Simplesmente Alicia, série colombiana de 2025 disponível na Netflix, chega como uma comédia romântica picante que desafia convenções. Com oito episódios de 45 minutos, a produção da RCN Estudios, estrelada por Verónica Orozco, explora o caos de uma vida dupla. Alicia, uma mulher engenhosa, equilibra dois maridos e lares separados, enquanto sua farsa ameaça ruir. Criada para entreter com humor afiado e drama emocional, ela mistura adultério, empoderamento e redenção. Mas cumpre a promessa? Nesta análise, destrinchamos acertos e falhas para guiar sua escolha.
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Premissa ousada e atual
A trama gira em torno de Alicia Jiménez, casada com o charmoso mas infiel Andrés (Sebastián Carvajal) e, secretamente, com o estável Mateo (Michell Brown). Ela constrói uma rede de mentiras para sustentar ambas as vidas, lidando com filhos, amigos e chantagens inesperadas. O que começa como uma comédia de erros evolui para um exame de infidelidade e autodescoberta.
A premissa inova ao humanizar a “outra mulher” – aqui, Alicia é o centro de dois mundos. Diferente de novelas clichês, a série evita julgamentos morais rasos. Em vez disso, mergulha no cinza ético: o adultério como escape de rotinas opressivas. O ritmo inicial cativa com cenas hilárias, como Alicia trocando de figurinos em táxis. No entanto, o meio arrasta com subtramas repetitivas, como brigas familiares previsíveis. O final, com uma reviravolta sobre identidade, surpreende, mas deixa pontas soltas.
Elenco carismático e versátil
Verónica Orozco domina como Alicia. Sua performance transita de cômica a vulnerável com maestria, capturando a exaustão de uma vida dividida. Aos 45 anos, Orozco revive sua carreira pós-Betty, a Feia, injetando autenticidade em uma protagonista imperfeita. Sebastián Carvajal, como Andrés, traz o carisma de galã, mas adiciona camadas de insegurança que humanizam o traidor. Michell Brown, como Mateo, equilibra estabilidade e ciúme, criando tensão orgânica.
Constanza Camelo, como a melhor amiga de Alicia, rouba cenas com humor sarcástico, enquanto atores coadjuvantes, como os filhos de Alicia, adicionam frescor juvenil. A química entre Orozco e Carvajal é elétrica, sustentando o romance central. Contudo, alguns papéis secundários, como a rival ciumenta, caem em estereótipos, limitando o brilho do conjunto. O elenco eleva um roteiro mediano, tornando as interações críveis e envolventes.
Direção leve com toques profundos
Dirigida por Camilo Escalante e equipe, a série adota um visual vibrante que celebra Bogotá e Cartagena. A fotografia usa cores quentes para cenas românticas e tons frios para confrontos, reforçando o dualismo da trama. O tom comédia-romance é leve, com diálogos ágeis que ecoam sitcoms latinas, mas sem o exagero de telenovelas.
Escalante equilibra humor físico – como perseguições cômicas por aeroportos – com momentos introspectivos, como monólogos de Alicia sobre liberdade. A trilha sonora, misturando pop colombiano e baladas indie, amplifica o caos emocional. No entanto, a edição peca em transições abruptas entre timelines, confundindo o espectador. Apesar disso, a direção captura a essência colombiana: família barulhenta, festas animadas e uma pitada de realismo mágico no absurdo da farsa.
Temas de empoderamento e caos emocional
Simplesmente Alicia aborda adultério sem romantizá-lo excessivamente. A série questiona: uma mulher pode ter tudo sem perder a si mesma? Alicia representa o empoderamento feminino em uma sociedade machista, mas paga o preço com culpa e isolamento. Temas como poliamor velado e saúde mental emergem organicamente, sem pregações.
Comparada a Emily em Paris, ela é mais grounded, focando em dilemas latinos como pressão familiar e machismo sutil. Diferente de Sex Education, o humor é mais maduro, com cenas steamy que exploram desejo sem gratuidade. A crítica social – desigualdade de gênero em relacionamentos – adiciona peso, mas fica superficial em arcos secundários. No geral, os temas ressoam, convidando reflexões leves sobre escolhas modernas.
Pontos fortes e limitações
Os acertos incluem o carisma de Orozco e a química do trio amoroso, que sustentam o romance central. As cenas cômicas, como disfarces falhos, geram risadas genuínas, e o final otimista fecha com catarse. A produção colombiana brilha em autenticidade cultural, com diálogos em espanhol neutro acessível globalmente.
Limitações surgem no roteiro: reviravoltas previsíveis, como a descoberta inevitável, diluem a tensão. O pacing irregular – rápido no início, lento no meio – testa a paciência. Personagens secundários, como os maridos rivais, carecem de arco completo, servindo mais como plot devices. Para uma comédia de 2025, falta ousadia em subverter expectativas, ecoando fórmulas de streaming.
Vale a pena assistir?
Simplesmente Alicia diverte como guilty pleasure, perfeita para maratonas leves. Com humor afiado e romance steamy, atrai fãs de comédias latinas como Club de Cuervos. Orozco é motivo suficiente para assistir, e os temas de empoderamento adicionam valor. No entanto, se busca profundidade dramática, pode frustrar pelo tom inconsistente.
Ideal para quem curte Bridgerton com toques reais – assista se quer risos e suspiros. Com 7/10 em agregadores como Rotten Tomatoes, é recomendada para noites descontraídas na Netflix. Evite se prefere tramas complexas; opte por Normal People nesse caso.
Simplesmente Alicia é uma comédia romântica colombiana que acerta no carisma e erra no ritmo. Verónica Orozco brilha em uma protagonista multifacetada, enquanto a trama explora adultério com humor e coração. Apesar de clichês e pacing irregular, a série cativa por sua leveza e autenticidade latina. Em 2025, ela se destaca no catálogo da Netflix como entretenimento acessível e empoderador. Vale o play para quem busca diversão sem compromisso – uma farsa deliciosa que, no fim, revela verdades sobre amor e si mesma.
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