Crítica de Godzilla e Kong: O Novo Império | Vale a pena assistir ao filme?

Godzilla e Kong: O Novo Império (2024), dirigido por Adam Wingard, é o quinto capítulo do MonsterVerse, unindo os icônicos Godzilla e Kong em uma aventura épica. Lançado na Netflix, o filme combina ação, fantasia e ficção científica, com Rebecca Hall, Brian Tyree Henry e Dan Stevens no elenco. Mas será que entrega o espetáculo esperado? Nesta crítica, analisamos a trama, atuações, direção e se o filme merece sua atenção.

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Uma trama grandiosa, mas simplista

O filme segue os eventos de Godzilla vs. Kong (2021). Após uma trégua, Godzilla e Kong enfrentam uma nova ameaça: o Rei Escarlate, um titã tirânico do Mundo Subterrâneo. A Dra. Ilene Andrews (Rebecca Hall) lidera uma equipe, incluindo o veterinário Trapper (Dan Stevens) e o teórico Bernie (Brian Tyree Henry), para desvendar sinais misteriosos que conectam os titãs. Jia (Kaylee Hottle), a última sobrevivente de Iwi, desempenha um papel crucial na conexão com Kong.

A premissa promete batalhas épicas e explora o Mundo Subterrâneo, mas o roteiro, de Terry Rossio e Simon Barrett, prioriza ação em detrimento da profundidade. As motivações dos titãs são claras, mas os humanos, exceto Jia, têm arcos previsíveis. Críticas no Rotten Tomatoes destacam que a história é funcional, servindo como pano de fundo para os embates, mas carece de emoção ou complexidade, tornando o filme um espetáculo visual com narrativa rasa.

Elenco humano em segundo plano

Rebecca Hall retorna como Ilene, trazendo empatia, mas seu papel é limitado a exposições científicas. Brian Tyree Henry injeta humor como Bernie, embora suas tiradas nem sempre acertem, conforme notado pelo TheWrap. Dan Stevens, como Trapper, adiciona carisma, mas sua energia excêntrica parece desconexa, segundo o Variety. Kaylee Hottle brilha como Jia, oferecendo o coração emocional do filme, especialmente nas cenas com Kong.

Os humanos existem para apoiar os titãs, e o elenco faz o possível com personagens unidimensionais. A química entre Hall e Stevens é funcional, mas não memorável. Como apontado no IMDb, os verdadeiros protagonistas são Godzilla e Kong, com os humanos servindo como alívio cômico ou elo narrativo.

Direção vibrante e visuais impressionantes

Adam Wingard, após o sucesso de Godzilla vs. Kong, entrega um filme visualmente deslumbrante. A direção aposta em sequências de ação grandiosas, com batalhas no Rio de Janeiro e no Mundo Subterrâneo que destacam a escala dos titãs. A fotografia de Ben Seresin usa cores vibrantes, como o rosa neon de Godzilla, para criar um visual pop, elogiado pela Collider. A trilha sonora de Tom Holkenborg intensifica os confrontos, mas não é tão marcante quanto em outros filmes do MonsterVerse.

No entanto, Wingard exagera em efeitos CGI, o que pode saturar, conforme críticas do Screen Daily. O foco excessivo em ação deixa pouco espaço para momentos contemplativos, e o ritmo acelerado, embora divertido, sacrifica nuances narrativas. Ainda assim, as cenas de Kong explorando o Mundo Subterrâneo são um ponto alto, capturando a essência de aventura do MonsterVerse.

Pontos fortes e limitações

Os pontos fortes de Godzilla e Kong: O Novo Império estão nas sequências de ação, na química entre Godzilla e Kong e na estética vibrante. A exploração do Mundo Subterrâneo é criativa, e a performance de Kaylee Hottle adiciona emoção. No entanto, o roteiro simplista e os personagens humanos genéricos são fraquezas, como apontado pelo The Guardian. O final, embora visualmente impactante, resolve conflitos de forma previsível, e o excesso de CGI pode cansar.

Vale a pena assistir a Godzilla e Kong: O Novo Império?

Godzilla e Kong: O Novo Império é um espetáculo para fãs de ação e monstros gigantes. As batalhas são empolgantes, e o visual é cativante, especialmente na Netflix, onde alcançou o top 10 global. Contudo, a narrativa rasa e os humanos subdesenvolvidos limitam seu impacto, conforme críticas no Metacritic. Ideal para uma sessão descompromissada, o filme diverte, mas não marca como clássico.

Se você ama o MonsterVerse ou blockbusters como Pacific Rim, vale a pena assistir. Para quem busca profundidade narrativa, opções como Godzilla Minus One podem ser mais satisfatórias. Prepare a pipoca e curta o caos, mas não espere uma história inesquecível.

Godzilla e Kong: O Novo Império entrega o que promete: ação desenfreada e titãs carismáticos. A direção de Adam Wingard e os visuais impressionantes garantem diversão, mas o roteiro raso e personagens humanos esquecíveis impedem o filme de alcançar o potencial de outros do MonsterVerse. Perfeito para fãs de destruição épica, é uma adição vibrante ao catálogo da Netflix, mas não revoluciona o gênero. Se busca um blockbuster leve, vale a chance.

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Magdalena Schneider
Magdalena Schneider
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