Crítica de Casamento às Cegas 5: Vale a pena assistir o reality?

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Casamento às Cegas Brasil: Nunca é Tarde, a quinta temporada do reality show da Netflix, estreou em 10 de setembro de 2025, trazendo uma abordagem inovadora ao focar em participantes com mais de 50 anos. Apresentado por Camila Queiroz e Klebber Toledo, o programa mantém o formato de encontros às cegas, mas explora o amor na maturidade. Com 10 episódios, a temporada promete emoção, drama e reflexões sobre segundas chances. Mas será que vale a pena assistir? Nesta crítica, analisamos a narrativa, os participantes, a produção e o impacto do reality.

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Uma premissa refrescante sobre amor maduro

A temporada, intitulada Nunca é Tarde, reúne 30 solteiros — 15 homens e 15 mulheres, com idades entre 50 e 70 anos — em busca de conexões emocionais sem contato visual inicial. Os participantes, como a advogada Fabiana Checchia e a enfermeira Roseli Silva, trazem experiências de vida ricas, incluindo divórcios, filhos e carreiras consolidadas. A proposta é testar se o amor pode florescer na maturidade, desafiando estereótipos etários.

O formato segue o padrão: conversas em cabines, pedidos de casamento, lua de mel e convivência antes do altar. A mudança para um elenco mais velho adiciona profundidade, com histórias de superação e vulnerabilidade. No entanto, a edição às vezes apressa momentos emocionais, como notado por críticos no AdoroCinema, priorizando drama em vez de nuances psicológicas.

Participantes carismáticos, mas edição irregular

O elenco é o coração da temporada. Participantes como Aidê Torres, formadora de plateia, e Ana Lúcia Custódio, corretora imobiliária, trazem carisma e autenticidade. Suas histórias — de perdas pessoais a carreiras vibrantes — criam empatia imediata. A diversidade de profissões, de advogados a personal trainers, enriquece a dinâmica, como destacado pela Exame. Homens como Eduardo Talaska, empreendedor, e Paulo Roberto, chef, adicionam humor e introspecção.

Porém, a edição nem sempre faz justiça aos participantes. Algumas conexões, como as formadas nas cabines, são cortadas abruptamente, deixando subtramas sem resolução. Críticas apontam que o foco em conflitos, como ciúmes e mal-entendidos, ofusca momentos de conexão genuína. A apresentação de Queiroz e Toledo é calorosa, mas suas intervenções são limitadas, funcionando mais como guias do que mediadores ativos.

Produção sólida com momentos de exagero

A direção mantém a estética clean da Netflix, com cabines elegantes e cenários de lua de mel em resorts luxuosos. A fotografia, especialmente nas cenas de São Paulo, captura a energia urbana, enquanto a trilha sonora reforça o tom emocional. A escolha de filmar em locações reais, como bares e apartamentos, adiciona realismo, mas a edição às vezes força o drama com cortes rápidos e trilhas exageradas.

A temporada se beneficia do ritmo de lançamento: quatro episódios em 10 de setembro, quatro em 17 de setembro e dois no dia 24, mantendo o engajamento do público. Contudo, a insistência em criar cliffhangers artificiais, como brigas exageradas, pode frustrar quem busca autenticidade. O programa brilha quando foca nas conversas íntimas, mas perde força ao priorizar conflitos previsíveis.

Comparação com temporadas anteriores

Casamento às Cegas Brasil já conquistou fãs desde 2021, mas a quinta temporada se destaca por seu elenco sênior. Diferente das edições anteriores, que focavam em participantes mais jovens, Nunca é Tarde explora o amor maduro, trazendo uma perspectiva única. Comparada à quarta temporada, que enfrentou polêmicas por denúncias de abuso, esta edição é mais leve, enfatizando esperança e resiliência.

No entanto, a temporada não inova no formato. As cabines, a lua de mel e a convivência seguem a fórmula padrão, o que pode parecer repetitivo para fãs antigos. Críticas sugerem que o programa nem sempre é “tão às cegas”, com relatos de participantes que se conheciam previamente, o que pode comprometer a autenticidade. Ainda assim, a abordagem madura diferencia a temporada, tornando-a um experimento social intrigante.

Pontos fortes e limitações

Os pontos fortes estão no elenco diversificado e nas histórias de vida inspiradoras. Participantes como Roseli Silva, kardecista e avó, trazem reflexões sobre espiritualidade e amor. A temporada também acerta ao desafiar estereótipos etários, mostrando que a busca por conexão é universal. A produção visual é de alta qualidade, e a narrativa emociona quando foca em vulnerabilidades.

As limitações incluem a edição sensacionalista, que privilegia conflitos em vez de desenvolvimento emocional. Algumas escolhas narrativas, como a falta de resolução de certos casais, frustram. Além disso, a ausência de inovação no formato pode cansar quem espera algo novo. O reality funciona melhor como um estudo sobre o amor maduro do que como um drama intenso.

Vale a pena assistir a Casamento às Cegas 5?

Casamento às Cegas Brasil: Nunca é Tarde é uma adição envolvente ao catálogo da Netflix, especialmente para quem aprecia reality shows emocionais. O elenco sênior traz uma perspectiva fresca, com histórias que ressoam pela autenticidade e profundidade. Apesar de tropeços na edição e na repetição do formato, a temporada cativa com momentos de conexão genuína e reflexões sobre o amor na maturidade.

Fãs de realities como The Bachelor ou Casamento às Cegas internacional encontrarão algo para amar, mas devem estar preparados para conflitos exagerados. Para uma maratona de fim de semana, a série é uma escolha sólida, especialmente se você busca inspiração e emoção. Não é revolucionária, mas prova que o amor não tem idade.

Casamento às Cegas Brasil 5 brilha ao explorar o amor maduro, com um elenco carismático e histórias tocantes. A produção é visualmente atraente, e a premissa de encontros às cegas continua intrigante. No entanto, a edição sensacionalista e a falta de inovação no formato limitam seu impacto. Se você busca um reality que combina emoção, drama e reflexões sobre segundas chances, vale a pena assistir. Para uma experiência mais inovadora, outras opções da Netflix podem ser mais satisfatórias.

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