Lançado em 18 de outubro de 2013, Os Suspeitos é um thriller psicológico dirigido por Denis Villeneuve que mergulha nas profundezas da dor parental e da moralidade cinzenta. Com roteiro de Aaron Guzikowski, o filme reúne no elenco: Hugh Jackman como o pai desesperado Keller Dover, Jake Gyllenhaal como o detetive obsessivo Loki, e Viola Davis como Nancy Birch, uma mãe devastada. Com atuações intensas e fotografia impecável de Roger Deakins, a produção explora o suspense em um cenário nevado da Pensilvânia. Disponível no Amazon Prime Video ou para aluguel na Apple TV, Os Suspeitos continua a intrigar espectadores com seu desfecho ambíguo. Neste artigo, dissecamos a trama completa, as reviravoltas e o final aberto, revelando o destino das vítimas e dos personagens principais. Spoilers inevitáveis: prossiga com cautela.
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Resumo Completo da Trama de Os Suspeitos
A história se passa na fictícia Conyers, Pensilvânia, durante o feriado de Ação de Graças. As famílias Dover e Birch – compostas por Keller Dover (Hugh Jackman), sua esposa Grace (Maria Bello), filha Anna (6 anos) e filho Ralph; e Franklin Birch (Terrence Howard), Nancy (Viola Davis), filha Joy (6 anos) e filho Leon – se reúnem para uma refeição. Após o jantar, Anna e Joy desaparecem enquanto brincam perto de uma casa abandonada. O pânico se instala quando o pai de Anna, Keller, um homem de fé rígida e sobrevivencialista, encontra um trailer suspeito no beco.
A polícia é acionada, e o detetive Loki (Jake Gyllenhaal), um investigador solitário com tiques nervosos e dedicação incansável, prende Alex Jones (Paul Dano), o homem no trailer. Alex, com QI equivalente ao de uma criança de 10 anos, é um suspeito inicial devido a seu histórico vago e ao fato de o trailer estar perto da cena. No entanto, interrogatórios revelam que Alex é inofensivo e incapaz de planejar um sequestro. Loki o libera para sua tia, Holly Jones (Melissa Leo), uma viúva quieta.
Consumido pela raiva, Keller ouve Alex sussurrar: “Elas não choraram até eu deixá-las.” Convencido da culpa, ele o sequestra em um prédio abandonado que possui e o tortura por dias, com a ajuda relutante de Franklin Birch. Nancy e Grace, atormentadas pela dor, imploram por piedade, mas o segredo pesa sobre os homens. Enquanto isso, Loki persegue pistas: ele investiga pedófilos locais e descobre um corpo mumificado no porão do padre Patrick Dunn (Len Cariou), que confessa ter matado o homem após ele admitir assassinatos de crianças em uma “guerra contra Deus”.
Outra pista leva a Bob Taylor (David Dastmalchian), um homem perturbado que invade as casas das famílias com roupas ensanguentadas de crianças e desenhos de labirintos. Taylor, obcecado por labirintos, confessa crimes antes de suicidar-se na delegacia. As roupas se revelam falsas, encharcadas de sangue de porco, mas o trauma de Taylor – vítima de sequestros passados – complica a investigação. Loki conecta os labirintos a um medalhão no corpo do porão, intensificando sua busca.
Em paralelo, as meninas Anna e Joy, drogadas e presas em um poço sob a casa de Holly, tentam escapar. Joy consegue fugir e é hospitalizada, mas amnésica. Anna permanece cativa. Keller, torturando Alex, descobre pistas sobre “cobras” e um acidente na infância de Alex. Desesperado, ele confronta Holly, que o recebe com hospitalidade falsa.
As Reviravoltas Centrais: Motivações e Verdades Reveladas
Os Suspeitos constrói tensão através de camadas de enganos. Alex não é culpado: ele pegou as meninas para um passeio inocente em seu trailer, mas as deixou com Holly, sua tia adotiva. Holly e seu falecido marido, devastados pela morte do filho por câncer, perderam a fé e iniciaram uma cruzada insana contra Deus, sequestrando crianças de famílias cristãs para destruir a crença dos pais. Alex foi sua primeira vítima, sequestrado na infância e traumatizado por cobras, o que causou sua deficiência mental. Bob Taylor foi o segundo, resgatado mas marcado para sempre, imitando os crimes em delírios.
