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Crítica de Ataque 13: Vale a pena assistir ao filme?

Ataque 13, filme tailandês de terror lançado na Netflix em 22 de outubro de 2025, mergulha nos horrores de um colégio onde o bullying leva a uma vingança sobrenatural. Dirigido por Wantha Taweewat, com duração de 1h45min, o longa explora temas como assédio escolar e negligência adulta. Com Korranid Laosubinprasoet e Nichapalak Thongkham no elenco, a produção promete sustos e reflexões sociais. Mas entrega o esperado? Nesta crítica, analisamos a trama, atuações e impacto para decidir se vale o play.

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Premissa de vingança escolar

A história segue Jindahra, uma aluna transferida que busca recomeço após um incidente de bullying. Ela vira alvo de Bussaba, capitã do time de vôlei e valentona implacável. Após uma traição, o corpo de Bussaba é encontrado enforcado na academia. Seu espírito retorna para assombrar os responsáveis, transformando o colégio em palco de terror.

O roteiro de Thammanan Chulaborirak usa o subgênero de horrores escolares asiáticos, como Whispering Corridors. O foco inicial no bullying cria tensão real, destacando falhas de adultos em proteger vítimas. No entanto, a transição para o sobrenatural perde força. Aparições fantasmagóricas de Bussaba, interpretada por atrizes reais com maquiagem, parecem cômicas em vez de aterrorizantes. O excesso de cenas com o fantasma dilui o medo, priorizando jumpscares genéricos sobre construção gradual.

Elenco jovem e convincente

Korranid Laosubinprasoet brilha como Jindahra, capturando vulnerabilidade e resiliência. Sua química com Nichapalak Thongkham, como Bussaba, enriquece a dinâmica bully-vítima. Thongkham transmite ameaça e complexidade, evitando estereótipos rasos. O elenco de apoio, incluindo Nuttawat Thanataviepraserth e Tarisa Preechatangkit, adiciona camadas, especialmente em cenas de grupo que mostram cliques tóxicos.

As atuações elevam o material, explorando nuances morais. Jindahra não é mera vítima; Bussaba, vilã com motivações cinzentas. Ainda assim, personagens secundários, como professores abusivos, mereciam mais profundidade. A negligência parental e comportamentos inadequados de adultos são tocados, mas não desenvolvidos, desperdiçando potencial para crítica social afiada.

Direção eficiente em sustos contidos

Wantha Taweewat, de Sars Wars, mantém ritmo ágil em 105 minutos. A fotografia capta corredores escuros e ginásios vazios, evocando claustrofobia escolar. Maquiagem prática para o fantasma evita CGI tosco, criando visual creepy, embora overexposed. Cenas de vôlei adicionam toque único, insinuando subgênero “esportivo-horror”.

O diretor equilibra mistério e thrills, com reviravoltas que questionam justiça e moralidade. O twist final surpreende, invertendo expectativas sobre culpados. Porém, set pieces repetitivos e humor involuntário enfraquecem o tom. Taweewat prioriza entretenimento sobre inovação, resultando em filme sólido, mas não memorável.

Temas sociais além do sobrenatural

Ataque 13 vai além de fantasmas, criticando bullying e falhas sistêmicas. O assédio é retratado cruamente, mostrando isolamento de vítimas e cumplicidade de pares. Adultos, de pais distantes a professores predatórios, agravam o caos, ecoando realidades tailandesas e asiáticas.

Comparado a Mon Mon Mon Monsters, o filme lida superficialmente com temas. Enquanto o tailandês de 2017 aprofunda monstros internos, Ataque 13 opta por vingança externa. Influências de Death Bell aparecem em enigmas escolares, mas sem sofisticação. O resultado é acessível, com comentários relevantes, mas sem ousadia para chocar ou refletir profundamente.

Vale a pena assistir?

  • Nota 2,5/5: bom para uma sessão rápida, mas totalmente esquecível.

Ataque 13 entretém como terror leve na Netflix. Atuações fortes e premissa atual cativam fãs de horrores escolares. O twist final e cenas de bullying geram impacto, mas jumpscares bobos e fantasma overused frustram.

Para quem curte The Platform ou asiáticos como Train to Busan, oferece diversão passageira. Evite se busca profundidade psicológica; opte por clássicos como Ringu. Disponível agora, é escolha descompromissada para noites de streaming.

Ataque 13 captura essência de vingança escolar com eficiência, mas tropeça em execução sobrenatural. Elenco talentoso e direção ágil salvam o dia, enquanto temas de bullying ressoam. Não redefine o gênero, mas diverte o suficiente para uma watch única. Se terror acessível é seu vibe, aperte play na Netflix.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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