura stunning que faz justiça à ideia original”. Novos participantes, como competidores internacionais, adicionam diversidade. No entanto, o show “dobra a aposta no espetáculo distópico com stakes maiores e humanidade menor”. Falta profundidade emocional; eliminações viram piadas, esvaziando o drama humano.
Comparada à primeira, a segunda melhora o pacing, com episódios mais fluidos. Mas persistem falhas: edição manipula narrativas para vilanizar certos jogadores, e o foco em drama pessoal ignora lições sociais. No Reddit, fãs reclamam que “perde o ponto de Squid Game”. Nota inicial no IMDb: 5.2/10, com elogios à produção, mas críticas à superficialidade.
Participantes e Dinâmicas Humanas
Sem elenco fixo, o brilho vem dos competidores. Na temporada 1, figuras como Husnain Asif (198), o “influencer paquistanês”, geram memes e debates sobre privilégio. Na 2, novatos como uma mãe solo de Nova York destacam resiliência, mas o show explora vulnerabilidades para rating.
As dinâmicas são o coração: alianças baseadas em etnia ou idade criam tensão real. Traições, como votações surpresa, ecoam a paranoia da série. Contudo, o formato favorece “personagens” dramáticos, manipulando arcos para TV. Isso rende entretenimento, mas questiona ética: participantes viram peões em um jogo maior.
Produção e Aspectos Técnicos
A Netflix investiu pesado: sets recriam o dormitório e arenas da série com precisão. A direção de Oakes usa câmeras múltiplas para capturar caos, com slow-motion em eliminações. Som e trilha, remixando a OST original, constroem suspense.
Falhas incluem edição enviesada e condições de gravação. Na 1, frio causou lesões; na 2, relatos de exaustão persistem. Visualmente, é impecável – neon e sombras evocam Seul –, mas o glamour mascara exploração. Como reality, prioriza espetáculo sobre segurança, contradizendo a mensagem anti-capitalista da inspiração.
Vale a Pena Assistir?
- Nota geral: 6/10 – divertido, mas descartável.
Sim, para quem busca escapismo rápido. As temporadas prendem com twists e reações humanas autênticas, ideais para maratonas. A 1 é mais polêmica e viciante; a 2, mais polida, mas menos impactante. No entanto, evite se espera profundidade – é entretenimento vazio que lucra com crítica social alheia.
Com 800+ milhões de views globais, o show prova apelo, mas divide: 60% recomendam no Rotten Tomatoes para diversão leve. Assista pela curiosidade, mas reflita sobre o custo humano por trás das câmeras.
Round 6: O Desafio converte genialidade em espetáculo lucrativo. Ambas as temporadas brilham em tensão e visual, mas falham em substância, priorizando drama sobre ética. Famke Janssen não, wait – wait, no cast fixed. Participantes reais elevam, mas produção questionável mancha. Em 2025, é guilty pleasure da Netflix, mas não revoluciona realities. Se curte competição feroz, mergulhe. Caso busque mensagem, volte à série original.
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