O Royal Hotel: Elenco, Onde Assistir e Tudo Sobre

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O Royal Hotel (2023), dirigido por Kitty Green e co-escrito por Green e Oscar Redding, é um thriller psicológico que mergulha na toxicidade masculina e nas dinâmicas de poder em um ambiente isolado. Estrelado por Julia Garner e Jessica Henwick, o filme explora a experiência de duas jovens americanas trabalhando em um pub remoto no interior da Austrália. Inspirado no documentário Hotel Coolgardie (2016), o longa combina suspense, crítica social e atuações intensas. Este artigo detalha a trama, o elenco, a ficha técnica e o impacto cultural de O Royal Hotel.

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Sinopse e Trailer de O Royal Hotel

O Royal Hotel acompanha Hanna (Julia Garner) e Liv (Jessica Henwick), duas amigas americanas que, durante uma viagem de mochilão pela Austrália, ficam sem dinheiro após Liv gastar demais. Fingindo serem canadenses, elas aceitam um trabalho temporário como garçonetes em um pub isolado chamado O Royal Hotel, localizado em uma cidade mineradora. O local, frequentado principalmente por homens, é gerido por Billy (Hugo Weaving), um dono instável e alcoólatra, e sua parceira ocasional, Carol (Ursula Yovich).

O que começa como um trabalho aparentemente simples se transforma em uma experiência inquietante. Hanna, mais cautelosa, percebe rapidamente a hostilidade dos frequentadores, enquanto Liv, mais descontraída, tenta se adaptar. A tensão aumenta com o comportamento agressivo de clientes como Matty (Toby Wallace) e Dolly (Daniel Henshall), que oscilam entre flertes e ameaças. À medida que o ambiente se torna mais perigoso, Hanna e Liv enfrentam escolhas difíceis para garantir sua segurança. O filme é uma crítica contundente à misoginia e à cultura de violência alimentada pelo álcool.

Ficha Técnica

  • Título Original: The Royal Hotel
  • Título no Brasil: O Royal Hotel
  • Direção: Kitty Green
  • Roteiro: Kitty Green, Oscar Redding
  • Produção: Emile Sherman, Iain Canning, Liz Watts, Kath Shelper
  • Produção Executiva: Simon Gillis, Zoe Sua Cho, others
  • Fotografia: Michael Latham
  • Edição: Kasra Rassoulzadegan
  • Design de Produção: Leah Popple
  • Trilha Sonora: Jed Palmer
  • Distribuição: Neon (EUA), Diamond Films (Brasil)
  • Estreia Mundial: 1º de setembro de 2023 (Festival de Telluride)
  • Estreia no Brasil: 10 de novembro de 2023
  • Duração: 1 hora e 31 minutos
  • Gênero: Thriller Psicológico, Drama
  • Classificação: 16 anos
  • Bilheteria Mundial: US$ 2,1 milhões (até julho de 2025)
  • Formato: Filmado com câmeras Arri Alexa Mini, em locações na Austrália

Elenco Principal

Abaixo, veja a lista de atores principais:

Julia Garner como Hanna

A protagonista cautelosa, Garner entrega uma performance intensa, capturando o medo e a determinação de uma jovem enfrentando um ambiente hostil. Sua atuação é marcada por nuances, com olhares que transmitem crescente inquietação.

Jessica Henwick como Liv

A amiga mais otimista, Henwick traz leveza inicial, mas evolui para mostrar a vulnerabilidade de Liv. Sua química com Garner é essencial para a narrativa.

Hugo Weaving como Billy

O dono do pub, Weaving cria um personagem instável, oscilando entre charme e ameaça. Sua presença reforça a toxicidade do ambiente.

Ursula Yovich como Carol

A co-gerente do pub, Yovich oferece uma atuação contida, representando a única voz de razão em meio ao caos.

Toby Wallace como Matty

Um cliente carismático, mas perigoso, Wallace equilibra sedução e ameaça, tornando Matty imprevisível.

Daniel Henshall como Dolly

Um frequentador agressivo, Henshall adiciona tensão com sua presença intimidadora.

James Frecheville como Teeth

Um cliente secundário, Frecheville contribui para a atmosfera opressiva.

A Direção de Kitty Green

Kitty Green, conhecida por The Assistant (2019), consolida sua habilidade em criar thrillers psicológicos com O Royal Hotel. Filmado no interior da Austrália, o longa utiliza paisagens áridas para amplificar o isolamento. Green emprega uma direção minimalista, com longos takes que capturam a tensão crescente. A câmera foca nos detalhes, como os olhares nervosos de Hanna, para transmitir desconforto.

