Crítica de A Hora do Mal

Crítica de A Hora do Mal: Novo filme de terror é tudo isso mesmo?

A Hora do Mal (título original: Weapons), dirigido por Zach Cregger, é uma das surpresas mais intrigantes e inquietantes do cinema em 2025. Com uma narrativa não linear que mistura suspense, horror e doses sutis de humor negro, o filme mergulha o espectador em um mistério envolvente: a desaparição simultânea de 17 crianças de uma mesma classe em uma cidadezinha suburbana de Illinois. Este artigo explora os elementos que fazem de A Hora do Mal uma obra única, com uma análise detalhada de sua trama, elenco, direção e impacto emocional, otimizada para atrair leitores e destacar o filme nos motores de busca.

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Ficha Técnica de A Hora do Mal

  • Título Original: Weapons
  • Título no Brasil: A Hora do Mal
  • Direção e Roteiro: Zach Cregger
  • Elenco Principal: Julia Garner (Justine Gandy), Josh Brolin (Archer Graff), Alden Ehrenreich (Paul Morgan), Benedict Wong (Andrew Marcus), Amy Madigan (Tia Gladys), Cary Christopher (Alex Lilly)
  • Gênero: Suspense, Horror, Drama
  • Duração: 128 minutos
  • Classificação: 18 anos
  • Estreia no Brasil: 7 de agosto de 2025
  • Produção: New Line Cinema
  • Distribuição no Brasil: Warner Bros. Pictures

Uma Premissa que Prende desde o Início

Crítica de A Hora do Mal

A Hora do Mal começa com uma cena desconcertante: às 2h17 da manhã, 17 crianças de uma mesma classe escolar despertam em seus quartos e correm para a escuridão, desaparecendo sem deixar rastros. A única pista é que todas pertencem à turma da professora Justine Gandy (Julia Garner), exceto por um aluno, Alex Lilly (Cary Christopher), que permanece. O mistério inicial, que remete a contos de fadas sombrios como os de J.M. Barrie, rapidamente se transforma em um thriller psicológico que explora as camadas de uma comunidade em crise.

A narrativa não linear, inspirada em obras como Magnolia de Paul Thomas Anderson e no estilo de diretores como Quentin Tarantino, alterna entre as perspectivas de diferentes personagens. Cada ponto de vista adiciona uma peça ao quebra-cabeça, revelando aos poucos a verdade por trás do desaparecimento. Essa estrutura fragmentada mantém o espectador intrigado, desafiando-o a conectar os pontos antes que o filme revele suas cartas.

Elenco Estelar e Personagens Complexos

O elenco de A Hora do Mal é um dos seus pontos altos. Julia Garner entrega uma atuação visceral como Justine, uma professora que se torna o bode expiatório da cidade. Sua personagem carrega uma solidão palpável, agravada pela desconfiança da comunidade, que chega a pichar a palavra “BRUXA” em seu carro. Garner equilibra vulnerabilidade e determinação, tornando Justine uma figura central cativante.

Josh Brolin, como Archer Graff, pai de uma das crianças desaparecidas, traz uma intensidade feroz ao papel. Seu personagem é um homem consumido pela dor e pela raiva, incapaz de aceitar a inação da polícia. Já Alden Ehrenreich interpreta Paul Morgan, um policial com um passado conturbado e uma relação complexa com Justine. Sua atuação adiciona camadas de humanidade a um personagem que poderia facilmente cair em clichês.

Benedict Wong, como o diretor da escola Andrew Marcus, oferece um contraponto mais contido, mas igualmente impactante, com um desempenho que mascara inseguranças sob uma fachada de calma. Amy Madigan, como a excêntrica Tia Gladys, rouba a cena com uma performance vibrante e levemente desequilibrada, que se torna essencial para desvendar o mistério. Por fim, o jovem Cary Christopher, como Alex Lilly, impressiona com uma atuação sutil, carregada de nuances que sugerem mais do que revelam.

Direção e Estilo: Zach Cregger em Sua Melhor Forma

Após o sucesso de Barbarian (2022), Zach Cregger consolida sua habilidade de misturar gêneros em A Hora do Mal. O diretor abandona a estrutura tradicional de três atos e opta por uma abordagem novelística, onde cada personagem tem seu momento de destaque. A edição, conduzida por Joe Murphy, é precisa, mantendo o ritmo mesmo em momentos mais lentos, e culminando em um final explosivo que mistura humor negro, horror e uma pitada de grandiosidade mítica.

O filme flerta com o horror, mas não se limita a ele. Os sustos são usados com parcimônia, e o verdadeiro terror reside na tensão psicológica e na sensação de que algo maligno está à espreita. Cregger cria uma atmosfera que oscila entre o bucólico e o macabro, com uma trilha sonora que reforça essa dualidade. A escolha de “Beware of Darkness” de George Harrison na abertura é particularmente evocativa, estabelecendo um tom de melancolia e mistério.

Temas e Reflexões: O Lado Sombrio da Suburbia

A Hora do Mal explora a fachada da tranquilidade suburbana, revelando as rachaduras de uma comunidade marcada por desconfiança e desespero. A acusação de “bruxa” contra Justine reflete a tendência humana de buscar culpados em tempos de crise, enquanto a dor dos pais, como Archer, humaniza a tragédia. O filme também aborda a perda da inocência, tanto das crianças quanto dos adultos que tentam compreender o incompreensível.

Embora o filme tenha momentos de exposição no último ato, que poderiam ser mais sutis, isso não diminui seu impacto. A resolução, que evoca a lógica implacável de contos de fadas sombrios como os de Roald Dahl, é ao mesmo tempo satisfatória e perturbadora. Cregger consegue equilibrar o absurdo com o trágico, criando um desfecho que permanece na mente do espectador.

Por que Assistir A Hora do Mal?

A Hora do Mal é uma experiência cinematográfica que desafia categorizações. É um thriller psicológico com toques de horror, uma sátira social disfarçada de mistério e uma reflexão sobre a fragilidade das comunidades. Para quem busca um filme que surpreenda e provoque, esta é uma escolha imperdível. A direção confiante de Zach Cregger, aliada a um elenco excepcional e uma narrativa engenhosa, faz de A Hora do Mal um dos filmes mais marcantes de 2025.

Recomenda-se assistir sem saber muito sobre a trama, pois o impacto das revelações é maior quando o espectador mergulha de cabeça na experiência. A combinação de suspense, humor negro e emoção crua garante que o filme permaneça na memória muito após os créditos finais.

Conclusão

Com A Hora do Mal, Zach Cregger prova que é um dos diretores mais audaciosos da atualidade. O filme é uma montanha-russa emocional que mistura gêneros com maestria, entregando uma história que é ao mesmo tempo desconcertante e profundamente envolvente. Seja pela atuação poderosa de Julia Garner, pela direção inventiva ou pelo mistério que mantém o público preso até o último minuto, A Hora do Mal é um triunfo do cinema contemporâneo. Para os fãs de suspense e horror, é uma obra que não pode passar despercebida.

Priscilla Kinast
Priscilla Kinast

Administradora de Empresas e Jornalista Registrada(0020361/RS).
Sempre fui a nerd da turma na escola.
Apaixonada por filmes e séries, ciência e tecnologia.
Futurista e entusiasta das infinitas possibilidades da vida!

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