2 Corações (2020), dirigido por Lance Hool, é um drama romântico baseado em fatos reais que entrelaça duas histórias de amor separadas por décadas e continentes. Com Jacob Elordi, Tiera Skovbye, Adan Canto e Radha Mitchell no elenco, o filme explora temas de amor, sacrifício e conexão humana, inspirado no livro All My Tomorrows: A Story of Tragedy, Transplant and Hope, de Eric Gregory. Afinal, será que vale a pena assistir? Nesta crítica, analisamos a trama, o elenco, a direção e os pontos fortes e fracos do filme.
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Uma trama emocionante, mas previsível
2 Corações segue duas narrativas paralelas. Na primeira, Chris (Jacob Elordi), um estudante universitário, se apaixona por Sam (Tiera Skovbye), planejando um futuro juntos. Na segunda, Jorge Bacardi (Adan Canto), herdeiro da família Bacardi, encontra Leslie (Radha Mitchell) em um voo, iniciando um romance marcado por sua luta contra uma doença pulmonar. As histórias, ambientadas em épocas e lugares diferentes, se conectam por meio de um evento trágico envolvendo doação de órgãos.
A premissa, baseada na história real de Chris Gregory e Jorge Bacardi, é comovente, destacando o impacto da doação de órgãos. No entanto, o roteiro, escrito por Robin U. Russin e Veronica Hool, cai em clichês melodramáticos, com diálogos previsíveis e reviravoltas óbvias. A narrativa, embora emotiva, carece de sutileza, especialmente na forma como força lágrimas do público, como notado em críticas no Rotten Tomatoes (17% de aprovação). Ainda assim, a mensagem sobre esperança e legado ressoa, especialmente para quem aprecia dramas inspiradores.
Elenco carismático, mas limitado pelo roteiro
Jacob Elordi, conhecido por Euphoria, entrega uma atuação sólida como Chris, trazendo energia juvenil e vulnerabilidade. Tiera Skovbye, como Sam, complementa Elordi, embora sua personagem seja criticada por falta de profundidade. Adan Canto e Radha Mitchell, como Jorge e Leslie, oferecem momentos tocantes, mas suas atuações são prejudicadas por diálogos genéricos. O elenco secundário, incluindo Tahmoh Penikett e Kari Matchett como os pais de Chris, adiciona peso emocional, especialmente nas cenas finais.
A química entre os casais é convincente, mas os personagens seguem arquétipos típicos de romances. A falta de desenvolvimento, especialmente para Sam e Leslie, limita o impacto emocional. Apesar disso, o elenco carrega a narrativa, tornando-a acessível para fãs de histórias de amor.
Direção convencional com cenários cativantes
Lance Hool, em seu primeiro grande projeto desde 1999, opta por uma direção convencional, com foco em cenários paradisíacos que contrastam com o drama. As filmagens, realizadas durante a pandemia de Covid-19, capturam praias ensolaradas e ambientes vibrantes, criando um apelo visual. A trilha sonora, emotiva e orquestral, reforça o tom sentimental, mas às vezes exagera, tornando cenas excessivamente dramáticas.
A edição alterna entre as duas histórias de forma clara, mas previsível, com transições que não surpreendem. A abordagem de Hool é funcional, mas não inovadora, e a produção sofre com um orçamento modesto (US$ 15 milhões), refletido na bilheteria fraca (US$ 1,3 milhão). Apesar disso, a estética agrada quem busca um romance visualmente acolhedor.
Comparação com outros dramas românticos
2 Corações tenta emular sucessos como A Culpa é das Estrelas ou Um Amor para Recordar, mas não alcança o mesmo impacto emocional. Enquanto esses filmes equilibram tragédia e autenticidade, 2 Corações é prejudicado por sua abordagem formulaica, como apontado pelo Looper. A conexão com a doação de órgãos é poderosa, mas a execução carece de originalidade.
Comparado a outros romances baseados em fatos reais, como The Theory of Everything, 2 Corações é menos sofisticado, apelando mais ao público que busca emoção direta. Sua popularidade na Netflix, onde liderou o top 10 em maio de 2023, sugere apelo para fãs de melodramas, mas não para quem prefere narrativas mais complexas.
Pontos fortes e limitações
Os pontos fortes de 2 Corações incluem sua história inspiradora e o elenco carismático. A mensagem sobre doação de órgãos, reforçada pela criação da Gabriel House of Care por Jorge Bacardi, é comovente. As atuações de Elordi e Canto, junto com a ambientação, tornam o filme acessível para uma sessão despretensiosa.
No entanto, as limitações são evidentes. O roteiro é previsível, com diálogos que carecem de profundidade, e a direção não arrisca. Críticas no IMDb (nota 6.3/10) e Rotten Tomatoes apontam que o filme é emocional, mas genérico, com personagens femininas pouco desenvolvidas. A bilheteria fraca reflete sua recepção crítica negativa, e o final, embora tocante, parece forçado para alguns.
Vale a pena assistir a 2 Corações?
2 Corações é um drama romântico que apela ao coração, mas não à mente. Sua história real e a mensagem sobre doação de órgãos são pontos altos, mas a execução clichê e o ritmo irregular podem desapontar quem busca originalidade. O elenco, liderado por Jacob Elordi, mantém o filme envolvente, e a estética visual agrada. É ideal para fãs de melodramas como Um Amor para Recordar ou para quem deseja uma sessão emotiva na Netflix.
Se você prefere narrativas mais complexas ou inovadoras, como Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, 2 Corações pode parecer simplista. Para uma noite leve, com lágrimas garantidas, é uma escolha válida, mas não memorável. Disponível na Netflix e plataformas como Prime Video, o filme é acessível, mas uma única sessão é suficiente.
2 Corações oferece uma história de amor comovente, inspirada em fatos reais, mas não escapa dos clichês do gênero. Com atuações sólidas e uma mensagem poderosa, o filme cativa quem busca emoção pura, mas decepciona pela falta de profundidade e originalidade. Perfeito para fãs de dramas românticos, é uma adição agradável ao catálogo da Netflix, mas não um clássico. Se você quer um filme para sentir e refletir sobre a vida, 2 Corações vale a pena, mas não espere uma obra-prima.
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