Jumanji revolucionou o cinema familiar com sua mistura de aventura e fantasia. Dirigido por Joe Johnston e roteirizado por Jonathan Hensleigh e Greg Taylor, o filme de 1h40min segue duas crianças que libertam um homem preso em um jogo amaldiçoado. Estrelado por Robin Williams, Kirsten Dunst e Bradley Pierce, ele mistura humor, terror e lições sobre família. Disponível na HBO Max e Prime Video, ou para aluguel na Apple TV, Google Play e YouTube, Jumanji continua cativante quase 30 anos depois. Mas resiste ao tempo? Nesta análise, avalio seus méritos e falhas para guiar sua escolha.
VEJA TAMBÉM:
- Jumanji (1996): Elenco, Onde Assistir e Tudo Sobre
- Jumanji, Final Explicado: O que Acontece no Fim do Clássico?
- Jumanji: Tudo Sobre os Filmes da Franquia
Uma premissa aventureira e atemporal
A trama começa em 1869, quando dois irmãos enterram um jogo de tabuleiro misterioso. Avançamos para 1969, onde o jovem Alan Parrish (Bradley Pierce) ativa Jumanji e é sugado para dentro do tabuleiro. Vinte e seis anos depois, em 1995, as órfãs Judy (Kirsten Dunst) e Peter Shepherd (Jonathan Hyde, no papel duplo de Alan adulto e tio) rolam os dados e libertam o caos: selvas invadem a casa, animais selvagens atacam e perigos surgem a cada jogada.
Essa estrutura é genial. O jogo como portal para o imprevisível cria tensão constante, com regras simples que geram reviravoltas imprevisíveis. Críticos como Mike Massie, do Gone With The Twins, elogiam os temas inspiradores de coragem e união familiar. No entanto, o consenso do Rotten Tomatoes (55% de aprovação) aponta uma trama “malnutrida”, com enredo previsível que prioriza espetáculo sobre profundidade. Rita Kempley, do Washington Post, critica o ritmo estagnado, onde efeitos ofuscam o desenvolvimento narrativo. Ainda assim, a premissa envelhece bem, ecoando contos como Peter Pan com toques sombrios.
Robin Williams e um elenco memorável
Robin Williams brilha como Alan, um homem traumatizado pela infância roubada. Sua energia maníaca – rindo histericamente enquanto foge de um rinoceronte – equilibra humor e vulnerabilidade, ancorando o filme emocionalmente. Peter Bradshaw, do Guardian, compara-o à tradição de Capra e Spielberg, destacando seu carisma paternal. Kirsten Dunst, aos 13 anos, impressiona como Judy, a menina sarcástica que amadurece rápido. Bradley Pierce adiciona inocência como Peter, enquanto Bonnie Hunt rouba cenas como a mãe excêntrica.
O elenco secundário, incluindo Bebe Neuwirth como a vizinha Nora, enriquece o drama familiar. No entanto, alguns atores parecem “madeira”, como nota Paul Byrnes, do Sydney Morning Herald, com diálogos expositivos que soam forçados. Williams eleva tudo, mas sua ausência em remakes sublinha seu impacto único. Para fãs, é uma performance icônica, capturando o auge de sua carreira pós-Aladdin e Mrs. Doubtfire.
Efeitos visuais pioneiros para a época
Joe Johnston, em sua estreia em live-action após Honey, I Shrunk the Kids, cria um mundo caótico com efeitos práticos e CGI inicial. Estampidas de elefantes, plantas carnívoras e peles de crocodilo invadindo salas são viscerais, um banquete para os olhos. O consenso do Rotten Tomatoes elogia o espetáculo, com sets espetaculares e trilha de James Horner que amplifica o pânico. Jeffrey M. Anderson, do Combustible Celluloid, nota que o tempo suaviza falhas técnicas, tornando-o “agradável” hoje.
Críticas apontam jerky movements em animais digitais, como os morcegos demoníacos, e um tom sombrio que beira o horror – Reddit o chama de “horror para crianças”. Ainda, os efeitos imersivos superam limitações orçamentárias, influenciando blockbusters como Jurassic Park. Em 4K na HBO Max, eles ganham nova vida, provando a visão de Johnston.
Impacto familiar e temas profundos
Jumanji é diversão familiar, mas com ressalvas. Common Sense Media recomenda para maiores de 10 anos, citando violência intensa: bestas ferozes, morte e morbidez constante. Pais elogiam lições sobre perdão e laços familiares, com cenas como o jantar caótico fomentando discussões. Audiência no Rotten Tomatoes (63%) adora o fator nostalgia, chamando-o de “experiência mind-blowing da infância”.
Negativos incluem peril excessivo para pequenos, com crianças em perigo realista que assusta. Gary Wolcott, do Tri-City Herald, sugere Parcheesi como alternativa mais segura. Temas de luto – Alan preso simboliza isolamento – adicionam camadas, mas o final abrupto resolve tudo rápido, deixando subtramas soltas. Ideal para famílias que curtem aventura com bordas afiadas.
Comparação com remakes e legado cultural
Os remakes de 2017 e 2019, com Dwayne Johnson e Jack Black, faturaram US$1,5 bilhão, focando comédia e multiverso. O original, no entanto, é mais sombrio e coeso, sem piadas forçadas. O artigo “Rotten Tomatoes is Wrong” argumenta que sua 52% subestima o apelo nostálgico, superando sequels em emoção crua. Williams’ stretch icônico – “Jumanji!” ecoa gerações – dá-lhe superioridade emocional.
Culturalmente, inspirou jogos e memes, mas críticas iniciais (45% negativas, per Quora) vinham de expectativas adultas. Hoje, é cult, elogiado por Lighttrain Reviews como “decente” apesar do remake ser mais “entretenimento puro”. Seu legado: provar que fantasia familiar pode aterrorizar e encantar.
Vale a pena assistir?
Sim, para nostalgia e família madura. Com 800 milhões em bilheteria ajustada, Jumanji diverte com risos, sustos e coração. Williams’ performance sozinha justifica o play, especialmente em streaming. Evite com crianças sensíveis abaixo de 10; opte por sessões diurnas. No HBO Max, é acessível e remasterizado. Se busca aventura leve, remakes bastam; para clássico autêntico, o original vence. Uma rolagem vale o risco.
Jumanji é um tesouro imperfeito: visualmente deslumbrante, emocionalmente tocante, mas narrativamente fina. Williams e efeitos pioneiros elevam tropeços, tornando-o essencial para fãs de fantasia. Em 2025, resgata infâncias perdidas, provando que jogos perigosos rendem as melhores histórias. Assista e role os dados – você pode sair transformado.
Siga o Séries Por Elas no Google News e veja todas as nossas notícias!





[…] Crítica de Jumanji: Vale a pena assistir ao filme de 1996? […]
[…] Crítica de Jumanji: Vale a pena assistir ao filme de 1996? […]