O roteiro, co-escrito com Oscar Redding, é inspirado no documentário Hotel Coolgardie, mas Green adapta a história para explorar a misoginia cotidiana. A ausência de violência explícita em grande parte do filme intensifica o suspense psicológico, com a ameaça sempre iminente. Green equilibra momentos de leveza, como uma cena de natação, com a crescente sensação de perigo, criando um contraste eficaz.

Atuações Memoráveis

Julia Garner é o destaque, entregando uma performance que reflete a força e o medo de Hanna. Sua experiência em The Assistant se reflete na capacidade de transmitir emoção com sutileza. Jessica Henwick complementa Garner, trazendo um contraponto otimista que evolui para desespero. A química entre as duas atrizes é autêntica, ancorando a narrativa na amizade delas.

Hugo Weaving, como Billy, cria um personagem complexo, cuja instabilidade mantém o público em alerta. Ursula Yovich, embora com menos tempo de tela, oferece uma presença calma que contrasta com o caos. Toby Wallace e Daniel Henshall, como Matty e Dolly, são eficazes em seus papéis de antagonistas, com atuações que oscilam entre charme e ameaça, reforçando a crítica à toxicidade masculina.

Trilha Sonora e Temas

A trilha sonora de Jed Palmer é minimalista, com sons ambientais e notas graves que intensificam a tensão. O uso de silêncios é estratégico, destacando os momentos de maior desconforto. A música evita melodias exageradas, permitindo que o som do ambiente, como o barulho de garrafas e conversas, contribua para a atmosfera opressiva.

O Royal Hotel aborda a misoginia casual e suas consequências perigosas. O pub representa um microcosmo da sociedade, onde o comportamento masculino é normalizado, mesmo quando ameaçador. Hanna e Liv simbolizam a luta das mulheres para navegar em ambientes hostis, com Hanna representando a cautela e Liv a tentativa de adaptação. A paisagem desolada do interior australiano reflete o isolamento das protagonistas, enquanto o alcoolismo dos frequentadores amplifica a violência latente.

O filme critica a normalização de comentários sexistas, mostrando como frases como “é só uma brincadeira” podem escalar para situações perigosas. O final, envolvendo um isqueiro com uma imagem sexista, é um símbolo irônico da destruição da cultura tóxica retratada.

Recepção e Impacto Cultural

O Royal Hotel estreou no Festival de Telluride em 2023, recebendo elogios pela direção de Green e pelas atuações de Garner e Henwick. Apesar de uma bilheteria modesta de US$ 2,1 milhões, devido à distribuição limitada, o filme foi aclamado por sua abordagem ao suspense psicológico. Críticos destacaram a habilidade de Green em criar tensão sem recorrer à violência explícita, comparando o longa a Wake in Fright (1971) pela exploração da cultura alcoólica australiana.

O filme gerou discussões sobre misoginia e segurança feminina, especialmente em contextos de viagem. Sua estética e temas reforçam o talento de Green como uma voz única no cinema, enquanto o desempenho de Garner solidifica sua reputação como uma das melhores atrizes de sua geração. O Royal Hotel também destacou a produção australiana, com apoio da Screen Australia.

Por Que e Onde Assistir O Royal Hotel?

O Royal Hotel é uma escolha ideal para fãs de thrillers psicológicos e narrativas socialmente relevantes. A direção de Kitty Green cria uma experiência imersiva, enquanto Julia Garner e Jessica Henwick entregam atuações poderosas. O filme é perfeito para quem aprecia histórias como The Assistant ou Promising Young Woman, com uma crítica afiada à misoginia. Sua duração curta e ritmo intenso tornam-no ideal para uma sessão de cinema envolvente. Assista para vivenciar um suspense que provoca reflexão e arrepios.

O filme (2023) é um thriller psicológico marcante que combina suspense, crítica social e atuações excepcionais. Kitty Green e Oscar Redding criam uma narrativa tensa que explora a misoginia e o perigo em um ambiente isolado. Com Julia Garner e Jessica Henwick liderando um elenco talentoso, o filme é uma experiência inquietante e necessária.

Disponível na Netflix, O Royal Hotel é um convite a refletir sobre poder, gênero e sobrevivência. Mergulhe nesse pesadelo australiano e descubra por que o filme é tão impactante.

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