Crítica de Aqueles que me Desejam a Morte: Vale A Pena Assistir?

Aqueles que me Desejam a Morte (2021), dirigido e roteirizado por Taylor Sheridan, é um thriller de sobrevivência que une ação intensa e drama familiar. Com Angelina Jolie no papel principal, o filme segue Hannah, uma bombeira marcada por tragédias, que protege um garoto fugitivo de assassinos impiedosos.

Lançado nos cinemas em 2021, com duração de 1h40min, o longa mistura suspense, aventura e elementos de western moderno. Disponível na Prime Video e HBO Max, ou para alugar na Apple TV, Google Play Filmes e YouTube, ele ainda atrai espectadores em 2025. Mas entrega tensão genuína? Nesta análise, destrinchamos enredo, atuações e impacto para decidir se vale o play.

VEJA TAMBÉM

Premissa de Sobrevivência com Toque Pessoal

O filme abre com um incêndio devastador que assombra Hannah Faber (Angelina Jolie), uma bombeira de Montana lidando com culpa e perda. Quando Connor (Finn Little), um adolescente testemunha de um assassinato, cruza seu caminho, ela o esconde de assassinos profissionais, liderados pelo frio Patrick (Aidan Gillen). Ethan (Jon Bernthal), o tio de Connor e agente federal, junta-se à caçada, enquanto um incêndio florestal ameaça engolir todos.

Sheridan, criador de Yellowstone, constrói uma narrativa linear e visceral. A trama explora temas de redenção e proteção instintiva, com o vasto cenário de Montana servindo como personagem. No entanto, o ritmo inicial é lento, priorizando backstory em vez de ação imediata. As cenas de perseguição, especialmente durante o incêndio, elevam o suspense, mas reviravoltas finais parecem forçadas, diluindo o clímax. É um thriller funcional, mas sem a inovação de obras como Onde os Fracos Não Têm Vez.

Angelina Jolie Carrega o Filme com Intensidade

Angelina Jolie domina como Hannah, uma mulher endurecida pela dor que encontra propósito na salvação de Connor. Sua performance é crua e física, destacando-se em sequências de luta e fuga. Aos 46 anos na época, ela incorpora vulnerabilidade sem cair no melodrama, ecoando papéis em Garota, Interrompida. Finn Little, como o órfão traumatizado, surpreende com maturidade, criando uma conexão maternal convincente com Jolie.

Jon Bernthal, como Ethan, traz carisma habitual, mas seu arco é previsível. Aidan Gillen e Nicholas Hoult, como vilões, oferecem ameaça fria, embora subdesenvolvidos. O elenco secundário, incluindo Tyler Perry como o mentor de Hannah, adiciona peso emocional. Apesar dos acertos, o roteiro de Sheridan e Charles Leavitt falha em aprofundar motivações, deixando personagens como acessórios para a ação. Jolie salva o dia, mas o todo carece de camadas.

Direção Eficiente em Cenários Selvagens

Taylor Sheridan dirige com maestria visual, usando os vastos bosques de Montana para amplificar isolamento e perigo. A fotografia de Ben Richardson captura o fogo como força destrutiva e purificadora, com cenas noturnas tensas e diurnas opressivas. A trilha sonora de David Buckley reforça o pulso acelerado, misturando percussão tribal com silêncios ameaçadores.

No entanto, a edição é irregular, com transições abruptas que quebram o fluxo. Sheridan, que também escreveu, opta por violência gráfica sem sutileza, o que pode alienar espectadores sensíveis. Comparado a seu trabalho em Sicario, aqui falta o comentário social afiado; o foco em sobrevivência individual ignora questões maiores, como mudanças climáticas implícitas nos incêndios. É um exercício de gênero sólido, mas não memorável.

Pontos Fortes e Limitações Claras

Os acertos incluem sequências de ação eletrizantes, como a emboscada noturna e o confronto final no fogo, que geram adrenalina pura. A química entre Jolie e Little humaniza o caos, e os cenários autênticos de Montana imergem o espectador. Sheridan prova habilidade em tensão ambiental, tornando o fogo um antagonista palpável.

Limitações pesam: o roteiro recicla tropos, com vilões unidimensionais e um terceiro ato apressado. A subtrama romântica com Ethan soa forçada, e o tom oscila entre drama pesado e tiroteios genéricos. Com classificação R nos EUA (16 anos no Brasil), a violência é crua, mas sem propósito além do choque. É entretenimento de 1h40min, mas esquece-se rápido.

Vale a Pena Assistir Aqueles que me Desejam a Morte?

Sim, para uma sessão rápida de ação com Jolie no auge. Disponível na Prime Video e HBO Max, é ideal para quem curte thrillers de perseguição sem compromisso intelectual. Alugar na Apple TV ou YouTube custa pouco para 90 minutos de escape. No entanto, se busca profundidade, opte por Sicario ou Hell or High Water, de Sheridan.

Em um catálogo saturado, Aqueles que me Desejam a Morte é mediano: diverte, mas não transforma. Assista se ama sobrevivência selvagem; pule se prefere narrativas nuançadas. Nota: 6/10 – fogo aceso, mas chama fraca.

Aqueles que me Desejam a Morte é Taylor Sheridan em modo blockbuster, com Jolie incendiando a tela em uma caçada visceral. Apesar de ação crua e cenários imersivos, tropeça em clichês e ritmo irregular. Em 2025, permanece uma opção sólida para fãs de suspense outdoor, mas não redefine o gênero. Se o fogo de Montana te atrai, acenda o streaming. Caso contrário, há chamas mais quentes por aí.

Siga o Séries Por Elas no Twitter e no Google News, e acompanhe todas as nossas notícias!

Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
Artigos: 2282

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Siga-nos no Google News