O marido de Holly confessou os 16 assassinatos ao padre Dunn, que o matou para silenciá-lo e escondeu o corpo. Essa revelação, descoberta por Loki no porão da igreja, une os fios: o medalhão de labirinto liga Taylor aos Jones. A “guerra contra Deus” de Holly é o cerne moral do filme, questionando fé, vingança e o custo da perda. Keller, inicialmente um herói trágico, torna-se monstro ao torturar um inocente, ecoando o tema de “prisões” internas – raiva, culpa, obsessão.
Loki, com seu método meticuloso, representa a lei imparcial, contrastando com a vigilância de Keller. Franklin e Nancy Birch, divididos entre lealdade e horror, abandonam Keller, destacando o colapso familiar. Grace Dover, sedada por ansiolíticos, simboliza a paralisia da dor materna.
O Clímax e o Final Ambíguo: O Destino de Cada Personagem
O ápice irrompe quando Joy, no hospital, diz a Keller: “Você estava lá” – referindo-se ao trailer de Alex. Loki segue Keller até o prédio abandonado, encontrando Alex acorrentado e desidratado, mas sem provas imediatas contra Keller. Enquanto isso, Keller invade a casa de Holly em busca de Anna. Holly o confronta com uma arma, revelando sua loucura: “Eu queria fazer vocês odiarem Deus como eu.” Ela atira na perna de Keller, que cai em um poço escondido no quintal, onde encontra o apito vermelho de Anna no labirinto de terra.
Loki chega, descobre fotos incriminadoras e flagra Holly injetando sedativos em Anna. Em um tiroteio tenso, Holly acerta um tiro de raspão em Loki, que responde matando-a com um disparo na cabeça. Ele resgata Anna e a leva ao hospital, colapsando de exaustão. No dia seguinte, Anna e Joy visitam Loki no quarto, agradecendo-o. Grace conversa com ele, justificando as ações de Keller com fé renovada: “Deus tem um plano.”
O final foca em Keller, preso no poço frio e infecto, com perna quebrada e ferimento de bala. Ele sopra o apito fracamente para sinalizar. Loki, de volta à cena do crime, ouve um som distante, pausa e olha ao redor. O apito ecoa novamente, e o filme corta para o preto antes de qualquer resolução. Alex é reunido à família distante, mas traumatizado. Franklin e Nancy reconectam com Joy, enquanto Grace e Ralph esperam por notícias de Anna – e de Keller.
Interpretações do Final Aberto: Esperança ou Desespero?
O desfecho de Os Suspeitos é intencionalmente vago, gerando debates desde 2013. A interpretação otimista, endossada por muitos fãs e pelo roteirista Aaron Guzikowski, sugere que Loki ouve o apito e investiga, resgatando Keller. Isso fecha o arco redentor: Loki, o “anjo” contra os “demônios” Jones, salva o pai, mas Keller enfrentaria prisão por seus crimes contra Alex. O som insistente do apito simboliza um grito por misericórdia, alinhando-se à fé de Keller.
A visão pessimista vê Keller morrendo no poço, ignorado pelo mundo – uma punição poética por sua descida à escuridão. Sem resgate, ele perece de infecção e hipotermia, deixando as famílias incompletas. Essa leitura reforça o tom sombrio de Villeneuve, influenciado por Edgar Allan Poe, enfatizando prisão eterna: Keller, literal e metaforicamente, é consumido por sua “guerra” pessoal.
Villeneuve optou pelo aberto contra uma versão alternativa onde Loki salva Keller explicitamente, preferindo deixar o público “preocupado e pensando”. Temas de retribuição – pais como vítimas e algozes – culminam aqui, questionando se a justiça humana basta. O apito, ecoando o choro das meninas, une ciclos de sofrimento.
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