A Mulher Rei (2022), dirigido por Gina Prince-Bythewood, é um épico histórico que celebra a força das guerreiras Agojie do Reino do Daomé, na África do século XIX. Estrelado por Viola Davis, Thuso Mbedu e Lashana Lynch, o filme combina ação vibrante, drama emocional e uma narrativa inspirada em eventos reais. Apesar de algumas liberdades históricas, a produção impressiona pela potência visual e atuações marcantes. Vale a pena assistir? Nesta crítica, exploramos a trama, o elenco, a direção e os pontos altos e baixos para ajudar você a decidir.
Uma trama poderosa sobre coragem e legado
A Mulher Rei acompanha Nanisca (Viola Davis), general das Agojie, uma força militar exclusivamente feminina que protege o Reino do Daomé, atual Benin. Em 1823, enquanto enfrenta ameaças internas e externas, incluindo o tráfico de escravos e conflitos com o Império Oyo, Nanisca treina uma nova geração de guerreiras, incluindo a jovem Nawi (Thuso Mbedu). A trama explora os laços entre as guerreiras, os traumas do passado de Nanisca e a luta por liberdade em um mundo brutal.
A narrativa, escrita por Dana Stevens com contribuições de Maria Bello, equilibra ação e emoção. Cenas de batalha são intensas, mas o filme brilha nos momentos de conexão entre as personagens, como a relação maternal entre Nanisca e Nawi. Críticas no Rotten Tomatoes elogiam a profundidade emocional, mas apontam liberdades históricas, como a romantização do papel do Daomé no tráfico de escravos, que podem incomodar quem busca precisão.
Elenco estelar e atuações impactantes
Viola Davis entrega uma performance avassaladora como Nanisca, combinando força física e vulnerabilidade emocional. Sua presença domina cada cena, transmitindo o peso de uma líder marcada por cicatrizes. Thuso Mbedu, como Nawi, traz energia e determinação, criando uma dinâmica envolvente com Davis. Lashana Lynch, como Izogie, rouba cenas com carisma e humor, enquanto John Boyega, como o rei Ghezo, oferece uma interpretação contida, mas poderosa.
O elenco secundário, incluindo Sheila Atim e Adrienne Warren, reforça a sororidade entre as Agojie. A química entre as atrizes, como destacado pela Variety, é um dos pontos altos, tornando as relações críveis. No entanto, algumas personagens, como as conselheiras do rei, têm pouco desenvolvimento, o que limita o impacto de certas subtramas.
Direção vibrante e visual impressionante
Gina Prince-Bythewood, conhecida por The Old Guard, dirige com paixão e precisão. Sua abordagem destaca a força das Agojie, com coreografias de luta viscerais que rivalizam com Pantera Negra. A fotografia de Polly Morgan captura a beleza vibrante do Daomé, com tons dourados e verdes que contrastam com a brutalidade das batalhas. A trilha sonora de Terence Blanchard eleva a emoção, misturando percussão africana com orquestrações épicas.
A produção, apoiada pela TriStar Pictures, impressiona com figurinos detalhados e cenários autênticos, filmados na África do Sul. No entanto, o ritmo pode parecer desigual, com o segundo ato mais lento devido a subtramas políticas, como notado pelo The Hollywood Reporter. Apesar disso, Prince-Bythewood mantém a narrativa envolvente, especialmente nas sequências de ação.
Contexto histórico e críticas
A Mulher Rei é inspirado nas Agojie, uma força militar real que desafiou normas de gênero na África pré-colonial. O filme celebra sua coragem, mas toma liberdades históricas, como suavizar a participação do Daomé no tráfico de escravos, conforme criticado pela Smithsonian Magazine. Essa escolha gerou debates, com alguns elogiando a narrativa empoderadora e outros questionando sua precisão, como em fóruns do Reddit.
Comparado a épicos como Gladiador ou Coração Valente, A Mulher Rei se destaca por focar em mulheres negras, um feito raro no gênero. Diferente de Pantera Negra, que cria um mundo fictício, o filme busca um tom mais histórico, mas menos rigoroso que 12 Anos de Escravidão. A mensagem de resistência ressoa, especialmente em 2025, quando representatividade no cinema permanece crucial.
Pontos fortes e limitações
Os pontos fortes de A Mulher Rei são inegáveis: atuações poderosas, direção confiante e sequências de ação eletrizantes. Viola Davis e Thuso Mbedu criam um núcleo emocional que ressoa, enquanto a ambientação africana é visualmente deslumbrante. A narrativa de empoderamento feminino e a representação de mulheres negras em papéis heroicos são refrescantes, como elogiado pela IndieWire.
No entanto, as liberdades históricas podem alienar quem valoriza precisão. O ritmo, especialmente no meio do filme, sofre com subtramas menos desenvolvidas, como a política do Daomé. Algumas reviravoltas, como o passado de Nanisca, são previsíveis, conforme apontado pelo The Guardian. Apesar disso, o impacto emocional e visual compensa essas falhas.
Vale a pena assistir A Mulher Rei?
A Mulher Rei é uma experiência cinematográfica poderosa, ideal para quem ama épicos históricos com fortes personagens femininas. Viola Davis e o elenco entregam atuações memoráveis, enquanto a direção de Gina Prince-Bythewood cria um espetáculo visual e emocional. Apesar de liberdades históricas e um ritmo ocasionalmente lento, o filme cativa com sua mensagem de resistência e cenas de ação impactantes.
Se você gosta de Pantera Negra ou Gladiador, A Mulher Rei oferece uma perspectiva única, centrada em mulheres africanas. Para uma sessão de cinema inspiradora, é uma excelente escolha, mas quem busca rigor histórico pode se frustrar. Disponível na Netflix, em 2025, vale a pena conferir pela força de sua história.
A Mulher Rei é um épico vibrante que celebra a força e a resiliência das mulheres Agojie. Com Viola Davis no comando, atuações marcantes e uma direção envolvente, o filme é um marco para a representatividade no cinema. Apesar de liberdades históricas e um ritmo desigual, sua narrativa de coragem e sororidade ressoa profundamente. Se você busca um filme que combina ação, emoção e uma perspectiva única, A Mulher Rei é uma escolha imperdível no catálogo de streaming.
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