Lançado em 20 de julho de 2023, Barbie marca um divisor de águas no cinema contemporâneo. Dirigido por Greta Gerwig e coescrito com Noah Baumbach, o filme mistura aventura, comédia e família em uma sátira afiada ao feminismo e ao consumismo. Margot Robbie brilha como a icônica boneca, ao lado de Ryan Gosling como Ken e America Ferrera como Gloria. Com bilheteria global acima de US$ 1,4 bilhão, Barbie transcende o brinquedo para questionar identidade e sociedade. Disponível no Amazon Prime Video e HBO Max, ou para aluguel na Apple TV, Google Play Filmes e TV, o longa continua relevante em 2025, inspirando debates sobre empoderamento. Neste artigo, exploramos o final, revelando escolhas cruciais, arcos de personagens e temas profundos. Atenção: spoilers completos à frente!
Resumo da Trama de Barbie
A história inicia em Barbieland, um matriarcado utópico onde Barbies governam como presidentes, juízas e astronautas, enquanto os Kens servem como acessórios. Stereotypical Barbie (Robbie), perfeita e otimista, começa a falhar: pés arqueados achatam, ela pensa em morte e come chucrute. Atribuindo o problema a uma crise na contraparte humana, Barbie viaja ao mundo real com Ken. Lá, enfrentam o patriarcado: homens a objetificam, e Mattel – a empresa por trás da boneca – tenta contê-la.
De volta a Barbieland, Ken, influenciado pelo machismo terrestre, instaura uma “Kendom” com cervejas, motos e TV a cabo. As Barbies, hipnotizadas pela diversão, cedem o poder. Gloria, executiva da Mattel e mãe de Sasha (Ariana Greenblatt), uma teen crítica à boneca por perpetuar estereótipos, intervém com um monólogo viral sobre as contradições da mulherhood: “Você tem que ser magra, mas não tão magra. Tem que ser líder, mas não mandona.” Isso desperta as Barbies, que revertem o golpe manipulando os Kens com promessas de direitos iguais.
O clímax une real e fantástico, com Gloria e sua filha restaurando o equilíbrio. Barbie, agora questionadora, busca orientação de Ruth Handler (Rhea Perlman), criadora real da boneca, em uma visão etérea. O filme equilibra humor absurdo – como Kens em terapia de grupo – com críticas sociais, transformando um ícone infantil em manifesto adulto.
O Clímax: A Escolha de Barbie e o Fim de Barbieland
No ápice, após reconquistar Barbieland, Barbie reflete sobre sua existência. Ela confessa a Ken: “Eu sinto que não sou mais uma Barbie”, admitindo ansiedades humanas como medo da morte. Ken, rejeitado romanticamente, responde com maturidade: “Eu só queria ser amado”, mas aceita o fim de sua dependência dela. Em uma sequência onírica, Ruth Handler surge como guardiã angelical em um vazio branco, simbolizando transição. “Humanos só têm um final. Ideias vivem para sempre”, diz Ruth, explicando que Barbie, como conceito, deve evoluir.
Barbie opta pela humanidade: “Quero fazer o imaginar. Não quero ser a ideia.” Ruth a guia em um ritual tátil – “Segure minhas mãos, feche os olhos, sinta agora” –, levando a um montagem comovente de mulheres reais: nascimentos, brincadeiras infantis, abraços geracionais, ao som de “What Was I Made For?” de Billie Eilish. Essa visão reforça que Barbie transcende plástico para inspirar ação. Ela retorna brevemente a Barbieland, despindo-se de sua casa cor-de-rosa, e cruza o portal para o mundo real como humana.
A cena final é um punchline genial: Gloria a deixa em um prédio de escritórios. “Estou aqui para ver minha ginecologista”, declara Barbie, confirmando sua mortalidade e feminilidade plena. Ken, por sua vez, inicia terapia para forjar identidade própria, vestindo um moletom “I Am Kenough”. Mattel, oportunista, lança uma “Barbie Normal” – meta sobre comercialização. O desfecho fecha ciclos sem amarrar tudo, deixando ecos de imperfeição como vitória.
Arcos dos Personagens: De Objeto a Sujeito
Barbie evolui de ícone estático para ser autônomo. Inicialmente, sua perfeição a isola; falhas a humanizam, levando à escolha de vulnerabilidade. Robbie incorpora essa jornada com camadas: da euforia ingênua à introspecção dolorosa. “É sobre ser humana”, resume Gerwig, comparando o arco à adolescência – deixar a infância idealizada por dores reais.
Ken, o coadjuvante cômico, ganha profundidade como vítima do patriarcado. Gosling o torna patético e tocante: de “apêndice de Barbie” a homem em busca de si. Sua rejeição inicial do feminismo dá lugar à humildade, simbolizada pelo moletom – um trocadilho com “enough” que afirma autoaceitação. Ele não vira vilão redimido; aprende que amor não é posse.
Gloria e Sasha representam o laço mãe-filha. Ferrera entrega o monólogo icônico com fúria contida, expondo pressões impossíveis: “É literalmente impossível ser mulher.” Sua filha, cética, reconcilia-se na aventura, vendo a boneca como ferramenta de empoderamento. O pai de Gloria, Allen (Michael Cera), satiriza o “cara legal” descartável. Esses arcos tecem o pessoal no coletivo, mostrando como ideias como Barbie moldam vidas reais.
Temas e Significados: Feminismo, Capitalismo e Legado
Barbie destrincha o patriarcado como construção desconfortável, ecoando Ruth: “Humanos inventam coisas como patriarcado e Barbie para lidar com o desconforto.” O filme critica o consumismo – Mattel persegue lucros, transformando crise existencial em produto – mas celebra a boneca como catalisador de imaginação feminina. O monólogo de Gloria viralizou por capturar dilemas eternos: equilibrar ambição e doçura, força e empatia.
O final enfatiza agência: Barbie escolhe “fazer sentido” em vez de ser consumida. Isso ressoa em 2025, com debates sobre IA e objetos virando sujeitos. Gerwig subverte expectativas: não há romance resolvido com Ken; em vez disso, sororidade e autodescoberta prevalecem. A ginecologista é trocadilho brilhante – visitá-la marca entrada na vida adulta, ironizando a boneca sem genitália. Temas de mortalidade contrastam imortalidade das ideias: “Nós mães paramos firmes para que nossas filhas olhem para trás e vejam o quão longe chegaram.”
Críticos elogiam o equilíbrio: humor não dilui seriedade, sátira não ofende. Como diz Ferrera, o discurso “toca todas as mulheres”, universalizando lutas. O filme não prega; convida reflexão, deixando Barbieland igual, mas Barbies mais conscientes de Kens – um passo para equidade.
O final aberto – sem sequel anunciado – foca impacto duradouro. Ken em terapia sugere jornadas contínuas; Barbie, agora humana, implica aventuras invisíveis. Assista no Prime Video ou HBO Max e reflita: qual “ideia” você transcendeu? Compartilhe nos comentários sua leitura. Barbie prova: perfeição é chata; humanidade, revolucionária. (Palavras: 852)
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